Domingo em movimento - Blue

>> domingo, 30 de junho de 2013


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Ilustração do dia - minha "blue umbrella"

>> sábado, 29 de junho de 2013


Enquanto La Coloriste não volta ao ar de vez, deixarei por aqui todo sábado uma ilustração minha, para colorir (ainda mais, né?) o espaço do bloguito. Mas saibam que La Coloriste está ficando bem bonitinho, nhoinn.

Esta ilustração é de 2006 (ou 2005?), inspirada no Dark Water, filme de terror japonês. Lápis de cor sobre canson. Fiz umas três ou quatro ilustrações quando assisti o filme. Sempre tenho ideias quando assisto filmes. Bons filmes. O que são bons filmes para mim, ao menos. E eu adouro este filme, porque é muito plástico, imagético, e, assutador. 

Das quatro ilustrações, duas vingaram e esta é uma delas.

Bisous.

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The Blue Umbrella

>> sexta-feira, 28 de junho de 2013




Uma amiga querida me enviou o link do vídeo do novo curta da Pixar, The Blue Umbrella, que está passando antes da Universidade Monstro (em cartaz nos cinemas) e quase tenho um siricutico de felicidade e fofurice, porque, além de ser Pixar, são guarda-chuvas fofinhos *_*. Amo guarda-chuva, gente!

 Já fiz uma coleção de ilustrações com guarda-chuvas,  a logo da La Coloriste é uma moça de guarda-chuva, quer dizer, muito amor ♥.



Bisous ♥.

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Aleatórias da semana - comprei, li, ouvi, vi

>> quinta-feira, 27 de junho de 2013


Bolei de última hora esta coisa de aleatórios da semana para o bloguito. O intuito primevo era escrever algo sobre as semanas de moda, mas enquanto Paris não chega, não me animo, então é falar sobre (outras) futilidades.

Pois bem, toda semana mostrarei algumas coisas da minha vida de forma aleatória. Creio que nem sempre será nesta ordem de comprar, ler, ouvir e ver, para não ficar previsível, chato, enfadonho, modorrento. Ou não, sei lá, né?

Comprei:

sou viciada em batom e por mais que a imagem fale contra, não, eu não tenho um monte de batons. mas tenho alguns; muitos para quem tem medo (porque tem gente que tem medo de batom) e pouco para quem como eu, é doente pelo o tema e já usa há anos.


O Lápis da Nars é o Dragon, vermelhão vivo. O lápis da Quem disse Berenice é o Vermelhô. Os batons, da direita para esquerda: Russian Red da MAC (para substituir o que eu deixei num banheiro de shopping); Jungle Red da Nars; Cereja e Vermelhaço da Quem Disse Berenice; 02 da linha Aquarela da Natura (que me deixa confusa, porque tenho outro 02 da mesma linha, que é vermelho opaco e esse da foto era pra ser um rosa lindo) e o Mega Red da Eudora. Os dois últimos batons juntos resultam numa cor incrível, já separados são horríveis.

Li:

terminei de (re)ler A Revolução dos Bichos, edição que comprei faz pouquíssimo tempo. eu havia lido faz uns 10 anos, na Biblioteca do Imparh (onde cursei francês e passei longas tardes prazerosas, lendo um livro e tomando todynho com pão de queijo sob a sombra das mangueiras centenárias).  muito forte a leitura à época. muito forte a leitura agora. 



(re)li este livrinho da Clarice, rapidinho, numas horinhas da tarde, em companhia de uma xícara de chá. edição fofinha que comprei na Estante Virtual. amo a capa de ladrilho e cabeça de boneca quebrada assustadora ♥.



Ouvi:

sim, eu ainda escuto cd, compro cd, coleciono cd (e dvd). o povo tem fetiche por download (eu também, vai), contudo vez ou outra é bom "pagar" os artistas. para algumas pessoas a questão é discutível e para mim, como artista plástica, é questão de direito autoral. que é dose. Godard, por exemplo, não me entende.




Fila de cima: Tidal da Fiona Apple; You could have it much better (edição especial) do Franz Ferdinand.
Fila de baixo: Hopes and Fears do Keane; a day without rain da Enya. Amo Enya.





Encartes fuefos, o de cima da Enya (os encartes dos cds de Enya são tipo, lindos). E do Franz Ferdinand, acho que cópia do caderno de letras.

Vi.

assisti dia desses um filme chamado Vampire, muito bizarro. passou na (Max) Prime. é sobre um professor de química perturbado, que convence meninas suicidas a lhe doarem o sangue antes de morrerem. ele as engana dizendo que vai cometer suicídio, em seguida e depois nada. e ele não se dá muito bem com sangue. apesar de parecer tosco, não é. é transgressor, delicado e com cenas bem bonitas, como a mãe do "vampiro", que vive amarrada a balões brancos, para que possa se locomover. ela tem Alzheimer. gostei do filme, que é americano, mas o diretor é japonês, Shunji Iwai.



E um extra: voltei.


Voltei a estudar Tarot, já havia mencionado até. Esse meu bichinho é bem velhinho, tem uns 13 anos. Por coincidência (sério), a carta onde separei é justamente a carta XIII, A Morte. Ui. Ao contrário do que possa parecer, não é uma carta de aspectos negativos. Na verdade, todas as cartas têm aspectos negativos, depende do contexto coisa e tal. Uma hora dessas meus stalkers funtamentalistas dos evangelhos devem estar assim, me achando o próprio capeta. E nem estão enganados rs.

Bisous.

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Sebos e livrarias

>> quarta-feira, 26 de junho de 2013


Como já comentei várias vezes por aqui, sou rata - ou traça - de sebos faz muito tempo. Pelo menos desde o tempo em que comecei a chafurdar e freviar o Centro da minha antiga cidade, Fortaleza, em um espírito meio que flâneur, quando nem ao menos conhecia o termo sebo; para mim era lojinha de livros usados.

De maneira muito tímida, comecei a reconhecer as tais lojinhas de livros usados, vasculhar as pilhas de edições das mais variadas, todas misturadas, empoeiradas e organizadas a esmo. Minha rinite ficou super assanhada, até que desenvolvi alguma espécie de resistência que não me fazia morrer (muito). 

Primeiro eu passei pela experiência de estudar o local (ou locais), decorar a ordem do caos, os endereços, os nomes dos funcionários, do dono, do gato que se espreguiçava em cima dos montes de livros de anatomia e direito civil, sempre no fundo da loja. 

Passei muito tempo e descobri alguns tesouros, edições antigas, de nomes que eu havia anotado nos livros de Machado ou que algum professor ou letra de banda (tipo The Cure, sabe?) havia citado. Logo porque eu não tinha dinheiro, nem para comprar livro usado, então eu só podia era ficar por ali, no desejo de levar alguns daqueles amigos para casa. E esse dia chegou. E eu comprei primeiro um livrinho. Depois dois. Daí quatro. E hoje metade da mini biblioteca é certamente fruto de minhas visitas à sebos. 

E as livrarias tradicionais? Bem, minha primeira experiência em livrarias foi com aquele tipo de livraria/papelaria que vende material didático para escola. E a minha era a Livraria Educativa, também no centro de Fortaleza. Eu simplesmente adourava o perfume de papel e lápis de cor novos, fora o cheiro contagiante da impressão dos livros. É um dos perfumes que a felicidade usa.

Já crescida, bem crescida, fui apresentada por mim mesma à livrarias de livros, e tão somente livros, como a Livro Técnico e todas as suas maravilhosas prateleiras, especialmente a parte de livros importados: Madame Bovary ali, em francês, em minhas mãos. E eis que um dia a Siciliano (hoje Saraiva Mega Store, quase a mesma coisa) chegou à Fortaleza, com Café Santa Clara e uma infinidade de livros novos e estonteantes. O cheiro de café misturado a livros e perfumes alheios, sorrisos de canto de boca, olhos afundados em páginas pelas poltronas, sabe sonho? Pois então.

Nessa mesma época a gente aprendeu a comprar via internet. Sem emoção, confesso. Tudo bem, tem lá sua emoção, como comprar um monte de livrinhos queridos e desejados com descontos incríveis. Mas não é a mesma coisa de ir a uma livraria.

Quando cheguei ao Rio, um dia dei de cara com uma senhora chamada Livraria da Travessa. Ah, a Livraria da Travessa e todos os seus encantos, suas estantes de madeira escura recheadas de livros e mais livros caros e lindos, aquelas edições especiais, que aquecem o coração de tão lindos. E daí conheci a Fnac e todas as suas tentações. E a Cultura. Minha gente, a Cultura. 

Dicas.

Gente com melindres fique longe de sebos. Essa conversa da alergia sei lá das quantas, né? Eu tenho alergia, minha cara incha, espirro cem vezes, fora uma reação esdrúxula de sentir a boca arder e queimar. Pois é. Eu sou alérgica, muuito alérgica e frequento sebos há anos. Seja franco e admita que não gosta de livro usado, que nem gente que odeia brechó. Nem todo mundo tem que gostar de sebo, de brechó, de antiquário. Não há nada de errado nisso. Só acho ridículo falar de "vida de segunda mão". Machado de Assis, Clarice Lispector, Virginia Woolf, todos estes queridos compravam livros em sebos, então estamos em boa companhia de segunda mão, né mesmo? ;)

Sebo deve ser apreciado devagar, é tipo caça ao tesouro. Debaixo de uma pilha de livros ruins, pode  se esconder uma edição antiga, capa dura, do Oscar Wilde ou, a obra completa de Fernando Pessoa, também em capa dura, com folhinha fininha, coisa e tal, que vai te custar só 15 mocinhas republicanas.

Sebos em Fortaleza: 

Sebo do Geraldo (houve época em que foi minha segunda casa)
24 de maio, 950, Centro.

Arte&Ciência (misto de livraria e sebo)
Av 13 de maio, 2400, Benfica.

Livraria em Fortaleza:

Livraria Lua Nova (antes ficava num cantinho do Shopping Benfica, depois se mudou para um casarão antigo. Eu queria morar lá rs)
Av 13 de maio, 2861, Benfica.

Sebos no Rio:

Procurem a Rua Camões, a rua do Real Gabinete de leitura.

Livraria Rio de Janeiro:

Livraria da Travessa da Rua do Ouvidor. 

Linda. Liiinda.

Estante Virtual

O maior acervo de livros seminovos e usados do Brasil A Estante Virtual é um portal de compra e venda de livros usados e seminovos que reúne o acervo de alguns dos melhores sebos e livreiros do país.

Imagem: Shakespeare and Company, em Paris.

Bisous.


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Autores injustiçados - Machado de Assis

>> terça-feira, 25 de junho de 2013


Fiz o exercício de vir aqui para escrever este post coletando todos os comentários injuriosos que já ouvi e li sobre Machado de Assis. E gente pensará que enlouqueci de vez, porque Machado é reconhecido, na verdade um dos poucos escritores brasileiros reconhecidos por sua qualidade literária e gênio por críticos do mundo todo. É o único escritor brasileiro citado n'O Cânone Ocidental do Sr Harold Bloom, livro odiado, porém referência nessa coisa toda de clássico, cânone, etcetera coisa e tal. 

É, Machado é tudo isso, e muito mais do que citações de nomes estrelados da crítica literária. Mas isso tudo não mudo o fato de que Machado é odiado e bastante odiado pelos leitores brasileiros. De fato, acho que só perde para José de Alencar. Adendo: nosso próximo injustiçado, aguardem.

Desde o meu tempo de escola até os dias de hoje, já reuni uma série de idiotices que ouvi sobre Machado: linguagem antiquada, (cê jura?), linguagem datada (pior), difícil de acompanhar, de entender, conteúdo pobre (oi?), folhetim pra senhoura ou, novela mexicana. Esta última ouvi em sala de aula de introdução à filosofia. O professorzinho, um completo imbecil, contou uma lorotinha de que sei lá quem pegou um conto qualquer do Machado, assinou e levei para uma editora, que se recusou a publicar por achar o conto ruim. E que diabos de editora é essa que não descobriu que era Machado de Assis? É, porque as editoras pesquisam para evitar plágio, quer dizer, um estapafúrdio completo. Até hoje sinto ódio desse episódio, que aconteceu dentro do curso de letras, uma tentativa de fazer alunos de letras odiar Machado de Assis ou no mínimo, ridicularizá-lo. Fiquei tão indignada que saí de sala. Nos meus primeiros anos de faculdade eu era conhecida como a "Machadiana" então imagine aí o quanto este episódio foi terrível.

Se procurar em forúns sobre literatura ou redes sociais tipo Skoob (não consigo levar a sério Skoob e cia, desculpe) sempre vai aparecer alguém para falar mal da literatura de Machado de Assis. E por que? Primeiro porque Machado pede maturidade, não de anos vividos, mas de livros (bons livros) lidos. E algum conhecimento ou simpatia por filosofia. Antigamente, no meu tempo, o primeiro contato literário sério que se tinha na escola era com Machado (e Alencar). Uma garotada boba, acostumada com Turma da Mônica, super não compreendia os olhos de ressaca, dentre outras metáforas machadianas maravilhosas. Fora a coisa da alma, porque certos livros pedem uma certa inclinação e isso acontece com Machado, que pede um leitor devoto, sem medo dos abismos e do não compreendido. Quando li Machado me encantei pelo o que não conhecia, anotei todos os livros e filósofos que encontrava em seus livros, como quem anota as dicas daquele professor genial. Machado foi o meu pai literário e eu acho lamentável que não seja assim para a maioria das pessoas.

Qualquer bom leitor reconhecerá a qualidade do texto machadiano. A cousa do gostar, deveras, isso depende do que cada um é feito.

Para ler Machado recomendo: 1ª uma boa coletânea de contos (sempre recomendo contos de um autor, porque serve como uma espécie de amostragem da escrita, é mais rápido e dá para se ter uma ideia do geral); 2ª Helena, o povo fala muito mal da fase romântica do Machado. A impressão que tenho é que não leram direito; 3ª Memórias Póstumas de Brás Cubas, porque é sensacional. Pirandello e Sterne versaram sobre o mesmo tema, mas Machado, ah Machado, leva a cousa para outra esfera. Seu Brás Cubas é encaixado no Realismo por mera convenção. Como um livro em que um defunto narra suas desventuras pode ser considerado realismo? Sabe como? ;)

Meus livros antiguinhos do Machado.

 
Os de capa dourada e vermelho são da Editora Globo, e são os mais jovens, mas já comprei em sebos. Aliás, todos os meus livros do Machado foram comprados em sebo. Esse senhor de capa dura verde com o rosto do Machado em baixo relevo tem 55 anos, comprei por 5 moças da República no Sebo do Seu Geraldo no Centro de Fortaleza. Contudo, sonho há tempos com uma edição novinha e cara das obras reunidas de Maneco.

Nos próximos dias vamos falar sobre sebos e livrarias, talvez seja amanhã, não sei ainda.




Bisous.

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Instagramadas da semana, opiniões

>> segunda-feira, 24 de junho de 2013


Acho que vou passar umas duas semanas sem postar o Instagramas da semana para acumular o que mostrar, porque tá brabo.


Chá verde, salvou e ainda salva a minha vida, meio que apegada ao junkie food. Ok, vou revelar um segredo: apesar de viver postando fotos e mais fotos de doces e saídas a hamburguerias, minha vida não é uma Sodoma & Gomorra alimentícia. Meu filho até implica comigo, que tiro foto e depois desmonto tudo e dou para ele e as irmãs comerem :P.


Unha fofa, borboleta azul e um rosinha bonitinho da Impala. Não lembro o nome e estou com preguiça de ir  até o cantinho dos esmaltes para conferir qual o nome. 


Minha luminária de cachorro, (Dug) que saiu na Casa Cláudia e sim, eu estou me sentindo, porque não só esta luminária, mas vários itens da minha casa saem em revistas de decoração. Sempre nas seções geeks/fofas. Só que a minha luminária me custou 26 moças da república e não 60. Conselho: procurem em lojas de 1,99 e similares, sempre tem alguma coisa. Quando eu for a Europa sei que voltarei com algumas quinquilharias queridas dos antiques de lá. Mais do que maquiagem e cosméticos, certeza.


Em homenagem à energia das semanas de protestos que já encheram o saco reli Raízes do Brasil. O chá vermelho é também em homenagem aos partidos de esquerda, todos hostilizados nas manifestações, algumas vezes com excessos realmente preocupantes. Porque uma coisa é apartidarismo e outra é anti-partidarismo ou anti-partidarismo dirigido, por exemplo, gente que odeia o PT, porque é reaça pró-PSDB, o terceiro partido mais corrupto do país. Daí né. 



Bolinhas para todos os lados.


Estava arrumadinho assim, daí resolvi tirar a foto.


Canjica branca que minha sogra fez. Estava bem boazinha. Mas eu não gosto de canjica branca, prefiro a tradicional de milho amarelo e bastante coco, que a gente faz lá do Nordeste. Em alguns lugares aqui do Sudeste se chama curau. Aliás, aquele coleção cozinha regional brasileira da Cláudia, no livro dedicado à cozinha cearense, está lá uma receita de curau. Oi? Cearense não faz curau, faz canjica. Fora outras aberrações. Não comprem. Agora serve para enfeitar minha cozinha. 


Fofurices que comprei na China, demorou cerca de uns 15, 20 dias e chegou! É para a nova fase do La Coloriste, estou muito feliz e animada.

Bisous.

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Domingo em movimento - Sopranos

>> domingo, 23 de junho de 2013


Em homenagem a energia da semana que, infelizmente faleceu James Gandolfini, o Tony Soprano, mafioso deprimido e mesmo assim, terrível, da excelente série Sopranos da HBO. Não é uma das minhas séries favoritas, mas era muito boa sim. E daí que eu não gosto tanto, né? Senso é uma coisa muito legal.

Inté.


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Audrey do dia

>> sábado, 22 de junho de 2013


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Livros reconfortantes e um blog novo

>> sexta-feira, 21 de junho de 2013


Na verdade o blog em questão não é novo, já está por aí faz seis anos, mas eu só descobri há pouco, pouquíssimo para ser exata, foi quarta-feira agora. Descobri, já amei e já inclui na lista de links do RQ.

É um blog que versa sobre leituras, diversas e boas, na minha opiniãozinha. Tiny Little Things é construído em texto e vídeo. Queria eu ter coragem de postar vídeos aqui no bloguito. Quem sabe, né? Pois então, muito bom, leiam.

Por lá encontrei a tag (meme, algo que o valha) Livros Reconfortantes, e como eu adouro este tipo de coisa, e vocês sabem disso, deixo aqui as minhas respostas com imagens e escritos (e nada de vídeo!).

Adendo: a Tatiana Feltrin, uma das autoras do blog, me fez lembrar de uma pessoinha que eu lia muito, que é a Márcia Frazão. Sim, a bruxa que é escritora e eu gosto bastante também. Aliás, eu gosto muito do tema esoterismo e afins, tenho alguns livros sobre. E também estudo Tarot e Runas. Agora os haters têm mais uma munição contra mim, eba-que-legal-como-eu-me-divirto. Contudo, a Márcia Frazão não entra na minha lista de livros reconfortantes. Mas eu leio. E gosto.


{Look du jour! Estou brincando. Tirei esta fotinha, que por sinal achei linda (sim, mesmo sem a minha cabeça rs} e como é pra falar de livros reconfortantes, vesti meu vestidinho fucsia reconfortante, soltinho, levinho e lindinho ♥.}

1. Qual (ou quais) livros tem o poder de despertar memórias boas da sua infância? (Cite até 3)

1ª. Meu Pé de Laranja Lima do José Mauro de Vasconcelos. Eu li na escola, minha gente, quando tinha uns 9 anos e era uma época tão boa. Eu me lembro do cheiro do livro e que queria muito um pé de laranja lima. Na verdade quero até hoje.

2ª. O Menino do Dedo Verde do Maurice Druon, um outro livro infanto-juvenil francês, que não o Pequeno Príncipe. Muito muito lindo. 

3ª.  Lusíadas, Camões gente fina. Li com 11 anos, e eu fui obrigada pelo meu pai, que me disse que era a última coisa boa que ele faria por mim. Meu pai já era bem velho (meu velho ♥), estava doente e morreu naquele mesmo ano. Preciso justificar?

2. E da adolescência?
No finalzinho do 1ª Grau, Ensino Fundamental hoje em dia, uma Elizabete com 13/14 anos, entrou em contato com Machado de Assis e José de Alencar. Ao contrário de todos os meus colegas, eu não odiei, na verdade eu me encantei pela Iracema mulher maravilha do Alencar, e me diverti muito com o filho da mãe do Brás Cubas. Então, tanto poderia citar a Iracema do José de Alencar, quanto Memórias Póstumas de Brás Cubas do Maneco (é como eu chamo Machado de Assis). Mas na verdade o livro que marcou a minha adolescência foi a Carrie, A Estranha do Stephen King, porque eu queria ser a Carrie, cara! A mãe doida deixa pra lá, mas os poderes.

3. Um livro que você relê sempre para te trazer bons sentimentos:
O Leão, A Feiticeira e O Guarda-roupa das Crônicas de Nárnia do C. S. Lewis. 

4. Qual é seu gênero literário mais reconfortante?
Gente, reconfortante Literatura fantástica, especialmente romances de imaginação.

5. Qual é seu escritor mais reconfortante?
 Oscar Wilde, tudo o que leio dele me faz bem. Mesmo Dorian Gray, qualquer coisa.

6. E a escritora que você procura quando quer conforto para a alma?
Clarice Lispector, nesse momento de minha vida estou muito (re)apegada a Água Viva.

(Esta última parte é jogo rápido)

7. Um livro para dias de fúria:
Eu não leio quando estou com raiva, se eu fosse fazer isso, procuraria algo que me acalmasse, tipo as poesias da Emily Dickson.

8. Um livro para momentos de tristeza e melancolia:
Em geral eu procuraria algo que melhorasse o meu ânimo, tipo, não iria ler Memorial de Aires do Machado, livro profundamente melancólico. Sei lá, Harry Potter e a Pedra Filosofal da Rowling é uma boa pedida.

9. Um livro que remete a algum momento muito bom da sua vida: (Por que?)
O Senhor do Anéis, A sociedade do Anel do Tolkien. Eu li os livros em 2002, após assistir o primeiro filme e me encantei pela Sociedade do Anel (amo os três, mas a Sociedade é o amor), especialmente quando chega a parte de Lothlorien. Fora que foi uma época muito boa, lembro de dias lindos em Fortaleza, o jardim todo vistoso, cheiro de bolo em casa, meus erês ainda pequenos e a minha cadeira de balanço ♥.

10. Um livro para provocar emoções boas:
Peter Pan do Barrie, I do believe in fairies!

Bisous.

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Livros e autores injustiçados - Clarice Lispector

>> quinta-feira, 20 de junho de 2013


Prometi em escritos passados que voltaria aqui com uma lista de livros injustiçados ou mal compreendidos ou ainda, compreendidos de forma ridícula, como, na minha opinião, o é Great Gatsby. Mas mudei de ideia e farei toda a semana um post sobre um livro e/ou autor mal interpretado e afins. Como já falei, mesmo que rapidamente, do livro preferido por todos de Fitzgerald (o meu é Suave é a noite - tenho uma edição de capa dura) o já citado Great Gatsby, começarei com uma das autoras mais importantes da minha vida, a quem dediquei e dedico alguns anos de estudos e muito bem querer, dona Clarice Lispector.

Ao menos em termos de Brasil, Clarice Lispector se tornou a autora mais esculhambada de todos os tempos. Virou bodega, em português chulo mesmo. De trechos inventados à batatinha quando nasce, tudo é atribuído à Clarice, que virou chacota nas redes sociais. 

Passeando pela tenebrosa timeline do Facebook, tenho que me deparar com mini posts de coleguinhas mal alfabetizados dos meus erês, dando a referência de qualquer asneira à Clarice, para fins de ridicularização de qualquer coisa, pra parecer bacana, coisa e tal. Ou seja, Clarice virou a metonímia do ridículo, do grotesco e da farsa literária.

Estorinha verídica de internet: uma certa pessoinha, que se dizia fã de Clarice Lispector, a citava e recitava quase como mantra, mas nunca havia lido um livro de Clarice, apenas sobre Clarice, o malogro da biografia (e enfim eu entendi a academia que tanta raiva sente do biografismo). E quando foi ler Clarice Lispector propriamente dito, odiou.

O que isso quer dizer? Que Clarice virou um autor mito, de tantas citações e falsas informações sobre uma vida cercada de mistérios, fugida de uma guerra. Uma estória triste, que muitos sem conhecer, julgam charmosa. E acaba que para uma leva de leitores, a literatura de Clarice ficou à deriva deste mito.

Fora o mito Clarice, há aquela lenda da escritora hermética, difícil, que só gente muito profunda entende, ou seja, papo de hipster, ou seja, que coisa antipática. Daí que tudo ridiculamente difícil (ou que aparenta difícil) ganha um atributo clariciano. A piada foi tão esgotada que o difícil escapou, restando apenas o advérbio ridiculamente, mesmo que incomode profundíssimamente a nossa língua portuguesa. E tudo que é ridículo é clariciano, tipo a batatinha quando nasce. E as pessoas se divertem, multiplicando tais ideias sobre Clarice, compartilhando trechos que a autora nunca escreveu. Poesias, Clarice nunca escreveu poesia! E seguem com o massacre.

 Pessoas que nunca leram um conto da Flor de Lis, quando enfim procuram ler, se decepcionam, porque ler Clarice é uma outra experiência literária, a do fluxo de consciência levada a última instância. Bem diferente dos monólogos interiores de um Dostoiévski, muito mais palatáveis.

Para ler Clarice recomendo: 1ª Laços de família; 2ª A Paixão Segundo G.H. e se você conseguiu, ou seja, se deixou conquistar por todas as cores, perfumes e sensações da tessitura de Clarice, recomendo em 3ª Água Viva. Você será então um leitor iniciado.




Minhas edições antigas, Perto do Coração Selvagem (3ª edição da linda editora Sabiá) e A paixão Segundo GH. 



Edições da Rocco, editora que publica Clarice faz alguns anos.


Biografias da Clarice.


E meu caderno de Literatura Brasileira da Clarice, raríssimo e xodó.

Bisous.

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Nordestino não é Judeu e o Brasil não é a França

>> quarta-feira, 19 de junho de 2013



Ontem um post na rede social Twitter me assustou. E revoltou na mesma proporção. Em  uma conta pessoal do estilista Alexandre Herchcovitch (estão dizendo que não é, mas tudo bem) foi escrito que a maioria dos maus políticos são eleitos pelas regiões Norte e Nordeste. E qual é o nome disso? Xenofobia.

De imediato me veio à mente o caso Galliano. Alguns podem me julgar exagerada, afinal não foi o caso de alguém gritar que ama Hittler dentro de um bairro judeu, né? Tampouco, porque não se trata de alguém enfraquecido por uma doença que debilita o seu julgamento e suas faculdades mentais, bêbado ³ como o Galliano. Não, se trata de alguém que estava bem sóbrio, que não é doente de afecção que se perceba de cara.

De minha parte, além de não duvidar de onde partiu e de sentir um enorme asco, rápido me ocorreu que o caso Herchcovitch não seria encarado como o caso Galliano. Na verdade, o caso Herchcovitch não existe, sabe como é? Porque, além de haver a negação, tanto por parte do estilista, tanto por parte dos meios de comunicação modísticos, Nordestino não é Judeu e o Brasil não é a França.

Então, não veremos o Chic ou Lillian Pacce escrevendo uma linha sobre o preconceito desse estilista, tampouco algum colega,  tipo o Villaventura (que representa tanto o Norte quanto o Nordeste) se pronunciando sobre, ou ainda, Paulo Borges, que mora na ensolarada Bahia expressando sua aversão. Não.

Sobre as caveiras, sempre foram McQueen.

Inté.

Imagem: desfile lindo de Walter Rodrigues, casting todo de negras e coleção sobre o Nordeste.Ele é paulista, ok?

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Vão pra rua. E não esqueçam de melhorar.

>> terça-feira, 18 de junho de 2013


Sempre fui conhecida como aquela pessoa que sempre deixa clara a sua posição e opinião. Nunca deixei dúvidas em relação aos meus posicionamentos e isso sempre incomodou. Incomodou e incomoda, porque não é posição fácil não seguir a multidão, a maioria, entrar no uníssono ou seja, ser dissonante. Eu acho que eu nasci pra ser Chomsky nessa vida, um ato a mais do que ser gauche, né seu Drummond? 

E não é por espírito de porco (ou é, vai saber), como dizia meu pai, a pura e nata vontade de ser do contra. Não, é porque a minha linha de pensamento e sentir, a velha e boa psiquê grega, quase nunca vai de encontro ao que para todos, está bonito, está correto e está legal. Tudo bem que o discurso triste e vermelho pálido do meu pai, velho comunista, pode ter ajudado a manter esta minha inquietação aqui, como o grilo do Pinóquio. Ou isso, ou nasci com a programação errada, não é mesmo?

Eu era aquela menina de 12 anos em Fortaleza, que odiava o Tasso Jereissati, quando todo mundo o adorava, porque ele era o "galeguin' duzóio azul". E isso me soava hediondo, nefasto, porque o "galeguin' duzóio azul" comprava votos, pagava gente pobre para aliciar gente mais pobre ainda, num ciclo vicioso de malfazejos. Gente muito próxima de mim. Depois vieram os Gomes e a coisa piorou. 

Daí decidi fazer parte da UNE, da UJS. E me vi passível de corrupção quando usaram um stencil feito por mim, da foice e do martelo, da caduca URSS, não para decorar a sede da União, mas para pichar os muros da Universidade Federal e da área da Reitoria, onde eu dava aulas de desenho no Mauc. E eu me desliguei. Procurei o PCdoB. Fui a plenárias, senti-me representada no auge da inocência, aos 16 anos, para depois testemunhar venda de portarias (espécie de salário fantasma que se paga nas câmeras e assembléias legislativas por aí) a troco de panfletagem. E eu me desliguei de novo. E passei a odiar panfletagem, até verbal, em qualquer setor. Adendo: E isso, anos mais tarde me fez perder o mestrado, por não aceitar panfletagem pseudo intelectual disfarçada de estudos de Antonio Candido.

Já madura me apeguei ao Lula (e não ao PT), nas eleições de uma década atrás. E me desiludi. Mas amadureci ao ponto de enxergar o político por seu valor e não se seu constructo intelectual o coloca à esquerda, ao centro ou à direita dos jogos políticos.

E neste momento em que todos pintam como histórico, na minha opinião, mais pela quantidade de gente que se diz "despertar", que usam a péssima metáfora do "gigante adormecido" do nosso hino ou pior, o "vem pra rua", musiquinha ruim da propaganda oportunista de carro, eu que sempre estive acordadíssima, sinto um ranço ruim no fundo da língua, um sabor antigo e macerado, um déjà vu sensorial assaz incômodo. Porque as pessoas se dizem acordadas e não sabem de onde vieram e para onde vão suas súplicas. Usando como bode expiatório a presidente que está aí a três anos, exigindo melhorias imediatas, que só viriam no decorrer de décadas e décadas de aprumo da coisa pública, dilacerada pela Ditadura, que foi combatida por esta mesma presidente. 

Eu só posso encerrar lhes suplicando que, melhorem.

Imagem: capa antiga e linda do Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda. Comecei a reler ontem, achei adequado. Minha edição é com Abaporu de Tarsila do Amaral. Sugiro que vocês tentem ler, sabe como? Instrução é o que vai salvar este país, nisso eu acredito. Adendo causo: uma vez, no tempo da escola, uma corretora de redação me anulou um parágrafo todo, porque eu afirmei que o alicerce básico para construir uma nação digna era a educação. Pois ela bateu o pé, disse que eu estava errada, não era só a educação que era necessária. Ou seja, uma professora! E pior, usando de correção achística, disfarçada de estilística, porque ela achava incorreta a minha ideia. E não refiz minha redação. E não revi meus valores, até hoje continuo acreditando que este povo tem que ser educado e instruído por bons livros e grandes ideias.

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A insólita Ilha de Guaratiba


Semana passada fomos a casa da Ilha (ou William) de Guaratiba, herança do pai do Thiago. Já havia dado uma passadinha por lá. A casa está caindo aos pedaços, e desde a minha última visita está pior. E está passando por reparos/reformas, não sei bem como definir o que estão tentando fazer por lá. Não sei, só sei que aparentemente não está dando muito certo.

A rua está toda mudada por conta do Túnel da Grota Funda, que agora é vizinho novo. Atrás da casa, que antes era Mata Atlântica fechada, hoje passa o BRT. Mesmo assim, a Ilha de Guaratiba continua com mais jeito de meio do mato do que de bairro. É tudo muito simples, apesar de alguns casarões e sítios de veraneio. 

Adendo: É, o povo do Rio faz casa de veraneio dentro do Rio. A cidade é muito heterogênea, beira o escândalo, tipo, comparar Leblon a Bangu, por exemplo. Observava que os bairros de Fortaleza, apesar da diferença de um bairro abastado para um subúrbio, ainda mantinham alguma comunicação. Aqui de um bairro para outro é mundo novo, e um mundo paralelo, alternativo. 

As estradas têm banquinhas de venda de guaiamum (tipo de carangueijo), de laranja, de tangerina e se multiplicam as chácaras que vendem mudas de plantas da Mata Atlântica. Como a gente vê em cidade praiana fora da capital, sabe como? Até o sotaque das pessoas me pareceu diferente.

Apesar da casa maltratada, o espaço que eles têm é ainda um privilégio. O idh da região pode até ser pior do que o da Baixada, mas a vista, as orquídeas brotando no meio da rua e as bromélias floridas e por todos os lugares (sério, acho que brotou uma bromélia no meu pulmão) valem mais do que qualquer Shopping Leblon. Fora que o Fashion Mall é um pulinho ;).


Na entrada. 



O quintal


Do lado da garagem.


A vista de frente da casa.


Vizinho.


Dentro de casa.

Bisous.

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Instagramadas da semana (passada)

>> segunda-feira, 17 de junho de 2013


Não fui muito ativa nas instagramadas estes últimos dias, basicamente segui o projeto 'june photo a day'. Estou com outra gripe do mal, com uma dor de cabeça companheira de todos os dias, portanto me entupindo de suco verde, de chá verde, de saladas e mais saladas, com todas as folhas verdes de todos os tons, pra mode ver se me desintoxico. Definitivamente, a única coisa que me salvaria, a alfavaca que cresce verde saúde no quintal da casa do Maicon, está à km de distância. Aqui, além de não existir alfavaca (ao menos ninguém conhece) o povo só me dá é conta cara pra pagar em restaurante ruim no Grumari. É osso.

Fiquem com as pouquíssimas fotinhas que me animei a registrar.


Minha coleção da Puffin Books crescendo, lindalindalinda de morrer. As últimas edições que comprei, A Little Princess e The Wizard of Oz, já tinha outras duas edições em português, mas estas são simplesmente irresistíveis. Tem na Amazon.


É um tipo de orquídea e, pasmem, nasce na rua lá na Ilha de Guaratiba que, para os de fora do Rio, não é uma cidadezinha bucólica do estado do Rio, mas sim um bairro da Zona Oeste. Mas que parece sim uma cidadezinha bucólica do interior. Aguardem post sobre amanhã.


Vista incrível de um restaurante u-ó do Grumari. Os pratos são feitos de frutos do mar congelados. A caldeirada vem com filet de peixe ao invés de posta. Tudo caríssimo, nada tem gosto de nada, u-ó do borogodó manco. Foi tão caro que valia ter ido ao Satiricon, o melhor restaurante de frutos do mar do Rio, pra vocês terem uma ideia. Eles cobram pela vista, né? Pois é. Ah, ainda tive que ficar ouvindo uma ladainha chata de que aquele lugar havia pertencido à família, que por falta de visão vendeu o ponto mimimi. Que pena, realmente teria ficado mais feliz comendo um camarão fresco no alho e óleo.



Casa do Pontal, tipo um museu com acervo de arte popular de todo o Brasil. Emocionei quando chegou ao Reisado. O lugar é lindo, escondido no meio da Mata Atlântica, na Estrada do Pontal, depois do sítio do Burle Marx.




Festa dos balloons de hélio para o aniversário do meu mini engenheiro ♥.


Caju, que antes eu odiava e hoje sinto tanta falta que tenho que comprar no absurdo valor de 4 unidades por R$ 6,00, mas é o jeito pra matar a saudade de sabor do Ceará.


Chazinho desintoxicante em louça linda.

Bisous.

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