Vamos bater um bolo
>> segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Antigamente, quando eu era criança pequena, não em Barbacena, mas em Fortaleza, sentia tristeza porque não sabia fazer bolo, e eu amava bolo. Ainda amo. A maioria das meninas, colegas do colégio de freiras da bata xadrez azul do Montese, sabia fazer bolo ou ajudava a mãe, a avó, a tia na feitura do bolo de sexta-feira para o lanche da tarde, do fim de semana.
Lá em casa, a moça que ajudava na arrumação, que deixava o piso de cerâmica vermelha brilhando com cêra em pasta, fazia um bolo de flocos de milho (daquele para fazer cuscuz) muito simples, com leite de coco e queijo coalho. E como era bom. Mas ela não me deixava ajudar, nunca me revelou o segredo, que foi durante anos um dos grandes mistérios da vida.
Ai eu cresci, de tanto olhar os outros batendo bolo, um dia fui lá me aventurar na empreita, errei a receita e meu primeiro bolo meio que explodiu dentro do forno. Ficou uma coisa escultura pós-moderna, um vulcão.
Adouro contar essa estorinha da minha vida para quem diz que nunca vai conseguir acertar um bolo na vida, porque já passei por isso, e hoje faço bolo que é uma beleza.
Bolo é coisa que deixa a gente feliz, talvez até mais feliz em fazer. Separar os ingredientes, a textura da manteiga e do açúcar, o cheiro de bolo assando.
Vamos bater um bolo hoje? De chocolate, de laranja, com umas gotinhas de essência de baunilha ou que leve a fava de verdade. Para começar bem a semana ♥.
Bisous.