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Quer emagrecer? Bebe cachaça.

>> quinta-feira, 8 de agosto de 2013



É sério! Nunca conheci cachaceiro gordo. Fora que é uma coisa meio cult, degustar cachaças envelhecidas da Paraíba, custando 500 moças da república a garrafinha.

Mas vamos lá, eu estou meio que de saco cheio dessa volta da moda fitness, que está assim, esgotada, muito por conta das redes sociais, que estão aí, para esgotar os temas até não sobrar mais nada. Acredito que isso dure até nêgo se estapear pelo último pote de proteína sei lá das quantas.

E eu não tenho nada, absolutamente nada, contra a geração saúde, até porque eu sou meio que afilhada. Sempre estive no meu peso ideal (quando não, abaixo), sempre pratiquei exercícios (mas os que me davam prazer, tipo correr no Parque Parreão em Fortaleza... êta saudade), sempre tive barriga negativa, mesmo após ter os meus bebês, comecei na Yoga em 1997, antes de virar, sei lá, status por causa da Madonna. E sempre fui louca por saladinhas verdes, folhas, sucos de fruta sem açúcar e houve época de quase virar vegetariana, não por querer ficar mais magra, mas por dó mesmo dos bichinhos, coisa e tal. Mas essa coisa de vegetarianismo não dá pra mim, porque eu adoro peixe e peixe é peixe, peixe não é vegetal (apesar de que tem fofo que se diz vegetariano comendo peixe, aí né?). Mas eu sempre conheci o meu lugarzinho, de saber que esse posicionamento de vida é uma postura minha, é uma opção particular, e deixar as pessoas comerem picanha em paz. 

Daí o povo pró-fitness, que começa numa bateria de exercícios e alimentação de maratonista olímpico, com suplementos, restrições o-di-a-bo-a-qua-tro, começa campanhas de "parem de comer peito de peru, porque tem nitrato e sódio" ou postam fotinhas com seus corpinhos de ciclista do Tour de France (que a gente sabe, a base de muita substância escrota), "bom dia pra você que está na fila do McDonalds". Ah minha gente, melhore. Pior é que este tipo de gente se acha assim, exemplo a ser seguido. E não, você não é, por mais bacanudo que esteja o seu corpinho. 

Sabe por quê? A tia Eliza explica, porque o peito de frango, criado, literalmente,  na titica nos aviários, que você come grelhado na sua frigideirinha teflon, que solta substâncias cancerígenas quando aquecida, fora isso tudo, está cheio de hormônios. Ou seja. A sua salada está cheia de agrotóxicos, seu adoçante é químico e você não vai querer que eu fale do whey, né? Então deixa as pessoas da fila do McDonalds em paz, porque você não é exemplo de saúde, você, no máximo, é exemplo de um corpo que a nossa geração elegeu como o corpo ideal.

Exemplo para mim é aquele povo que trabalha na roça, na própria terra, que come o que planta e cria, do tipo que ainda combate praga com chá de cravo e cânfora. E todos tomam aquela cachacinha, e todos que eu conheci eram absolutamente magérrimos, lindos e felizes, vivendo suas vidas longas e longas, como é o dia no Sertão.

Inté.

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Ainda sobre blogs/vlogs de livros e chega

>> sexta-feira, 2 de agosto de 2013



Ontem eu desabafei as minhas mágoas literárias (que nada, era só sobre blogs/vlogs de livrinhos) e o povo não entendeu. 

Minha gente, não, eu não quero que todo mundo pense como eu, senão eu escreveria um blog sobre literatura e tão somente literatura. E fechado. Convidaria só os meus amiguinhos de letras coisa e tal. E não, eu não procuro um blog de crítica literária, até porque já existem vários, que se dão ao trabalho de trazer a cada postagem uma resenha, quase aos moldes acadêmicos, crítica, sobre determinado livro coisa e tal. Nem tanto o céu, nem tanto a terra.

Eu apenas queria não encontrar tanto despautério, como por exemplo, gente comparando Meg Cabot a Jane Austen. 

A coisa dos clássicos, o que é um clássico, quem diz o que é clássico, etcetera coisa e tal. Não adianta eu vir aqui e explicar o que é o estudo de literatura ou da ciência sem nome, como chamavam os gregos milênios a/C na Poética Clássica. Não adianta, porque, Vitor Manuel à parte, a academia faz questão de manter o seu conhecimento hermético, gerando essa desassociação com o público em geral, por pura picuinha acadêmica. 

Se o conhecimento que aprendemos na universidade fosse transmitido, sem essas doses homeopáticos, para a escola, eu sinceramente acredito que tudo seria muito diferente. É por isso, também, que via de regra, o intelectual é tão rechaçado e até, ridicularizado, quando na verdade, quem deveria levar uns cascudos é o pseudo intelectual contemporâneo (porque todas as épocas têm sua safra de pseudo-intelectuais, inclusive com títulos), que quer ser legal, descolado e que arrota Backtin e demais russos escrotos. Sim, Backtin é um nome importante, mas de uma visão filosófica do estudo de literatura, e uma leitura filosófica marxista, que muitas vezes, parece fruto de uma experiência extra-corpórea, por mais antagônico que isso pareça. O que eu quero dizer é que, a maioria desse povo de blog/vlog que, quando quer respaldar a sua opinião, cospe o nome do Backtin, é por pura balela. Backtin não é assim não, minha gente. E como afirmei, por mais profundos que sejam os estudos dos filósofos russos como Backtin, é apenas uma maneira de sorver literatura. E existem tantas outras. 

No dia em que mais alguém puxar um papo com o Insgarden, quem sabe aí eu volto a ter esperanças. Até lá, sigo só, escrevendo desse meu jeito dissonante.

Inté.

Imagem: Foucault é outro ótimo exemplo, como Backtin, do respaldo teórico dos incautos. Se todos que citam Foucault e Backtin realmente entendessem dos seus estudos, das duas uma: ou estaríamos vivendo uma primavera intelectual (medo disso) ou a perda total da tampa da chinela (ou chinelo, ambos são dicionarizados e aceitos, conforme a norma. Vão se lascar).

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O mimimi do inferno astral antecipado

>> terça-feira, 30 de julho de 2013


Segundo consta é para meu inferno astral ser lá por meados de fevereiro, mas creio que o cosmos, a providência divina, qualquer coisa do gênero, não estão muito aí para normas e datas, coisa e tal e resolveram me pagar tudinho agora no fim de julho, porque não está fácil.

Dentre todo os probleminhas e correria de se fazer um monte de coisas ao mesmo tempo, sofri uma avaria ontem, uma coisa assim estúpida, mas que lascou com alguns dedos da minha mãe direita e eu sou destra e trabalho desenhando; olha só que bacaninha. 

Fora que meu gato Miu se intoxicou com shampoo. É isso mesmo que você leu, shampoo. Pois é, e um shampoo de uso veterinário, mais caro do que o shampoo neutro neutríssimo que eu usava para banhá-lo. Mas já passou na clínica, foi medicado e está melhorando. Só está assim, mais louquinho do que sempre já foi, porque este tipo de intoxicação mexe com o sistema neurológico. Não é uma merda? Crio gatos faz anos e eu sei que os felinos domésticos são mais suscetíveis a intoxicações do que cães. Por exemplo, gatos são alérgicos a cebola, alho, sabia disso? Pois é. Mas shampoo veterinário, como assim?

Fora que está uma empestação no forro da casa; morcegos, ratos de telhado, traças. Só falta um elefante rosa com bolinhas amarelas. Se aparecer acho que eu crio. Agora, um rato filho de quenga deste a gente envenena, dedetiza, faz o diabo e o escroto dança cancan na nossa cabeça, já Miu se envenena com shampoo de uso específico para animal. Alguém me explica?

Amanhã volto com os posts "normais" livrinhos, leituras, modinhas, belezinhas e quem sabe, um ratinho com tchutchu ;).

Inté.



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Blogs, Vlogs sobre livros e coisas que me aborrecem

>> segunda-feira, 22 de julho de 2013



Faz tempo que eu queria, ou melhor, precisava escrever sobre tudo ou quase tudo que me aborrece em blogs e vlogs sobre livros. Mas eu fui me controlando, tentando reverter toda esta energia para coisas mais legais, tipo, ler, né? Mas não adiantou e cá estou eu.

Primeiramente deixa eu separar duas coisas: livros e literatura. Livro é o conjunto de folhas de papel, em branco, escritas ou impressas, em brochura ou encadernadas. É a obra organizada em páginas, manuscrita, impressa e faz algum tempo, também digital. Literatura é a ciência do literato, que é o escritor enquanto artista, ou seja, literatura é uma expressão artística (artística!). Nem todo livro é literatura. E eu não estou me referindo só a livros didáticos.

Segundo e não menos importante, quero deixar bem claro que eu não acredito, tampouco desejo, que todas as opiniões desaguem em uma voz uníssona de concordância em relação a minha. A internet é uma amostra da humanidade, que é composta de sociedades, por sua vez composta por pessoas (a priori) que por fim, são diferentes entre si. E é aí que está a graça, na diferença. E olha só que oportuno, e é por conta dessa diferença que estou aqui, para ser a voz dissonante com o discurso da maioria. 

Um dos discursos da maioria em blogs/vlogs sobre livros é que não é preciso ter conhecimento formal de literatura para dar a sua opinião sobre livros na internet, porque trata-se de um conteúdo informal, quase como uma suposta conversa sem maiores intenções do que trocar opiniões quaisquer sobre o tema. Isso para mim, Elizabete das candongas, está errado? Não, de jeito nenhum. Afinal não é essa uma das premissas da internet? Todo mundo pode (quase) tudo? O que me incomoda é o discurso da antipatia contra as pessoas que têm conteúdo formal sobre literatura e querem, vez ou outra ou sempre - afinal, a internet não é territória das livres ideias? - compartilhar ou exibir o que sabem? Muitas vezes este conhecimento foi tão treinado, que se torna intrínseco e escorre fácil em qualquer conversa. É mais ou menos como alguém que estuda muito uma língua estrangeira, ao ponto de criar uma relação afetiva com esta língua, em detrimento da sua língua materna. Um exemplo: considerar que certa frase é mais "bonita" na segunda língua que na sua própria. Na maioria das vezes pode ser mais adequado, por não haver uma tradução correlata, contudo, mais bonita é cretinice. Sim, eu já fui muito cretina.

Eu tenho formação em estudo de literatura, inclusive uma especializaçãozinha, de que me orgulho, em ensino de literatura, que me diz que posso e devo me expressar sobre literatura (e um monte de gente vai me odiar um pouco mais), especialmente para separar a expressão de um literato de um escritor comum. Contudo, eu não faço isso, porque acho equivocado e por vários motivos, que não estou a fim de elucidar por agora. Mas vez ou outra eu venho aqui e dou umas opiniões, as quais cheguei através da experiência como leitora ingênua associada a leitura treinada, especializada e crítica e eu realmente não entendo porque eu devo ser hostilizada, porque eu tenho um conhecimento técnico sobre um determinado assunto, no caso literatura e através deste conhecimento em confluência com meu gosto pessoal, confesso chato e ranzinza, acho esta coisa de livro YA (livro para Young Adults) uma porcaria, porque literatura não segue fórmula e não se encaixa. E eu poderia explicar que as escola literárias ou artísticas não forma impostas ou criadas antes dos escritos (ao menos as que valem a pena), mas não é essa a minha intenção. 

A minha intenção é só reclamar mesmo de gente que se revolta contra quem estudou algo e sente necessidade de expressar o conhecimento, porque isso é inerente. Eu concordo que vaidade intelectual é osso, mas o culto a ignorância e o festim dos leigos também é ó.

Inté.


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Julgando livro (e autor) pela capa

>> terça-feira, 16 de julho de 2013



Uma vez em entrevista, Clarice Lispector afirmou que comprou um livro de Katherine Mansfield por conta da capa bonita. A consequência foi que o livro não era apenas uma capa bonita, mas era sim muito bom. E não é julgamento meu (apesar de que concordo), mas julgamento de Clarice. Acontece que a mesma Clarice odiava ser comparada a Katherine Mansfield. Ou Virginia Woolf. Ou pior, James Joyce, autor que ela negou até o fim ter lido alguma coisa, mais ou menos como Lima Barreto em relação a Machado de Assis.

Contudo, a coisa de não julgar o livro pela capa é muito relativa. Já o julgamento pelo autor, quase sempre não. Porque quase sempre? Porque existem casos como o de Jostein Gaarder de O Mundo de Sofia, que escreveu o chatinho Coringa. Tudo é uma questão de perspectiva.

Um fenômeno peculiar que observo nos dias de hoje é o culto ao livro bonito e vistoso para embelezar prateleira. Geralmente são livros gordinhos, volumosos, cheio de outras interessâncias, que não a literária, como fofurices no rodapé da página (ao invés de referências), cores, margem e fontes alternativas (ao invés de conteúdo). E aí nos deparamos com a legião de leitores de escritores escrotos, como Lauren Conrad, que até um dia desses eu não fazia ideia de quem se tratava, até dar de cara com aquele vídeo nefasto em que ela trucida as edições de Desventuras em Série, em teoria, para fazer "arte". Minha gente.

E não, ela jamais poderia ter feito aquilo, por uma questão de ética, porque afinal ela é escritora, mesmo que seja uma escritorazinha de meia pataca. E antes, uma leitora, porque afinal, se espera que leitores amem livros e amar não é destroçar algo, isso é psicopatia. Um livro para um verdadeiro leitor não é um objeto, mas sim um amigo, e a gente não arranca pedaços dos amigos, não joga tinta, não mancha, não esquece. Por isso, vocês que se dizem amantes da literatura e usam as páginas de livros antigos para decorar seja lá o que for ou ainda, desenhar e vender como ilustração por 100 George Washingtons no Etsy, você tem problemas, pessoinha.

Rabiscar um livro com anotações, sublinhar, isso é dialogar com a estória que ali é contada, é como conversar com seu amigo. Sem macular a obra, óbvio.

Na imagem alguns dos meus livros anciões, que um monte de gente jamais compraria, tampouco mostraria como "modelos" de livros interessantes. O livrinho que está encostadinho na pilha de livros (Machado de Assis, Eça de Queiroz, Proust, Humberto de Campos) é o livro mais antigo da minha mini biblioteca, é uma terceira edição de Um Homem Rico de Camilo Castelo Branco, de 1889. Comprei num sebo por R$ 1,00. Nem gosto muito de Camilo Castelo Branco, contudo, para mim, este livro é inestimável, porque sim, é um clássico da literatura portuguesa e, uma edição muito muito antiga, já com 124 anos.

Bisous.


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Livros de Mitologia

>> terça-feira, 9 de julho de 2013


Um dos meus assuntos favoritos, mitologia. Desde pirralhinha amo mitologia, que começou com as fábulas de Esopo, as lendas dos heróis gregos e culminou na leitura dos contos celtas, nórdicos até a Ramayana.

E a paixão por mitologia e leitura fez nascer o desejo de querer comprar livros sobre o tema. Mas daí que parei no empecilho básico de todos nós professores em começo de careira e estudantes universitários (a maioria, ao menos): dinheiro. São muito caros os livros sobre mitologia. Ao menos costumavam ser.

Lembro que comecei o meu pequeno acervo sobre o tema com uma publicação da Publifolha que encontrei no Extra, O Livro Ilustrado da Mitologia, uma edição fininha, porém super completa e muito, muito ilustrada, colorida, viva, que foi muito em conta. Hoje ela está esgotada em todos os lugares. Tenho vontade de comprar outra, porque a minha edição está muito judiada, sofreu muito na mão do meu erê, projeto de engenheiro.



Depois consegui comprar um mini dicionário de mitologia, que meio que me dá vergonha, porque em si é meio tosquinho. Mas quebrou um galho, especialmente quando inventei de estudar grego e mitologia greco-romana.

Daí a curiosidade sobre outras culturas me fez pesquisar e conheci a mitologia nórdica, comecei a estudar runas e rapidinho comecei a me interessar pela cultura celta.




Fazia tempo que não abria este livro, e eis que encontrei uma foto do Rio Reno, que minha amiga Bel tirou pra mim. Analógica!


Um dia encontrei a coleção Livro de Ouro da Ediouro e caí de amores pelo Ciências Ocultas e é claro Mitologia, sendo que o da Mitologia era o mais caro da coleção. E ainda havia uma versão de luxo, capa dura e com imagens coloridas. Contudo, todos muito acima das minhas posses à época. Acabou que um dia encontrei o Livro de Ouro das Ciências Ocultas na Arte e Ciência, na parte sebo e levei para casa. E meio que esqueci dos outros. Até este mês, quando recebi no e-mail uma promoção da Submarino em que estava lá, o dito cujo do Livro de Outro da Mitologia por 9,90 moças da república. A capa havia mudado, mas era o mesmo livro que há poucos anos atrás tanto desejei. E é óbvio que comprei.

Quando o livro chegou meio que me decepcionei. A edição sofreu algumas alterações consideráveis em termos de qualidade. Coisas básicas como páginas, diagramação, imagens, tudo mudou para pior. Até a orelha do livro - ok, é uma besteira - foi eliminada nesta nova versão. Comparando as duas edições é assim, melancólico. O que compensa é que o conteúdo é quase o mesmo e o preço é muito bom, porque né, 9,90 num livro de tamanho médio de quase 400 páginas é quase de graça. Mas eu sou chatinha e reclamo ;).



Segurando os dois livros dá pra sentir a diferença no peso, na qualidade das páginas, do tipo de folha, da capa. :/


A orelha sumida.


As imagens que encolheram. 

Caso alguém tenha dúvidas, a antiga versão d"O Livro de Ouro da Mitologia, da época da minha edição d'O Livro de Ouro das Ciências Ocultas tinha a mesa qualidade, na verdade era maior, tinha mais ilustrações e de página toda. 



Só para mostrar o maior orgulho da minha coleção de livros sobre mitologia, Teogonia do Hesíodo, que é O LIVRO sobre os titãs e deuses gregos. Hesíodo, ao lado de Homero, são os responsáveis por tudo o que sabemos sobre os deuses gregos, honras, artes, etcetera coisa e tal. Após estudar Mitologia e ler a Teogonia eu posso afirmar que a maioria das coisas que são ditas por aí são a invencionice da invencionice. 

Inté. 


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Morangos Mofados

>> segunda-feira, 8 de julho de 2013




A maioria dos livros que a gente coleciona nesta vida foi comprado, né? Pois há quem ache livro (gente sortuda), e há quem ganhe livros, o que é, quase sempre, uma forma de elogio. A depender do livro.

A minha edição de Morangos Mofados tem uma estorinha muito curiosa. Primeiro que ela me foi dada, mas não pelo dono, e sim por alguém que  a havia pego emprestada. E não foi colega, outra aluna, mas sim a professora da disciplina que eu cursava, nem me lembro direito, mas acho que era alguma coisa tópicos de teoria da literatura, com minha professora luxo Fernanda C. A professora das roupas, das bolsas e dos acessórios mais legais do curso de letras.

Adendo: Engraçado que uma vez ouvi uma figurinha debochando dessa professora, dizendo que era ridícula e usava vestido de pano de prato. O detalhe curioso é que esta existência que fez tal comentário não tinha a menor noção de como se vestir. Era pior do que ter mau gosto, era não ter gosto algum.

Mas voltando.

Um certo dia a professora veio falar comigo e me perguntou se eu conhecia Ronaldo, um menino que era dos primeiros semestres do curso, muito aplicado, afeito as literaturas, de cabelinho comprido, muito simpático. Confesso que de imediato não lembrei e devo ter feito uma cara assim, de quem não lembra. Infelizmente (ou felizmente, vai saber) sou dessas pessoas que deixa aflorar no rosto o que vai pela cabeça. Mesmo assim a professora me entregou o livro e disse, "se vir Ronaldo entregue, caso contrário fica pra você, parece com você o livro". 

Aos poucos fui lembrando do Ronaldo. Era um querido de sorriso fácil, comversa boa. Não éramos amigos, mas trocávamos sorrisos e dicas de livros. Fazia tempo não o via. E fui procurar outras pessoas que sabiam dele e nada. No livro havia impresso o nome completo e endereço do Ronaldo, mas me avisaram que ele havia se mudado.  Telefone ninguém tinha, muito menos celular. E foi passando, foi passando e aquela edição de Morangos Mofados ficou comigo de vez. 

E, apesar de ser minha, esta edição bem diz que não é tão minha assim. Ao contrário de todos os meus livros, é encapada com papel contact e tem aquele impresso colado no fim da primeira página, com nome e endereço que nunca foram meus. Mas assinei meu nome por cima dia desses.

Vez ou outro me perguntando por Ronaldo, se ainda tem cabelo comprido e aquele rosto feliz, de sorriso fácil. Se voltou ao curso de letras e, se ele pensa naquela sua edição de Morangos Mofados, do Caio Fernando Abreu. Se pensa que está em uma estante da casa da professora Fernanda, cercado por livros de teoria da Literatura. Mal sabe ele que está em minha estante, coladinho entre meus livros de Clarice (uma paixão em comum) e Ana Cristina César.

Bisous.

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Xoxos da meia noite - São João é dentro da gente

>> quarta-feira, 3 de julho de 2013



Já reclamei por aqui do São João do Sudeste, ao menos estes festejos mal arranjados que chamam por aqui de São João.  Fora que estendem até julho e agosto, e chamam de festas julinas, e festas agostinas e ainda reclamam da precisão das datas do Nordeste, que quase nunca se estendem além dos primeiros dias de julho.

O problema não são apenas as datas ou a falta de identificação com a cultura daqui, que toca samba, pagode e funk em festa junina. É, pois é. Além, claro, das comidas, completamente triviais, como o caldo verde, que é uma delicinha, eu gosto, mas que é comida de todo o dia e não comida típica, da roça, dos festejos das festas juninas.

Não é por menos que as festas juninas são tradicionalmente festejos nordestinos, quase de raiz, apesar da herança francesa. O maior São João do mundo está no Nordeste, tanto faz Caruaru ou Campina Grande. O verdadeiro São João está nas musicas do Gonzagão, no carimã que faz nosso pé de moleque, nos vatapás quentinhos e no aluá (fermentado de milho ou abacaxi que se toma nessa época do ano).

Acho que peguei ainda mais birra, porque na tal "festa junina" que fizeram por aqui, em que emprestei meu cd de Luis Gonzaga, tive que ouvir xingamentos e desmerecimentos ao Lua, daí né, minha gente. O que fiz? Tomei uma cachaça (minha), fui embora e levei a música comigo. Eles que fiquem com a maravilhosa música sertaneja das duplas de cabelo de pica-pau. O que falar do atual sertanejo universitário? O quanto acrescentou à música brasileira, né mesmo?

O Sertão é Dentro da Gente, já versou um certo sudestino que eu aprecio bastante, logo, São João também.

Adendo: Tenho certeza que não fui a nenhuma festa junina que preste por aqui, que devem haver algumas muito boas, talvez várias. Então não se melindrem com o meu desabafo ;).

Inté.

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Sebos e livrarias

>> quarta-feira, 26 de junho de 2013


Como já comentei várias vezes por aqui, sou rata - ou traça - de sebos faz muito tempo. Pelo menos desde o tempo em que comecei a chafurdar e freviar o Centro da minha antiga cidade, Fortaleza, em um espírito meio que flâneur, quando nem ao menos conhecia o termo sebo; para mim era lojinha de livros usados.

De maneira muito tímida, comecei a reconhecer as tais lojinhas de livros usados, vasculhar as pilhas de edições das mais variadas, todas misturadas, empoeiradas e organizadas a esmo. Minha rinite ficou super assanhada, até que desenvolvi alguma espécie de resistência que não me fazia morrer (muito). 

Primeiro eu passei pela experiência de estudar o local (ou locais), decorar a ordem do caos, os endereços, os nomes dos funcionários, do dono, do gato que se espreguiçava em cima dos montes de livros de anatomia e direito civil, sempre no fundo da loja. 

Passei muito tempo e descobri alguns tesouros, edições antigas, de nomes que eu havia anotado nos livros de Machado ou que algum professor ou letra de banda (tipo The Cure, sabe?) havia citado. Logo porque eu não tinha dinheiro, nem para comprar livro usado, então eu só podia era ficar por ali, no desejo de levar alguns daqueles amigos para casa. E esse dia chegou. E eu comprei primeiro um livrinho. Depois dois. Daí quatro. E hoje metade da mini biblioteca é certamente fruto de minhas visitas à sebos. 

E as livrarias tradicionais? Bem, minha primeira experiência em livrarias foi com aquele tipo de livraria/papelaria que vende material didático para escola. E a minha era a Livraria Educativa, também no centro de Fortaleza. Eu simplesmente adourava o perfume de papel e lápis de cor novos, fora o cheiro contagiante da impressão dos livros. É um dos perfumes que a felicidade usa.

Já crescida, bem crescida, fui apresentada por mim mesma à livrarias de livros, e tão somente livros, como a Livro Técnico e todas as suas maravilhosas prateleiras, especialmente a parte de livros importados: Madame Bovary ali, em francês, em minhas mãos. E eis que um dia a Siciliano (hoje Saraiva Mega Store, quase a mesma coisa) chegou à Fortaleza, com Café Santa Clara e uma infinidade de livros novos e estonteantes. O cheiro de café misturado a livros e perfumes alheios, sorrisos de canto de boca, olhos afundados em páginas pelas poltronas, sabe sonho? Pois então.

Nessa mesma época a gente aprendeu a comprar via internet. Sem emoção, confesso. Tudo bem, tem lá sua emoção, como comprar um monte de livrinhos queridos e desejados com descontos incríveis. Mas não é a mesma coisa de ir a uma livraria.

Quando cheguei ao Rio, um dia dei de cara com uma senhora chamada Livraria da Travessa. Ah, a Livraria da Travessa e todos os seus encantos, suas estantes de madeira escura recheadas de livros e mais livros caros e lindos, aquelas edições especiais, que aquecem o coração de tão lindos. E daí conheci a Fnac e todas as suas tentações. E a Cultura. Minha gente, a Cultura. 

Dicas.

Gente com melindres fique longe de sebos. Essa conversa da alergia sei lá das quantas, né? Eu tenho alergia, minha cara incha, espirro cem vezes, fora uma reação esdrúxula de sentir a boca arder e queimar. Pois é. Eu sou alérgica, muuito alérgica e frequento sebos há anos. Seja franco e admita que não gosta de livro usado, que nem gente que odeia brechó. Nem todo mundo tem que gostar de sebo, de brechó, de antiquário. Não há nada de errado nisso. Só acho ridículo falar de "vida de segunda mão". Machado de Assis, Clarice Lispector, Virginia Woolf, todos estes queridos compravam livros em sebos, então estamos em boa companhia de segunda mão, né mesmo? ;)

Sebo deve ser apreciado devagar, é tipo caça ao tesouro. Debaixo de uma pilha de livros ruins, pode  se esconder uma edição antiga, capa dura, do Oscar Wilde ou, a obra completa de Fernando Pessoa, também em capa dura, com folhinha fininha, coisa e tal, que vai te custar só 15 mocinhas republicanas.

Sebos em Fortaleza: 

Sebo do Geraldo (houve época em que foi minha segunda casa)
24 de maio, 950, Centro.

Arte&Ciência (misto de livraria e sebo)
Av 13 de maio, 2400, Benfica.

Livraria em Fortaleza:

Livraria Lua Nova (antes ficava num cantinho do Shopping Benfica, depois se mudou para um casarão antigo. Eu queria morar lá rs)
Av 13 de maio, 2861, Benfica.

Sebos no Rio:

Procurem a Rua Camões, a rua do Real Gabinete de leitura.

Livraria Rio de Janeiro:

Livraria da Travessa da Rua do Ouvidor. 

Linda. Liiinda.

Estante Virtual

O maior acervo de livros seminovos e usados do Brasil A Estante Virtual é um portal de compra e venda de livros usados e seminovos que reúne o acervo de alguns dos melhores sebos e livreiros do país.

Imagem: Shakespeare and Company, em Paris.

Bisous.


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Autores injustiçados - Machado de Assis

>> terça-feira, 25 de junho de 2013


Fiz o exercício de vir aqui para escrever este post coletando todos os comentários injuriosos que já ouvi e li sobre Machado de Assis. E gente pensará que enlouqueci de vez, porque Machado é reconhecido, na verdade um dos poucos escritores brasileiros reconhecidos por sua qualidade literária e gênio por críticos do mundo todo. É o único escritor brasileiro citado n'O Cânone Ocidental do Sr Harold Bloom, livro odiado, porém referência nessa coisa toda de clássico, cânone, etcetera coisa e tal. 

É, Machado é tudo isso, e muito mais do que citações de nomes estrelados da crítica literária. Mas isso tudo não mudo o fato de que Machado é odiado e bastante odiado pelos leitores brasileiros. De fato, acho que só perde para José de Alencar. Adendo: nosso próximo injustiçado, aguardem.

Desde o meu tempo de escola até os dias de hoje, já reuni uma série de idiotices que ouvi sobre Machado: linguagem antiquada, (cê jura?), linguagem datada (pior), difícil de acompanhar, de entender, conteúdo pobre (oi?), folhetim pra senhoura ou, novela mexicana. Esta última ouvi em sala de aula de introdução à filosofia. O professorzinho, um completo imbecil, contou uma lorotinha de que sei lá quem pegou um conto qualquer do Machado, assinou e levei para uma editora, que se recusou a publicar por achar o conto ruim. E que diabos de editora é essa que não descobriu que era Machado de Assis? É, porque as editoras pesquisam para evitar plágio, quer dizer, um estapafúrdio completo. Até hoje sinto ódio desse episódio, que aconteceu dentro do curso de letras, uma tentativa de fazer alunos de letras odiar Machado de Assis ou no mínimo, ridicularizá-lo. Fiquei tão indignada que saí de sala. Nos meus primeiros anos de faculdade eu era conhecida como a "Machadiana" então imagine aí o quanto este episódio foi terrível.

Se procurar em forúns sobre literatura ou redes sociais tipo Skoob (não consigo levar a sério Skoob e cia, desculpe) sempre vai aparecer alguém para falar mal da literatura de Machado de Assis. E por que? Primeiro porque Machado pede maturidade, não de anos vividos, mas de livros (bons livros) lidos. E algum conhecimento ou simpatia por filosofia. Antigamente, no meu tempo, o primeiro contato literário sério que se tinha na escola era com Machado (e Alencar). Uma garotada boba, acostumada com Turma da Mônica, super não compreendia os olhos de ressaca, dentre outras metáforas machadianas maravilhosas. Fora a coisa da alma, porque certos livros pedem uma certa inclinação e isso acontece com Machado, que pede um leitor devoto, sem medo dos abismos e do não compreendido. Quando li Machado me encantei pelo o que não conhecia, anotei todos os livros e filósofos que encontrava em seus livros, como quem anota as dicas daquele professor genial. Machado foi o meu pai literário e eu acho lamentável que não seja assim para a maioria das pessoas.

Qualquer bom leitor reconhecerá a qualidade do texto machadiano. A cousa do gostar, deveras, isso depende do que cada um é feito.

Para ler Machado recomendo: 1ª uma boa coletânea de contos (sempre recomendo contos de um autor, porque serve como uma espécie de amostragem da escrita, é mais rápido e dá para se ter uma ideia do geral); 2ª Helena, o povo fala muito mal da fase romântica do Machado. A impressão que tenho é que não leram direito; 3ª Memórias Póstumas de Brás Cubas, porque é sensacional. Pirandello e Sterne versaram sobre o mesmo tema, mas Machado, ah Machado, leva a cousa para outra esfera. Seu Brás Cubas é encaixado no Realismo por mera convenção. Como um livro em que um defunto narra suas desventuras pode ser considerado realismo? Sabe como? ;)

Meus livros antiguinhos do Machado.

 
Os de capa dourada e vermelho são da Editora Globo, e são os mais jovens, mas já comprei em sebos. Aliás, todos os meus livros do Machado foram comprados em sebo. Esse senhor de capa dura verde com o rosto do Machado em baixo relevo tem 55 anos, comprei por 5 moças da República no Sebo do Seu Geraldo no Centro de Fortaleza. Contudo, sonho há tempos com uma edição novinha e cara das obras reunidas de Maneco.

Nos próximos dias vamos falar sobre sebos e livrarias, talvez seja amanhã, não sei ainda.




Bisous.

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Livros reconfortantes e um blog novo

>> sexta-feira, 21 de junho de 2013


Na verdade o blog em questão não é novo, já está por aí faz seis anos, mas eu só descobri há pouco, pouquíssimo para ser exata, foi quarta-feira agora. Descobri, já amei e já inclui na lista de links do RQ.

É um blog que versa sobre leituras, diversas e boas, na minha opiniãozinha. Tiny Little Things é construído em texto e vídeo. Queria eu ter coragem de postar vídeos aqui no bloguito. Quem sabe, né? Pois então, muito bom, leiam.

Por lá encontrei a tag (meme, algo que o valha) Livros Reconfortantes, e como eu adouro este tipo de coisa, e vocês sabem disso, deixo aqui as minhas respostas com imagens e escritos (e nada de vídeo!).

Adendo: a Tatiana Feltrin, uma das autoras do blog, me fez lembrar de uma pessoinha que eu lia muito, que é a Márcia Frazão. Sim, a bruxa que é escritora e eu gosto bastante também. Aliás, eu gosto muito do tema esoterismo e afins, tenho alguns livros sobre. E também estudo Tarot e Runas. Agora os haters têm mais uma munição contra mim, eba-que-legal-como-eu-me-divirto. Contudo, a Márcia Frazão não entra na minha lista de livros reconfortantes. Mas eu leio. E gosto.


{Look du jour! Estou brincando. Tirei esta fotinha, que por sinal achei linda (sim, mesmo sem a minha cabeça rs} e como é pra falar de livros reconfortantes, vesti meu vestidinho fucsia reconfortante, soltinho, levinho e lindinho ♥.}

1. Qual (ou quais) livros tem o poder de despertar memórias boas da sua infância? (Cite até 3)

1ª. Meu Pé de Laranja Lima do José Mauro de Vasconcelos. Eu li na escola, minha gente, quando tinha uns 9 anos e era uma época tão boa. Eu me lembro do cheiro do livro e que queria muito um pé de laranja lima. Na verdade quero até hoje.

2ª. O Menino do Dedo Verde do Maurice Druon, um outro livro infanto-juvenil francês, que não o Pequeno Príncipe. Muito muito lindo. 

3ª.  Lusíadas, Camões gente fina. Li com 11 anos, e eu fui obrigada pelo meu pai, que me disse que era a última coisa boa que ele faria por mim. Meu pai já era bem velho (meu velho ♥), estava doente e morreu naquele mesmo ano. Preciso justificar?

2. E da adolescência?
No finalzinho do 1ª Grau, Ensino Fundamental hoje em dia, uma Elizabete com 13/14 anos, entrou em contato com Machado de Assis e José de Alencar. Ao contrário de todos os meus colegas, eu não odiei, na verdade eu me encantei pela Iracema mulher maravilha do Alencar, e me diverti muito com o filho da mãe do Brás Cubas. Então, tanto poderia citar a Iracema do José de Alencar, quanto Memórias Póstumas de Brás Cubas do Maneco (é como eu chamo Machado de Assis). Mas na verdade o livro que marcou a minha adolescência foi a Carrie, A Estranha do Stephen King, porque eu queria ser a Carrie, cara! A mãe doida deixa pra lá, mas os poderes.

3. Um livro que você relê sempre para te trazer bons sentimentos:
O Leão, A Feiticeira e O Guarda-roupa das Crônicas de Nárnia do C. S. Lewis. 

4. Qual é seu gênero literário mais reconfortante?
Gente, reconfortante Literatura fantástica, especialmente romances de imaginação.

5. Qual é seu escritor mais reconfortante?
 Oscar Wilde, tudo o que leio dele me faz bem. Mesmo Dorian Gray, qualquer coisa.

6. E a escritora que você procura quando quer conforto para a alma?
Clarice Lispector, nesse momento de minha vida estou muito (re)apegada a Água Viva.

(Esta última parte é jogo rápido)

7. Um livro para dias de fúria:
Eu não leio quando estou com raiva, se eu fosse fazer isso, procuraria algo que me acalmasse, tipo as poesias da Emily Dickson.

8. Um livro para momentos de tristeza e melancolia:
Em geral eu procuraria algo que melhorasse o meu ânimo, tipo, não iria ler Memorial de Aires do Machado, livro profundamente melancólico. Sei lá, Harry Potter e a Pedra Filosofal da Rowling é uma boa pedida.

9. Um livro que remete a algum momento muito bom da sua vida: (Por que?)
O Senhor do Anéis, A sociedade do Anel do Tolkien. Eu li os livros em 2002, após assistir o primeiro filme e me encantei pela Sociedade do Anel (amo os três, mas a Sociedade é o amor), especialmente quando chega a parte de Lothlorien. Fora que foi uma época muito boa, lembro de dias lindos em Fortaleza, o jardim todo vistoso, cheiro de bolo em casa, meus erês ainda pequenos e a minha cadeira de balanço ♥.

10. Um livro para provocar emoções boas:
Peter Pan do Barrie, I do believe in fairies!

Bisous.

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Nordestino não é Judeu e o Brasil não é a França

>> quarta-feira, 19 de junho de 2013



Ontem um post na rede social Twitter me assustou. E revoltou na mesma proporção. Em  uma conta pessoal do estilista Alexandre Herchcovitch (estão dizendo que não é, mas tudo bem) foi escrito que a maioria dos maus políticos são eleitos pelas regiões Norte e Nordeste. E qual é o nome disso? Xenofobia.

De imediato me veio à mente o caso Galliano. Alguns podem me julgar exagerada, afinal não foi o caso de alguém gritar que ama Hittler dentro de um bairro judeu, né? Tampouco, porque não se trata de alguém enfraquecido por uma doença que debilita o seu julgamento e suas faculdades mentais, bêbado ³ como o Galliano. Não, se trata de alguém que estava bem sóbrio, que não é doente de afecção que se perceba de cara.

De minha parte, além de não duvidar de onde partiu e de sentir um enorme asco, rápido me ocorreu que o caso Herchcovitch não seria encarado como o caso Galliano. Na verdade, o caso Herchcovitch não existe, sabe como é? Porque, além de haver a negação, tanto por parte do estilista, tanto por parte dos meios de comunicação modísticos, Nordestino não é Judeu e o Brasil não é a França.

Então, não veremos o Chic ou Lillian Pacce escrevendo uma linha sobre o preconceito desse estilista, tampouco algum colega,  tipo o Villaventura (que representa tanto o Norte quanto o Nordeste) se pronunciando sobre, ou ainda, Paulo Borges, que mora na ensolarada Bahia expressando sua aversão. Não.

Sobre as caveiras, sempre foram McQueen.

Inté.

Imagem: desfile lindo de Walter Rodrigues, casting todo de negras e coleção sobre o Nordeste.Ele é paulista, ok?

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Vão pra rua. E não esqueçam de melhorar.

>> terça-feira, 18 de junho de 2013


Sempre fui conhecida como aquela pessoa que sempre deixa clara a sua posição e opinião. Nunca deixei dúvidas em relação aos meus posicionamentos e isso sempre incomodou. Incomodou e incomoda, porque não é posição fácil não seguir a multidão, a maioria, entrar no uníssono ou seja, ser dissonante. Eu acho que eu nasci pra ser Chomsky nessa vida, um ato a mais do que ser gauche, né seu Drummond? 

E não é por espírito de porco (ou é, vai saber), como dizia meu pai, a pura e nata vontade de ser do contra. Não, é porque a minha linha de pensamento e sentir, a velha e boa psiquê grega, quase nunca vai de encontro ao que para todos, está bonito, está correto e está legal. Tudo bem que o discurso triste e vermelho pálido do meu pai, velho comunista, pode ter ajudado a manter esta minha inquietação aqui, como o grilo do Pinóquio. Ou isso, ou nasci com a programação errada, não é mesmo?

Eu era aquela menina de 12 anos em Fortaleza, que odiava o Tasso Jereissati, quando todo mundo o adorava, porque ele era o "galeguin' duzóio azul". E isso me soava hediondo, nefasto, porque o "galeguin' duzóio azul" comprava votos, pagava gente pobre para aliciar gente mais pobre ainda, num ciclo vicioso de malfazejos. Gente muito próxima de mim. Depois vieram os Gomes e a coisa piorou. 

Daí decidi fazer parte da UNE, da UJS. E me vi passível de corrupção quando usaram um stencil feito por mim, da foice e do martelo, da caduca URSS, não para decorar a sede da União, mas para pichar os muros da Universidade Federal e da área da Reitoria, onde eu dava aulas de desenho no Mauc. E eu me desliguei. Procurei o PCdoB. Fui a plenárias, senti-me representada no auge da inocência, aos 16 anos, para depois testemunhar venda de portarias (espécie de salário fantasma que se paga nas câmeras e assembléias legislativas por aí) a troco de panfletagem. E eu me desliguei de novo. E passei a odiar panfletagem, até verbal, em qualquer setor. Adendo: E isso, anos mais tarde me fez perder o mestrado, por não aceitar panfletagem pseudo intelectual disfarçada de estudos de Antonio Candido.

Já madura me apeguei ao Lula (e não ao PT), nas eleições de uma década atrás. E me desiludi. Mas amadureci ao ponto de enxergar o político por seu valor e não se seu constructo intelectual o coloca à esquerda, ao centro ou à direita dos jogos políticos.

E neste momento em que todos pintam como histórico, na minha opinião, mais pela quantidade de gente que se diz "despertar", que usam a péssima metáfora do "gigante adormecido" do nosso hino ou pior, o "vem pra rua", musiquinha ruim da propaganda oportunista de carro, eu que sempre estive acordadíssima, sinto um ranço ruim no fundo da língua, um sabor antigo e macerado, um déjà vu sensorial assaz incômodo. Porque as pessoas se dizem acordadas e não sabem de onde vieram e para onde vão suas súplicas. Usando como bode expiatório a presidente que está aí a três anos, exigindo melhorias imediatas, que só viriam no decorrer de décadas e décadas de aprumo da coisa pública, dilacerada pela Ditadura, que foi combatida por esta mesma presidente. 

Eu só posso encerrar lhes suplicando que, melhorem.

Imagem: capa antiga e linda do Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda. Comecei a reler ontem, achei adequado. Minha edição é com Abaporu de Tarsila do Amaral. Sugiro que vocês tentem ler, sabe como? Instrução é o que vai salvar este país, nisso eu acredito. Adendo causo: uma vez, no tempo da escola, uma corretora de redação me anulou um parágrafo todo, porque eu afirmei que o alicerce básico para construir uma nação digna era a educação. Pois ela bateu o pé, disse que eu estava errada, não era só a educação que era necessária. Ou seja, uma professora! E pior, usando de correção achística, disfarçada de estilística, porque ela achava incorreta a minha ideia. E não refiz minha redação. E não revi meus valores, até hoje continuo acreditando que este povo tem que ser educado e instruído por bons livros e grandes ideias.

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A insólita Ilha de Guaratiba


Semana passada fomos a casa da Ilha (ou William) de Guaratiba, herança do pai do Thiago. Já havia dado uma passadinha por lá. A casa está caindo aos pedaços, e desde a minha última visita está pior. E está passando por reparos/reformas, não sei bem como definir o que estão tentando fazer por lá. Não sei, só sei que aparentemente não está dando muito certo.

A rua está toda mudada por conta do Túnel da Grota Funda, que agora é vizinho novo. Atrás da casa, que antes era Mata Atlântica fechada, hoje passa o BRT. Mesmo assim, a Ilha de Guaratiba continua com mais jeito de meio do mato do que de bairro. É tudo muito simples, apesar de alguns casarões e sítios de veraneio. 

Adendo: É, o povo do Rio faz casa de veraneio dentro do Rio. A cidade é muito heterogênea, beira o escândalo, tipo, comparar Leblon a Bangu, por exemplo. Observava que os bairros de Fortaleza, apesar da diferença de um bairro abastado para um subúrbio, ainda mantinham alguma comunicação. Aqui de um bairro para outro é mundo novo, e um mundo paralelo, alternativo. 

As estradas têm banquinhas de venda de guaiamum (tipo de carangueijo), de laranja, de tangerina e se multiplicam as chácaras que vendem mudas de plantas da Mata Atlântica. Como a gente vê em cidade praiana fora da capital, sabe como? Até o sotaque das pessoas me pareceu diferente.

Apesar da casa maltratada, o espaço que eles têm é ainda um privilégio. O idh da região pode até ser pior do que o da Baixada, mas a vista, as orquídeas brotando no meio da rua e as bromélias floridas e por todos os lugares (sério, acho que brotou uma bromélia no meu pulmão) valem mais do que qualquer Shopping Leblon. Fora que o Fashion Mall é um pulinho ;).


Na entrada. 



O quintal


Do lado da garagem.


A vista de frente da casa.


Vizinho.


Dentro de casa.

Bisous.

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Domingo em Movimento - Fahrenheit 451

>> domingo, 16 de junho de 2013


Como contei na sexta, minha leitura do momento, dos livros que comprei (depois mostro tudo) é o único que nunca havia lido, mas conhecia a estória do filme do Truffaut. A cada página me choco como, algo que pareceu ficção científica na década de 60, está tão próximo a nossa realidade de agora.

Quem são os nossos bombeiros de Fahrenheit 451?

Nessa vibe.

Inté.

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Como é bacana comprar (e ler) bons livros (e mais desabafo)

>> sexta-feira, 14 de junho de 2013


Neste último mês fiz uma das coisas que mais me dá prazer no mundo, comprar um monte de livros. E fazia muito tempo que isso não acontecia. Para mim, persona que chegou a comprar 10, 15 livros em um mês, durante o período em que fui professora, estudante de francês e de letras, é muito dolorosa tal constatação. Avaliando, mesmo em meus tempos de maior pobreza, aquela franciscana - e eu tinha até uma saia marrom, indumentária de minh'alma - sempre comprava alguma edição antiguinha e de capa dura (o amor) num sebo da vida. E sempre comprava alguma coisa para um amigo, porque sempre amei dar livros de presente (como aquela vez que comprei num sebo uma edição com fatos históricos sobre o Titanic para meu amigo Maicon, fã do assunto, e ele ficou passado e sem jeito, muito fofo rs ♥).

Adendo: e por falar em sebo da vida, outro post que está no forno é sobre as livrarias e sebos da minha vida. aguardem ;).

Em algum momento pensei em fazer parceria com alguma editora, mas quando fui ler as "regras" e avaliar os blogs que conseguiam as tais parcerias, todos blogs com bilhões de visualizações e muitas vezes com conteúdo pueril em termos de firmeza e sumo de opinião, desencantei totalmente. Na verdade, consegui um ranço com estas editoras. Mas quem sabe, né? Outra coisa é que, se recebe um monte de livros, e nesse montante, muitas edições que provavelmente não agradariam a esse arremedo de crítica literária que vos escreve. A probabilidade de texto esculhambativo era tipo, gigantesco, né? Vocês lembram desse post que eu amo e metade da internet odeia. E houve um causo: uma certa vez, aninhos atrás, uma pessoinha que trabalhava com editora voltada para as modinhas e as artes, entrou em contato comigo para resenhar um certo livro, não para publicar no blog, mas para sair numa publicação sei lá das quantas. E eu fiz a resenha com todo o cuidado acadêmico, recebi uma pá de elogios e, pediram um portfolio, um currículo padrão, um lattes e daí? Nada. Sumiu. A pessoa não me deu mais satisfações do que fez com meu texto, que não era um textinho para blog (não se ofendam comigo, mas texto acadêmico é outra coisa) e ficou por isso mesmo. E eu me senti a otária. Foi o último episódio para eu ter a mais absoluta certeza de que não seu lidar com essa coisa de parceria em blog, eu faço isso por você e você faz por mim, sabe como? Pois é, eu não sei.

Mas voltando.

Este último mês fui a forra e comprei algumas edições que me faltavam - e ainda me faltam muitas outras: a edição mais linda do mundo da Alice (The Alice's Adventures in Wonderland and other stories), da Barnes & Noble New York, comprei na Estante Virtual e foi uma saga, que contarei num post que já está prometido e sacramentado; ganhei um livro do meu Yan, presente de dia das mães, uma edição lindalindalinda, especial 50 anos, do Laranja Mecânica, com glossário e ilustrações incríveis, da Aleph; 1984 e A Revolução do Bichos do Orwell, Companhia das Letras; duas edições lindinhas da Puffin, A Little Princess e The Wizard of Oz; uma outra edição da Alice, da Penguin Classics, que ainda não chegou e uma edição de bolso de Fahrenheit 451 da Globo de Bolso.

Este último livro é o que estou lendo agora, porque de todos os livros que comprei era o único que nunca havia lido, só assistido ao filme de Truffaut, muito bom, por sinal.

O romance apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais, hedonistas, e o pensamento crítico é errado e reprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como bombeiro, que na verdade é o encarregado de queimar os livros. É, uma coisa meio Alta Idade Média. O número 451 é a temperatura em graus Fahrenheit da queima do papel. Parte da crítica enxerga uma espécie de alegoria contra a televisão, que seria o bombeiro queimador de livros e neurônios do nosso tempo. Não está de todo errado, não é mesmo? Sei que tenho muito medo dessa coisa anti-intelectual, porque senti e sinto isso na pele o tempo todo, tanto por pessoas que desmerecem o conhecimento livresco, tanto por pessoas que acham ridículo possuir conhecimento livresco. Tem para todos os gostos.

A leitura do livro está mexendo muito comigo, porque é impressionante como é, assustadoramente, atual.

Inté.

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Esmaltices aleatórias

>> terça-feira, 11 de junho de 2013


Como vocês sabem, eu nunca me curarei de todo da minha afecção nervosa em relação a esmaltinhos. Passa um tempinho, eu melhoro, paro de comprar por um tempo, tipo meses, mas daí basta passar numa farmácia para comprar, sei lá, algodão, que volto para casa com alguns frasquinhos coloridos. Isso quando não passo em outros lugares lindos que inventaram de vender esmaltes, tipo a Granado, né? Pois é. Ok, confesso que tem vezes que compro online mesmo, porque não me aguento.

Seguem relatos dos meus pequenos descontroles esmaltísticos.


Comprinhas aleatórias do último mês. Não vou mentir, não está tudo aí, estes são os exemplares que achei mais interessantes para rechear o post.




Latika, marquinha fuefa, um bocadinho mais cara do que nossos Coloramas, Impalas e Risqués da vida toda. Por volta de 10 moças da república.  Nunca encontrei de pertinho, comprei online, muito movida pela beleza do frasquinho. Especialmente a caixinha, toda veranesca pastel. Repararam na bicicletinha linda? Nhoin. Contudo, apesar da beleza, a fixação e textura dessas cores é bem ruinzinha. Já o irmão rosa, que comprei separado, é um escândalo de lindo, o meu rosa favorito do momento, pink donut.



Granado e sua linha de esmaltes que foi febre e esgotou no site rapidinho. Só comprei meses depois do lançamento, no site da marca, o Ginger e o Ingrid. As cores são boas, nenhuma novidade, comprei mais pelo frasco lindo. Já a latinha, comprei na loja da Granado do Fashion Mall, e essas cores sim, são bem exóticas, muito brilho. O Liz é um furta cor dourado e lilás. Achei chic.


Estes esmaltinhos Blant são meus favoritos do momento, super baratinhos, compro por menos de R$ 2,00 na farmácia aqui perto, as cores são diferentes, os nomes dos esmaltes uma fofurice e a fixação é ótima. Eu fico super feliz quando encontro uma coisa assim, boa bonita e barata.


E essa é  uma constatação que fiz sobre os nominhos dos esmaltes, o povo nem se esforça mais, né? Estes são quatro variações do mesmo tema, em tons de verde, menta, água, pastel, como queiram. Da esquerda para a direita: Tok, Sereia; Impala, também Sereia; Jubby Ariel (que é o quê mesmo?) e um famosinho da OPI, Mermaid's Tear's. Né rs?

Bisous.

Imagens: T2i, com a lente 50 mm, que ainda estou me adaptando.

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Domingo em movimento - Great Gatsby

>> domingo, 9 de junho de 2013



Quem está ansioso? 

A maioria das pessoas não entende porcaria nenhuma de literatura, e em termos de livros como Great Gatsby a coisa piora. O livro é muito badalado, está na lista dos dez mais de todos os pulhas do mundo, incluindo aí o Diogo Mainardi. Daí que se fica preso a algumas armadilhas maldosas, como aquele livro que todo metido a besta cita, ou ainda, aquele livro famoso, aquele livro de hipster. Aliás, vários são os livros que são vítimas desses malfazejos, inclusive farei uma lista dos 20 livros amaldiçoados por maus leitores.

 Pois então.

Fora que Great Gatsby é muito mal apreciado, porque a tendência dos maus leitores é sorver o livro apenas, e apenas, na perspectiva do contexto histórico, ínterim entre as duas grandes guerras, as pinceladas nervosas sobre a alta sociedade novaiorquina. Bocejos e mais bocejos para vossas mercês, me poupem.

O mais legal em Great Gatsby é  a maneira como a estória é contada, mais do que a estória propriamente dita, aliás, como o é todo texto de F. Scott Fitzgerald, que na minha opiniãozinho, é o maior escritor americano de todos os tempos - Hemingway meu velho, que me desculpe.

Bisous.

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Sephora, uma experiência

>> quinta-feira, 6 de junho de 2013


A Sephora  chegou ao Brasil faz tempo, todas as fofas já falaram sobre, já apareceu em tudo que é lugar, mas resolvi escrever sobre, porque é a singela opinião de alguém completamente descompromissada com marcas (a não ser pelo bem-querer belezístico), revistas, jabás, etcetera coisa e tal. E eu sei que é por isso que vossas mercês me leem, porque sou persona sincera.

Recebi um convite para a inauguração da Sephora Village Mall, contudo foi num dia e hora impossíveis para esta owner que vos escreve. Por que, tia Eliza? Porque a tia Eliza mora na baixa da égua de longe, porque eu trabalho, tenho filhos, casa, não tenho escrava, quer dizer empregada (é que algumas pessoas confundem, daí né) e não dá para me desbancar do meu fim de mundo, até a Barra da Tijuca, numa sexta-feira, fim de férias (foi no dia 25/01) de tarde. 

Então é isso, me mandam convites, fico super feliz e me achando, contudo nunca posso ir. Inclusive há quem pense que sou um fake ou alguma tosqueira dessas. Não minha gente, euzinha existo, em carne e osso, atendendo pelo nome de Elizabete, conhecida na internê como Eliza das candongas ou aquela diaba insuporável. Pois então.

Mas, depois, muuito depois, que a dona Sephora inaugurou em solo carioca, fui visitar para ver com meus próprios olhinhos, porque é uma emoção estar na loja física da loja online que nos faz tão feliz. Ao menos eu sou uma persona muito que feliz com a Sephora, enquanto consumidora. As Lojas (já tem mais de uma Sephora no Rio! acho que três, né?) são lindas, com projeto de iluminação perfeito, as marcas oníricas todas ali, a gente pode testar, uma loucura *_*, e, o mais legal de tudo, os vendedores são simpáticos, sem grudar na gente e sabem de tudo, mesmo, de verdade. Vamos comparar? Por exemplo, a MAC, cujas vendedoras são antipáticas (especialmente a filial do Barra Shopping), são de uma burrice inacreditável, pois por conta da antipatia ridícula, perdem vendas, eu por exemplo só compro MAC na Sephora online. Fora o conhecimento de maquiagem, como um todo, muito fraco. Geralmente entendem dos produtos da marca, mas de maquiagem mesmo, lato sensu, deixam muito a desejar. A Chanel é mais ou menos assim, com a vantagem de que as vendedoras são uns amores. Só não entendem tanto da história da marca, especialmente a coisa com batom vermelho, os perfumes, aí é osso. Mas eu relevo, por conta da simpatia. Já a Sephora a galera é treinada e bem treinada e isso é, par amim, muito importante.

No dia em que fui, estavam servindo Chandonzinho rosé, acho que me serviram uma garrafa toda, saí de lá mórta de feliz, mesmo deixando um rim, mas valeu porque levei para casa sacolinhas bicolores mais o combo olheira e dor de cabeça de pileque de Chandon rosé. Ah, e ganhei brinde, uma sombra fuefa da própria marca Sephora.

Ah, outra cousa que ameiameiamei é que a Sephora é tipo um supermercado da beleza, né? Tipo, você vai para o caixa e tem umas gôndolas cheias de produtinhos (igual a supermercado) delícia e inúteis, que nos impelem a comprar mais uma coisa desnecessária, só pela diversão. Ai eu achei o máximo, essa dona de casa loka que mora em mim.

Bisous.

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A Festa das Meninas - quase um desabafo

>> segunda-feira, 3 de junho de 2013



Neste momento em que escrevo já se passou mais de uma semana da festa, contudo ainda muito vivas todas as impressões, memórias e desmantelos, porque sim, em se tratando de minha família alvo de Murphy, o desmantelo é quase uma constante matemática. Posso afirmar que foi completamente diferente do ano passado, em tudo por tudo. Para o bem e para o mal. Para recordar a festinha do ano passado aqui.

Primeiro que, diferente do ano passado, em que me organizei quase que um ano antes, com datas, metas rigorosamente cumpridas, este ano me embananei toda, deixei tudo para a última hora. Tudo bem, havia um plano geral das cousas, tenho alguma experiência em organização de festas e, afinal, era uma coisa para família e amigos de escola das erês, ou seja, simples né? Ledo engano. O pior é que eu sabia disso, nunca é simples quando se trata de organizar uma recepção minimamente digna.

Alguns serviços que foram super tranquilos ano passado, simplesmente ou deram completamente errado ou quase deram muito errado, o que me ocasionou uma tensão muscular e uma somatização de mazelas que, só Deus mesmo.

Como eu me atrasei para começar a ver fornecedores e criar décor, acabou que a festa aconteceu com um mês de atraso. Até aí tudo bem, se não fossem as chuvas de outono, com ventania e temperatura caindo. Para uma festa pensada em área externa com piscina é osso. Resultado, estávamos nós desesperados na véspera da festa (de verdade, na véspera) em busca de um salãozinho disponível, em plena sexta-feira, dia preferido de todos os eventos. A gente conseguiu, só que um salãozinho bem chocho, daqueles de bairro, bem simples, com churrasqueira. Mais parecia o sobrado de festa da casa do tio pançudo. Ao menos contava com dois banheiros arrumadinhos e uma cozinha com fogão industrial (e a maldita churrasqueira) e freezer. Decorado ficou fofo. Não ficou lindo como ficou ano passado aqui em casa, mas tudo bem. 

Como o salão já contava com cadeiras e mesas (de plastico amarelo. ficou até interessante, porque era uma das cores da festa) tive que cancelar a reserva das cadeiras (o mesmo serviço do ano passado, que me deixara satisfeita), contudo, tinha como intenção pagar mesmo assim. Gente, a criatura simplesmente ficou enfurecida, mesmo com o meu compromisso em pagar. Xingou, ameaçou macumba. É sério! Uma pessoa louca, completamente surtada.

Os doces que encomendei estavam melhores que os do ano passado, porém o atendimento... Começou pela degustação, a pessoa que me atendeu não sabia do meu agendamento, daí recebeu a minha filha Kelly e a mim bem mal; para ter uma ideia, só nos convidou a sentar alguns minutos depois que entramos. Insistiu em perguntar quem eu era e se havia mesmo marcado algo, nos deixou sozinhas por várias vezes e estava com aquela cara de eu te mato with lasers. Gente, isso não se faz. E no dia em que marquei para retirar a encomenda, chovendo à cântaros, peguei um engarrafamento do mal, daí me atrasei e temi não conseguir pegar os doces. Ou seja, já foi um nervoso. Fora que a operadora de celular filha de quenga com sinal oscilando, aumentou o meu nervosismo. Daí consegui ligar para minha casa, pedi para Kelly entrar em contato com o fornecedor, pois havíamos combinado que eu retiraria a encomenda em outro endereço, porque não haveria ninguém para me receber. Bem, a pessoa, que por sinal é a dona da cousa, meio que destratou minha Kelly: " não fiz negócio com você", ou algo assim. Oi? Pois é, também não havia feito negócio algum com a persona que me destratou daquela outra vez. Isso não se faz ². Mas os doces estavam maravilhosos.

O serviço de buffet é de uma conhecida da família do Thiago. Sinceramente, não é grande coisa, mas este ano estava péor: garçons mal treinados, atendendo com má vontade, o jantar foi servido frio, desperdiçaram várias Stellinhas (cerveja Stella Artois. me ajude) e serviram o espumante fora da hora que recomendei. Na verdade parecia mais era preguiça. Olha. E começaram a arrumar as coisas para ir embora antes da festa acabar. Não é legal?

Ah, o bolo atrasou. Quase coloco um ovo. Mas chegou, lindolindolindo, intacto e delícia.

Super recomendo a leitura dos post Organizar é preciso e Guia de boas maneiras para contratantes e contratados. Subscrevo com mais ênfase tudo.

Apesar de tudo o que relatei, a festa foi linda, fez muito sucesso, talvez porque bebida boa e gelada faz todo mundo ficar mais feliz ou, porque luzinhas, balloons de hélio e lanternas japonesas aquecem o coração das pessoas. Só sei que ninguém queria ir embora e recebo elogios até hoje. Ou seja, valeu a pena todo o desmantelo e disparates cometidos por mim e pelos outros.










Bisous.



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