Ghost World
>> quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Aquele filme que a gente sempre ouve falar e nunca aconteceu de parar na locadora para assistir. Pode ser por conta da babação de filme cult, underground, alternativo, esse monte de adjetivo que geralmente faz algo se tornar antipático. Tipo Beleza Americana, que é um filme chatíssimo, na minha opinião veja bem, e todo mundo acha o máximo. Ghost World (Mundo Cão em português) é diferente.
Talvez porque a gente consegue sentir a linguagem de gibi (o filme é baseado no gibi homônimo), porque o discurso da trama está meio que desconstruído, dai todo o sentido do título do filme (em inglês, porque, né). Porque a Enid (personagem de Thora Bird, que é a filha esquisita de Beleza Americana também, olha que coincidência) é o máximo, as roupas, o desgosto com tudo, a sua quase apatia perante o mundo e sua relação com as aulas de arte do curso de verão, que ao menos para mim, fazem todo o sentido.
Fora a Enid tem o Doug, personagem do David Sheridan, que todo mundo super conhece dos clips do Red Hot Chilli Pepers. Figura altamente bizarra. Aliás o conhecimento de mundo e cultura pop faz a gente pensar que só tem Doug em Los Angeles.
Ghost World ainda rende uma das cenas mais legais de tão hilariantes e terrivelmente simples, só pelo patético da situação: o não-diálogo entre Seymour e Joe. Não pode ficar pior. Dai que fica bom.
Inté.