Little Miss Sunshine, filme bonitinho

>> quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Não fui muito feliz na pós. Meu grupo de amigos da universidade, que se conserva quase que íntegro, marchando para uma década, é para vida toda. Mas a pós não. Nem as pequenas longas conversas com o povo de crítica feminista, o olhar do feminino e o tricot do rococó da Jane Austen da Inglaterra, da PUc Rio, da UERJ. Tudo e todos de uma antipátia quase que endêmica. Acadêmicos dos Estudos Herméticos.

Em termos de cultura é um sentir-se os arautos da cousa toda. É uma gente cheia das verdades universais, munidos da palmatoria do mundo. Um povo Sundance, ou seja, tem que ser difícil, ciníco e descrédulo. Sim, o festival e o povo.

Minha gente, claro que gosto do festival, acho o máximo, mas né. Eu me sinto antipática e pueril, que nem criança tonta com brinquedo caro de loja modernete de shopping (no meu tempo era a Poeminha, hoje é iPad) quando cito que filme tal abalou Sundance, que nem abalou Bangu. Ah, o verme da cousa indie. Mas então.

Uma vez, lá nos idos de 2007, em uma conversa animadinha com um grupo de amigos de um amigo Ray-Ban, eu diletamente com Jackie O., versão white, e todos felizes e cantantes Little Miss Sunshine, para cá, para lá. Eu que toda me sorri, porque o filme, Little Miss Sunshine, faz isso comigo, uma fofura trôpega e desengonçada me acomete, cometi a heresia, vejam bem, de declarar que: Little Miss Sunshine é um filme bonitinho.

Sabe aquele ditado tosco de que bonitinho é o filho do Pelé? Pois é, eu também nunca que entendi, sinto ao longe um racismo pudrinho (porque podrinho pra mim é coisa feia), mas o povo se irrita, e o povo indie das beiradas acadêmcias então. O ódio.

Afim de potencializar a corrosão letal do estômago da geral, via suco gástrico em abundância, eu ri ainda mais.

Little Miss Sunshine (Pequena Miss Sunshine em português, tradução sem arroubos criativos, o que é bom) é uma cousa bonitinha, que faz bem. Mesmo aquela confusão toda e a porta da kombi caindo. Vai além da fofurice sim, vai além da diversão sim, claro, mas é para fazer feliz. Porque rir e rir de si mesmo, e já disse, et ça fait long temp, Monsier Chaplin, é um dos segredos da vida.

Está lá a fórmula do filme independente, da família disfuncional em uma situação excêntrica, no tempero do gênero filme de estrada (road movie), estilo em que os americanos são os mestres. A epístola é de certa forma a coisa do perdedor, do vencedor e da aceitação, que mexe decerto com todos os esquisitos do mundo.

Mas o que fica, além dos históricos aplausos do público de Sundance, merecidos, é a beleza de se deixar ser e, ser feliz. Bonitinho demais.

Inté.

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ABC do RQ: T (Tule)

>> terça-feira, 29 de novembro de 2011

T (Tule)


Porque tule é escandaloso, audacioso, porque dá volume, forma, estrutura e ainda assim é delicado.

Bisous.

Imagem: V&R.

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Imagem vintage da segunda-feira: Versace

>> segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Imagem  lindalindalinda, do tempo do próprio Gianni Versace. 

E eu decidi que toda segunda, invariavelmente, como tudo nesta bagunça anarco-fashion, mostrarei alguma imagem incrível, linda, o máximo do passado modístico. Não que o presente não nos traga flores, mas né, eu véia.

Bisous.

Imagem: Goddesses of spring Versace vintage.

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Domingo em movimento - Louboutin

>> domingo, 27 de novembro de 2011


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Imagem lindalindalinda da semana: B.Boy balloon

>> sábado, 26 de novembro de 2011

Tim Burton, que é ídolo vocês sabem, foi convidado para desenhar um balão, isso mesmo um balão, daqueles gigantes de parada, sabe como? Pois é, e para quê? Para uma típica e folclórica parada americana, a de Ação de Graças.

A ilustração do "B.Boy" balloon.


"B.Boy" balloon na parada de Thanksgiving


 E a fofura?

Imagem: THR

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10 cousas aleatórias sobre mim, de novo

>> sexta-feira, 25 de novembro de 2011


 Faz tempo que não deixo por aqui 10 cousas achísticas, bobas, de verdade, da vida, da besteira de moi-même (de mim mesma).
Vamos lá?

01. eu adouro natal;
02. adouro os enfeites, as luzinhas, a comelança, a bebedeira, as cores, criança feliz, adouro;
03. sempre quis fazer uma árvore de natal americana, ou seja, uma de verdade, montada às vésperas do natal;
04. adouro cartões de natal, adouro cartões na verdade;
05. mas eu super respeito quem não curte tudo isso ou por religião ou por si próprio, a festança que se idealiza para os últimos dias de dezembro;
06. porque eu acho o fim a pessoa humana achar que só existe um lado a ser respeitado;
07. apesar de que algumas pessoas me julgam assim, intolerante;
08. não sou não, apenas não tenho medinho de ser sincera, franca, porque né;
09. isso não quer dizer que te odeio e não respeito a sua opinião;
10. apenas quer dizer que tenho a minha.

Inté.

Imagem: Tim Walker, que eu amo.

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Contagem regressiva


Faltam trinta dias para o Natal.

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Adornando as paredes

>> quinta-feira, 24 de novembro de 2011


Vez por outra mostro para vocês uma dica de bonitices para casa, que meio que vêm à baila por aqui desde o princípio dos tempos, mas que pegou jeito com as crônicas da casa nova.

Algumas personas dizem que amo esburacar as paredes de casa. Bem, o que para uns é esburacar as paredes, para mim é dar personalidade à casa. Fazer com que fique parecida com quem lhe habita os dias. Acho bonito assim.

Mas por favor, não me refiro àqueles quadros bizarros de lojinhas de pseudo decoração, geralmente "arte abstrata" (ênfase nas aspas) que nada querem dizer, que fazem o pobre do Rothko se revirar bem muitão no além. Toda vez que alguém pendura uma tranqueira dessas na parede, tenho certeza que uma tela gigante do Rothko, lá no MoMA, se enverga um pouco.

Tudo bem que nem todo mundo pode desenbolsar a quantia que uma peça de arte pode custar. Há quem tenha outras prioridades, para algumas pessoas arte não diz nada ou é só por falta de condições em si. 

Procurem nas galerias de sua cidade, tem muito artista começando. Muito melhor que pagar R$ 400,00 numa tela tosca, sem valor artístico qualquer, em um lojinha que monta ambientes como showroom de apartamento médio burguês. 

Uma dica: na Livraria Cultura tem umas reproduções oficiais pelo IMS de fotos incríveis em preto e branco, custam menos do que R$400,00 de uma tela fuleirinha. Já vem com passe-partout chic, dai é só uma moldura linda e voilà, sua casa com um toque de arte.

Outra dica são as reproduções de cenários lindos, tipo Paris, Londres que a gente encontra de forma não oficial na Leroy Merlin, na Tok&Stok, às vezes até no Extra, com precinho bobo. Posso afirmar que até cartão postal, em uma moldura bonita, pode deixar uma parede sem graça lindalindalinda. Eu faço.

Adornando as paredes para a casa ficar feliz.

Inté.

Update: Consertei palavra que  passou com grafia errada, graças à dica de leitora atenta. E haviam outras rs, o que é normal. Obrigada :).

Imagem: Parede de casa com duas reproduções de um fotógrafo que amo (Tim Walker) e duas criações La Coloriste.

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Coffe and Cigarettes

>> quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Um dos filmes mais interessantes e inusitados que já assisti. E confesso que assisti sem querer, sem nem ao menos saber que algo daquela feita havia sido filmado, grata surpresa portanto.

Coffee & Cigarettes (Sobre Cafés e Cigarros em português), é de 2003, filmado no período de 17 anos (sim, isso mesmo), em preto e branco ( talvez alusão ao branco do cigarro e ao preto do café) e com diversas histórias que se relacionam ao tema proposto pelo título do filme, que é aquele momento em que se pára no meio do dia e o jeito é tomar um cafezinho e, para quem fuma, acompanhado de um cigarrinho, e os amigos porque né. Já repararam que são momentos assim que super nos proporcionam as melhores conversas? Pois é, é sobre isso que as onze tramas do filme se baseiam, com pitadas de non-sense e humor.

A primeira mini-trama do filme já começa com Roberto Benigni e Steven Wright. Uma palavra: impegável. Ao longo das outras tramas a gente se depara com Iggy Pop, Cate Blanchett, Bill Murray (aliás, é a trama que mais gostei, porque é o máximo do absurdo). Ah, e tem os White que estão ilustrando estes escritos.

O filme é mais um lindo exemplar do cinema independente americano, ou seja não vai agradar a todo mundo, o que também acho ótimo.

Inté.

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ABC do RQ: T (Tailleur)

>> terça-feira, 22 de novembro de 2011

T (Tailleur)


Já começamos bem a semana, na energia da Chanel, então vamos dar continuidade as boas vibrações e trazer à baila, no ABC do RQ, T de Tailleur. E é claro que não poderemos deixar de citar novamente e com prazer, Mademoiselle, n'est pas?

Tailleur é a palavra francesa para alfaiete, literalmente. Contudo, em termos semânticos o que a maioria das pessoas quer dizer e pensa quando fala, ouve ou lê tailler é no conjunto feminino de saia e casaco ou calça e casaco de alfaiataria. Em francês seria 'un tailleur pour dames'. 

O traje começou a ser adotado em 1880, mas foi popularizado por Chanel, na década de 1950. Ela simplificou o corte da roupa, que virou o uniforme da mulher moderna e chic. 

Um tailleur bem cortado, de ótimo material e de caimento perfeito é atemporal. Um tailleur Chanel é herança. 

Au revoir.

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Imagem linda para segunda-feira: Chanel

>> segunda-feira, 21 de novembro de 2011


Que tal começarmos bem a semana com imagem lindalindalinda, direto do atelier da Chanel? Bom, né não?

Inté.

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Hoje é dia de Björk


Todas as pessoas que me conhecem direitinho sabem o tanto que Björk pra mim é amor. É certo que pra gostar de dona chinchila cítrica, vulgo Björk, tem que ser um pouco estranho, um pouco doido, um pouco sensível demais. Pois é, eu sei, cousas completamente cafonas desde Piaf, Doors, Bowie, mas tudo bem.

De sentir as cosias com o útero, sabe como? Por ai.

Imagem: Björk by Juergen Teller.

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Domingo em movimento - Enid

>> domingo, 20 de novembro de 2011



Inté.

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Imagem do dia: dizeres do dia - Keep Calm...

>> sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Inté.

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Passo a passo Natal Rosa: pisca-pisca estilizado para chamar de seu

>> quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sabe todas aquelas fotos lindaslindaslindas que a gente encontra no We ♥ it e nos Tumblrs mais inspiradores da vida, em que sempre tem uma fofa com pisca-piscas com flores, coisa mais rica, coisa e tal? Pois é, que tal fazer um?

Você só vai precisar de um pisca-pisca basiquinho, tipo corda ou corrente (sei lá o nome), feltro, tesoura, agulha, linha e paciência.

Pegue o feltro e corte tirinhas de 3 cm de largura e 6 cm de comprimento. Dai você vai enrolar cada tirinha numa luzinha do seu pisca-pisca dando forma às rosinhas. Para prender é só costurar. O resto é paciência mesmo, porque no mínimo são 50 lâmpadas (eu fiz com um de 100). Mas vale a pena o esforço craft. 

Olha só.






Bisous.

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Natal Rosa


Desde o ano passado que estou com uma certa energia, a do Natal Rosa. Foi depois que li uma reportagem, muito fofa por sinal, de uma das minhas estilistas favoritas, a Isabela Capeto, em que ela falava da sua árvore de natal cor-de-rosa-loucura-escândalo que comprou na Uruguaiana, rua de comércio popular aqui do Rio.

Bien, de lá para cá não me dei uma árvore de natal cor de rosa, quem sabe um dia, mas tenho sim enfeitado este meu lar com algumas fofurices, que marcam a minha identidade visual. Tipo enfeitinhos de madeira, detalhes feitos por mim, um papai noel de latão e aos poucos, neste novo natal rosa, a casa fica que é uma cousa narco-fashion, porque né.












Daqui pra pouco a gente volta com passo a passo de pisca-pisca estilizado, super We ♥ it feelings total.

Inté.

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Ghost World

>> quarta-feira, 16 de novembro de 2011



 Aquele filme que a gente sempre ouve falar e nunca aconteceu de parar na locadora para assistir. Pode ser por conta da babação de filme cult, underground, alternativo, esse monte de adjetivo que geralmente faz algo se tornar antipático. Tipo Beleza Americana, que é um filme chatíssimo, na minha opinião veja bem, e todo mundo acha o máximo. Ghost World (Mundo Cão em português) é diferente.


Talvez porque a gente consegue sentir a linguagem de gibi (o filme é baseado no gibi homônimo), porque o discurso da trama está meio que desconstruído, dai todo o sentido do título do filme (em inglês, porque, né). Porque a Enid (personagem de Thora Bird, que é a filha esquisita de Beleza Americana também, olha que coincidência) é o máximo, as roupas, o desgosto com tudo, a sua quase apatia perante o mundo e sua relação com as aulas de arte do curso de verão, que ao menos para mim, fazem todo o sentido. 

Fora a Enid tem o Doug, personagem do David Sheridan, que todo mundo super conhece dos clips do Red Hot Chilli Pepers. Figura altamente bizarra. Aliás o conhecimento de mundo e cultura pop faz a gente pensar que só tem Doug em Los Angeles.

Ghost World ainda rende uma das cenas mais legais de tão hilariantes e terrivelmente simples, só pelo patético da situação: o não-diálogo entre Seymour e Joe. Não pode ficar pior. Dai que fica bom.

Inté.

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Vamos bater um bolo

>> segunda-feira, 14 de novembro de 2011


Antigamente, quando eu era criança pequena, não em Barbacena, mas em Fortaleza, sentia tristeza porque não sabia fazer bolo, e eu amava bolo. Ainda amo. A maioria das meninas, colegas do colégio de freiras da bata xadrez azul do Montese, sabia fazer bolo ou ajudava a mãe, a avó, a tia na feitura do bolo de sexta-feira para o lanche da tarde, do fim de semana.

Lá em casa, a moça que ajudava na arrumação, que deixava o piso de cerâmica vermelha brilhando com cêra em pasta, fazia um bolo de flocos de milho (daquele para fazer cuscuz) muito simples, com leite de coco e queijo coalho. E como era bom. Mas ela não me deixava ajudar, nunca me revelou o segredo, que foi durante anos um dos grandes mistérios da vida.

Ai eu cresci, de tanto olhar os outros batendo bolo, um dia fui lá me aventurar na empreita, errei a receita e meu primeiro bolo meio que explodiu dentro do forno. Ficou uma coisa escultura pós-moderna, um vulcão.

Adouro contar essa estorinha da minha vida para quem diz que nunca vai conseguir acertar um bolo na vida, porque já passei por isso, e hoje faço bolo que é uma beleza. 

Bolo é coisa que deixa a gente feliz, talvez até mais feliz em fazer. Separar os ingredientes, a textura da manteiga e do açúcar, o cheiro de bolo assando.

Vamos bater um bolo hoje? De chocolate, de laranja, com umas gotinhas de essência de baunilha ou que leve a fava de verdade. Para começar bem a semana ♥.

Bisous.

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Domingo em movimento - no escritório

>> domingo, 13 de novembro de 2011


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Imagem do dia: dizeres do dia - Keep Calm...

>> sábado, 12 de novembro de 2011


ho ho ho

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Tarot do mês: 11/11/11

>> sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Primeiro deixa eu pedir para alguns leitores com fé dogmática mais pronunciada para não se melindrarem comigo. Antes de mais nada, blog é entretenimento e despretensão, não levem tudo a ferro e fogo, bien? Então tudo bem.

Como as postagens do Zodíaco acabaram, porque acabou o editorial, começo nesse dia cabalístico um novo ciclo, agora com a Tarot do mês, fazendo uso da fofura do Tarot de Wonderland.



A energia deste dia 11/11/11 é bem bacana, ao contrário do que corre à boca pequena. Se a gente se focar apenas nesses número e ignorar o 2 de 2011 (eu sou rebelde), somando 11+11+11=33, que por sua vez 3+3=6.

Seis é o número da benevolência e da compaixão. No Tarot é a carta dos Enamorados. Achei super interessante que para o Tarot de Wonderland são os gêmeos Tweedledee e Tweedledum, mas tudo bem rs. A carta fala do amor, lato sensu (sentido amplo).

Cada pessoa tem o seu próprio entendimento do significado de amor, para umas pessoas pode indicar laços para toda a vida (os gêmeos), mas para outras pode indicar uma relação com uma determinada liberdade.

Seja introspectivo e analise realmente o significado do amor para si, esta conscientização irá ajudá-lo a conseguir focar melhor o que realmente deseja.

Esta carta diz-lhe que deve definir exatamente o que o amor é para si. Essa é a vibração do dia ;) .

 Inté.

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RQ no clima do Natal

>> quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Vocês que me acompanham desde o comecinho do blog em 2008, os queridos que migraram a leitura do Night With Violet Skies, meu antigo blog lá nos idos de 2004, sabem que eu sou aloka do natal, que não me aguento, que logo que chega novembro já começo a surtar nas guirlandas e pisca-piscas, e ginger man etcetera coisa e tal.

Não, ainda não comecei a enfeitar a casa, apesar de estar com o plano quase todo traçado, porque afinal, a casa é nova e estou meio que num estudo de onde fica o quê. Mas já estou no clima. Já desci as caixas de enfeites, já conferi as luzinhas antigas, já fiz enfeite novo para a árvore (vai rolar passo a passo próxima semana, aguardem ;) ), já separei minhas receitas de natal. Adouro.

Os próximos dias o RQ entra de vez no clima de natal, com posts para inspirar, imagens lindas, como esta de agora, uma cousa iluminada lindalindalinda que achei no We ♥ it.

Bisous.

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A Excêntrica Família de Antonia

>> quarta-feira, 9 de novembro de 2011



Nos tempos da escola eu era a figurinha estranha, que apesar da estranheza cultivada com carinho como uma alfazema de primavera, estava cercada por diversos tipos sociais, como o parvo e o mais divertido de todos, o pseudo intelectual e analfabeto funcional.

Lembro da época em que meus colegas comentavem o novo filme do Ed Murphy, ótemo, e um dos tipos pseudo intelectuais comentava o Silêncio dos Inocentes, como quem comenta da chuva. A pessoa nem sabia do porquê do silêncio dos inocentes (ou das carneiros) e queria que a gente ouvisse, prestasse a atenção, ao invés de rir do amigo bobo da turma imitando o sorriso do Ed Murphy.

Até hoje eu passo por essas coisas.

A Excêntrica Familia de Antonia é o tipo de filme que me faz feliz, porque além da maneira como foi feito e da história, tudo muito bom, está quase que imune aos pseudo intelectuais e analfabetos funcionais. Provavelmente quando citado, causará um delicioso silencio e cara de "oi", mais ou menos como Jupiter Tree.

Assisti pela primeira vez A Excêntrica Família de Antonia anos atrás, na tv aberta, acho que um ano depois de ganhar Oscar de melhor filme estrangeiro, dentre outros prêmios realmente relevantes em termos artísticos de fato. Não, o Oscar não é relevante neste sentido, desculpe.

Foi um acontecimento em minha vida. Poucos anos antes eu havia acabado de ler os livros basilares de Machado de Assis, que por sua vez me empurraram para a leitura das tragédias de Shakespeare, do desgostoso realismo de Eça de Queiros, do azedume de Sterne e, por fim, do encontro árido com Nietzsche e Schopenhauer. O mais legal disso tudo é que na época eu já era dona de casa, com filhinhos e trabalhava com festas infantis. Fora minha cara de boba alegre.

E o que isso tudo tem a ver com Antonia? Ora, tudo, sendo bem filha da mãe spoiller. Um spoiller ancião, diga-se de passagem, com atraso de quinze anos do filme para o spoiller, mas tudo bem.

O filme não é o que parece ser. Tudo o que você ler sobre será superficial e, além do conhecimento de mundo para se identificar, é necessário uma certa dose de leitura cáustica.

Pois é, querido leitor, você terá que assistir Antonia ou lembrar da história, caso já tenha assistido, para entender porque o advento de assistir ao filme, após uma bateria de leituras do desgosto para com a humanidade, culmina em um acontecimento factual na vida do ser humano consciente de sua condição de gauche (torto) nessa vida.

Antonia passeia por sua vida, dos familiares e amigos, todos excêntricos, em uma Europa rural pós guerra se esvaecendo e retomando a vibração das cores. Tudo isso pautado no texto cômico, num cenário lúdico e com personagens quase bizarros, que nos convidam, juntamente com Antonia para fazer parte de sua vida, mais ou menos como os narradores dos livros do Machado.

É que eu assisti Antonia de novo, coisa recente, e achei por bem indicar.

Inté.

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ABC do RQ: S (Seda)

>> terça-feira, 8 de novembro de 2011


ABC do RQ: S (Seda)


Deixa Monsieur Dior falar, que ele sabe das cousas, e como sabe, né?

"A rainha de todos os materiais. A mais adorável, a mais feminina, com todas as qualidades que a natureza dá às coisas que não conseguimos nós mesmos fazer."

Precisa falar mais?

Bisous.

Imagem: vestido de seda Dior by Galliano.

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Audrey linda do dia

>> segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Pra começar bem a semana, né mesmo?

Bisous.

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Domingo em movimento - Sugar Kane

>> domingo, 6 de novembro de 2011


Assistam Some Like it Hot.

Ouçam Sugar Kane.



Bisous.

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Imagem do dia: dizeres do dia - Keep Calm...

>> sábado, 5 de novembro de 2011


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Nono Círculo do Inferno

>> sexta-feira, 4 de novembro de 2011


A gente sempre se depara com umas asneiras por ai, que na maioria do tempo, a gente tenta ignorar, mas tem horas que simplesmente não dá né.

A última foi algo como um texto tentando amenizar a força destrutiva da inveja e tentando equiparar admiração e inveja, que são coisas absurdamente diferentes.

A tia Elizabete explica, vamos lá:

1. sua amiga tem um corpo garota de Ipanema, bunda e pernas definidas, barriga sem vestígios de gordurinhas e você queria muito ter a genética e força de vontade (e as vezes grana para o cirurgião plástico) para ter o corpo do mesmo jeito da sua amiga linda gata verão;

Adendo. isso não é inveja, no máximo é boicoice.

2. sua amiga passa em um concurso, em terceiro lugar por exemplo, e está super feliz , querendo compartilhar com todo mundo o que é uma vitória, mas você só consegue enxergar alguém cheia de si, que se gaba, que se acha e por quem você sente desprezo;

Alerta vermelho carne rubra Almodóvar: isso é inveja.

Inveja não é um sentimento pequeno, é um sentimento gigantesco, que se apropria da pessoa, domina, e a transforma em algo pequeno, reles, baixo, vil. De repente ninguém que tem uma unha mais comprida do que a sua presta.

Outro exemplo bobo para ilustrar é o não ter e odiar quem tem.

Repare no caso da unha comprida: há quem queira ter uma unha comprida, porque acha unha comprida bonita e só isso. Não consegue, se frustra um pouco, mas é apenas isso. E há quem olhe para uma unha comprida e só por isso deteste quem tenha, porque se não tem, ninguém pode, sabe como? Fora os poderes de, inté, conseguir quebrar a unha da fulaninha, o tal do olho ruim, que sim, existe. Especialmente para o próprio invejoso.

Apesar de ler muito Jung & cia, não sou psicóloga, mas me atrevo a afirmar que, ao menos metaforicamente, inveja é uma doença e sim mata. Mata o que a gente tem de mais importante, para quem acredita, é claro: a alma.

Imagine o quão sufocante deve ser a vida de alguém que se arrasta pelos covis de sua existência a sentir raiva dos pequenos ganhos e acertos da vida de outrem? Imagina a pessoa não se dar tempo para se reconhecer enquanto alguém que tem sim pequenos ou grandes ganhos e acertos? Pois é.

Porque todo mundo faz algo muito bem, porque todo mundo é lindo se procurar a beleza.
E, só para avisar, até na ruína há poesia, porque sempre que dou de cara com um invejoso (e como os encontro por ai) logo o vejo cercado pelo gelo do Nono Círculo do Inferno da Divina Comédia de Dante.

[...]
"Deixai toda a esperança, vós que entrais."
[...]
''É o mísero valor
daquelas almas tristes em seu choro
que foram sem infâmia e sem louvor''.[...]

Trechos da  Porta do Inferno, em que Dante e Virgílio se deparam com os escritos à beira do Aqueronte.

Imagem: Doll via Lolitas Blog.

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A porcelana da gatinha

>> quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quem me conhece sabe que amo porcelana. Branca, inglesa, com história, antiga, apenas fofa que seja. Amo. Essa mocinha Jane Austen que não larga de mim. Dai que essa semana uma fotinha no tweet-tweet publicada por mim teve toda uma reverberação (aproveitando o mote do bloguito), todo uma zoada, um bunda lêlê muito interessante, deveras por assim dizer.

Graças a tudo que é bom e que alumia, tudo o que chegou a mim foi  fofura. Gente querendo saber onde, quando, muito legal.

Minhas erês já haviam alardeado que viram uma propaganda sobre esta coleção de porcelana, muito peculiar, e que era a minha cara (vejam bem, minhas filhinhas dizendo que uma coisa desta feita é a minha cara rs), então eu já estava de sobreaviso. Só que eu pensava que seria algo pirrototinho (picurruncho), miniaturas para chá de boneca (tive um urso que gostava de chá de vestido azul - eu sei lá, eu inventava coisas assim) e qual não foi a minha surpresa quando dei de cara com a cousa, que era em tamanho real.

Um prato raso com Hello Kitty, corações e urso. Morri.


Ainda vem com livrinho de receitas, todas as edições virão e eu pretendo comprar quase tudo, vale ressaltar.

E sim, pretendo que as xícaras, açucareiro e pratinhos de sobremesa entrem para a família da minha cristaleira Chipandalle.

E sim, os pratos vão para minha parede fofa, fazer companhia ao cupcake e pássaros de Ronaldo Fraga e o Petit Prince. Porque oi, eu sou feliz ♥.


Inté.

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Redescobrindo a surpresa das cores

>> terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aproveitando a energia do dia, de los muertos, trago de volto do limbo um tipo de post bem versado e escrito sobre esmaltes. Não sobre um lançamento fresquinhofresquinho do release, geralmente preguiçoso, que as marcas costumam enviar, mas sim da vontade pura e simples de escrever num momento de bobeira, de livre e espontânea vontade besta.

Uma das coisas legais de se gostar de maquiagem, de esmalte, dessas cousas de belezice é a surpresa. Ir a uma perfumaria, ou correlato, e  dar de cara com algo que te deixe louquinha (por um momento) fazendo orçamentos virtuais, pra ver se dá ou simplemente comprando mesmo, sem ligar, porque oi, a gente merece. 

Então, eu havia perdido esta coisa gostosa da surpresa, sabe como? De não esperar por algo, uma cor de esmalte incrívelincrívelincrível, uma sombra amarela, alguma coisa assim, que você sempre quis e nunca esperou encontrar quando está indo comprar um tonalisante, uma serra de unha com bolinhas da ProArt, etcetera coisa e tal. Eu havia perdido a coisa boa da surpresa, por ficar meio que pirando com tantos e tantos blogs de beleza-beauty-beauté, a maioria lindos, fofos e queridos, trazendo mil e uma atualizações sobre tudo o que pode existir. E cadê a surpresa na vida, né mesmo?

Dai que larguei mão dessa vida de ficar de olho nos lançamentos de tudo. Não confiro nem o lançamento da Vogue Noiva e da Martha Stewart Wedding, que era tipo, vício. Se eu for ao revisteiro e der de cara, gostar compro e fico feliz, porque encontro algo inesperado, tipo a porcelana da Hello Kitty rs, tipo encontrar com aquela amiga na rua, dar aquele abraço rápido e seguir em frente feliz da vida.

E esse final de semana senti tudo isso, porque encontrei com menina fofa, num abraço de carinho, da menina que vi quase crescer quando cheguei ao Rio, hoje está entrando na universidade, porque comprei porcelana fofa da Hello Kitty e ainda dei de cara com um monte de novidadinha boba em formato de esmalte, que me deixou toda feliz.  

Né bonito assim? Eu acho.

Teve Penelope Charmosa coleção nova

 {Bonequinha Charmosa, Relax da Penelope, Toque de Penelope}

A coleçãozinha fuefa ♥ Dogs

 {Husky, Maltês, Chow Chow }


Cine Rsiqué

 {Anos Dourados - achei duma viadagem adourável rs!}

Dote praias Locomia (eu inventei o nome, tá bom?)

 {Ibiza, Cannes}


Foi muito divertido. Experimentem!

Inté.

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