O Causo das Porcelanas da Cerâmica

>> sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Contei sobre os livrinhos ontem, que aliás foi coisa recente, e fiquei na promessa de contar o causo das porcelanas novas (velhas) do mesmo senhorzinho dos livros, uma figura insólita, como a maioria das figuras que encontro nessa Baixada Fluminense, que por sinal, em si é um lugar insólito.

A avó do Thiago me procurou para falar que a irmã da cunhada (eita, a primadaprimadaprima...) estava vendendo porcelana antiga, se eu não queria dar uma olhadinha, já que é sabido, notório e comentado que eu adouro uma velharia. Fofa, né? Bien (bem), depois de alguns telefonemas, encontros e desencontros, consegui marcar um dia para que me levassem até a casa dessas personas. Curioso é que o bairro se chama Cerâmica. Baixada insólita, eu disse.

Tudo guardado em caixas do lado de fora da casa. E já achei bizarro. Tudo bem. Amontoado junto aos móveis velhos, ar-condicionados e outras tranqueiras. Tudo faria parte da "herança" do senhorzinho (marido da irmã da cunhada da avó de Thiago ou primadaprimadaprima...), que por sinal, não demostrava carinho, amor ou sequer respeito pelo o que me mostrava, apesar do interesse patente de me vender tudo "num lote só", como se eu fosse dona de algum antique da Rua do Lavradio. Ah, se fosse. E ainda, apesar de que se tratavam dos pertences da finada sua mãezinha. Confesso que me ocorreu alguma coisa como mágoa de caboclo da finada, porque né.

Pois bem. Não estava depositando fé, esperança nem nada parecido em relação ao conteúdo das prometidas caixas de porcelanas, cobertas de poeira das mais diversas tonalidades (inclusive preta carburadores da Presidente Dutra). Mas foi só até abrirem as caixinhas, revelando seus conteúdos em porcelanas de vários idiomas, passando pelo inglês shakespeariano, até o tcheco, eslavo, búlgaro, polaco, mandarim e japonês. Fora o português das porcelanas Real e Mauá. Não me odeiem. 

Apesar da quase experiência extra-corpórea, foi tudo muito feliz, como podem perceber nas imagens abaixo ♥.







Nhoinn.

Imagens: Instagram.

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Uns livrinhos e umas estórias

>> quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Plus un poète trouve d'images, plus il est grand. 
Camille Mauclair.


Sempre fui o tipo de criatura humana traça de sebo ou seja, compradora (e frequentadora assídua) de sebos, aqueles lugares adoráveis que guardam jóias muito baratinhas em tomo, dorso e ácaros. Sim, porque eu também tenho rinite, sinusite, aquela coisa tosca de colecionar ites que nego acho bonito recitar, né? Pois é. A mesma (des)orientação de quem fala que não curte gato por causa do pêlo. Oi, passo três horas espirrando depois que escovo Miu. Se aquietem e admitam vossos abusos. Práticas nefastas.

Mas aconteceu que por aqui no Rio, como ainda não sei ir direito pra canto nenhum, e em Nova Iguaçu as pessoas escoram mesas com livros (em sebos, detalhe), ando comprando mesmo via Estante Virtual, ando com saudades de comprar no Ebay e ando mesmo é comprando muitos livros novinhosnovinhos, com cheiro de papel erê.

Só que né, sinto é saudade de sebo, de comprar livro antigo, de trazê-los para casa dentro da bolsa, junto ao corpo. Em casa então limpá-los. Deixar uns dias na cabeceira, daí lê-los e repousá-los, após terminada a leitura, na estante de livros.

Falei pr'ocês que comprei um monte de porcelanas antigas, né? Pois então, meninos, foi que foi um rebuliço em minha vida, quase morro de tanta emoção. Conto amanhã, aguardem ;) . O mesmo senhorzinho que me vendeu as porcelanas, estava vendendo alguns livros, tudo herdado da mãe que falecera. Ô judieira. Fiquei com dó que os livros estavam em péssimo estado, alguns se desmanchando. E o senhorzinho queria porque queria que eu comprasse "o lote todo de livros" que incluía edições sabrina, Poliana moça. Né? No meio dos livros se desintegrando e de porcarias editoriais, achei seis títulos que me comoveram: Verlaine em francês, aforismo de Voltaire, No Caminho de Swan do Proust, Bucólicas do Virgílio (Professor Roberto Arruda,  o professor de latim e literatura latina, vulgo Arrudão), Olhai os lírios do Campo do Veríssimo (que eu ainda não tinha) e Conceito e a imagem na poesia brasileira do Humberto de Campos, que eu tanto precisei nos tempos da universidade e achei assim, do nada, no quintal de um senhorzinho doido que vende ar-condicionado velho e porcelana inglesa como se fossem a mesma coisa. Out of blue.

Eu acho é lindo ♥.

Bisous.


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Haute Fairytale L'Officiel China

>> quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Amei esse editorial inspirado em conto de fadas e alta costura num caleidoscópio louco de cores, efeitos e intensidades. Guarda-roupa com peças de couture, Elie Saab, Dior, Chanel, Valentino, Versace and Alexis Mabille.







Bisous.

Imagens: Michelle Du Xuan, september issue.

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Os 10 piores filmes da minha vida

>> terça-feira, 28 de agosto de 2012


Decidi fazer esta lista, primeiro porque adouro listas, faço lista de tudo, acho divertido, minha agenda fica alegre (pois é, eu ainda uso agenda de papel com capa de tecido floral, nhoinn). Depois porque na última semana assisti praticamente em carreada dois dos filmes mais toscos, terríveis e sem jeito da minha vida. Pior é que um dos filmes é de diretor que até me desperta carinho. Mas a vida é assim mesmo, nem todo mundo é Bergman.

Fora que tomei um choque com a reação de Thiago ao Melancholia do Von Trier. Thiago não havia assistido ainda, assistiu dias atrás. E detestou. Na verdade ele afirma que nem detestou, sentiu nada, achou insípido e um despropósito. E ele curte Von Trier, mais do que eu. Dai, depois dessa reação fiquei com essa coisa na cabeça, ponderando sobre os filmes que considero muito, muito ruins pela tosqueira ou pela pretensão ou ambos. Especialmente porque no mesmo dia em que Thiago finalmente assistiu Melancholia, assistimos juntos Na Pele em que Habito, Almodóvar, e foi uma experiência traumática. Ao menos pra mim.

Mas entendam, não há nada técnico, acertivo, preciso e objetivo nessa minha lista. É puro total e mero achismo. Não entra por exemplo nenhum filme do Guy Ritchie, que eu odeio, porque né. Nem os filmes do Cameron, outro que não dá pra ter paciência, apesar do Alien.

Mas vamos à lista, que não está em ordem de abuso, deixei assim, uma cousa aleatória.

1. Rubber (em português Pneu): quando vi essa tosqueira passando nas HBOs achei que fosse algum filme oriental de cunho "poético", tipo aquele filme chato dos sapatos (acho que é iraniano), mas não era não, o buraco era mais embaixo, tipo no inferno. era um filme de terror, cujo personagem é um pneu perturbado com poderes telepáticos que explodia a cabeça das pessoas. sem precendentes;

2. Return of the Killer Tomatoes (Tomates assassinos II): porque não há nada ruim que não possa piorar. muito;

3. Piranha Part Two: The Spawning (Piranhas II, Assassinas Voadoras): pois é, não tem como não citar Cameron com tamanha porcaria no currículo. Piranhas assassinas. Que voam.

4. eXistenZ (sei lá): Cronenberg seu lindo. essa tosqueira tem uma pistola feita com ossos de lagarto. e tem o Jude Law.

5. Naked Lunch (Mistérios e Paixões): Cronenberg tem que receber mais do que uma mençãozinha honrosa, porque né, esse filme merece. o povo acha que é um cult, de universo lisérgico, tipo The Fly ( A Mosca, que não entrou na lista porque me diverte). e é só o horror. nego viciado em inceticida, daí que isso é uma metáfora, ah né. escatologia por escatologia e não é um gore. literatura Beatnik e a falta. leiam Kafka.;

6. Flashdance (Flashdanse, em ritmo de embalo): esse filme é um compêndio do mal da década de 1980: as roupas, os cabelos, as músicas de FM xexelenta. é a pura síntese da breguice. e a cena do ketchup?

7. Dirty Danse (Ritmo Quente): tudo o que se aplica a Flashdanse, se aplica talvez com mais intensidade a Dirty Danse. 

8. The Bodyguard (O Guarda-costas): eu odeio muito esse filme. eu odeio muito a música título. eu odeio muito Kevin Costner.

9. Dune (Duna): pra vocês verem, não poupei nem meu querido Lynch. mas não dá, Duna é uma bosta (Wild at Heart - Coração Selvagem - não entrou por puro protecionismo, apesar de que detesto muito esse filme também. na verdade sinto até um certo nojinho e super acho que o Nicolas Cage já estava ali ensaiando sua versão para Motoqueiro Fantasma. péssimo);

10. La Piel que Habito (A Pele que Habito): e não vem encher o saco que é o Almodóvar, e daí que é o Almodóvar? o filme é ruim e ponto. com personagens brasileiros que não falam português. nem de Portugal. a coisa do brasileiro favelado, empregada doméstica, bandido. tem hora que um dos personagens aparece vestido de tigre e mostra  a bunda para que sua mãe o reconheça. fora o argumento principal do filme que é osso, Almodóvar. vomitei depois que assisti.

Algumas outras menções honrosas se fazem necessárias, né? Tipo Lambada (a dança proibida), Howard (o Pato), aquele filme dos caçadores de throll.

Tem um filme que assisti no Cine Trash do Zé do Caixão, violentamente ruim, mas que esqueci o nome. Alguma coisa sobre vegetais assassinos do espaço, não sei se era um repolho, uma alface, uma couve de bruxelas, não vou lembrar. Não eram os tomates. Uma pena não lembrar, porque certamente entraria na minha lista.

Devo confessar que não inclui Titanic, porque coloquei na lista Piranhas e entre um e outro, optei por Piranhas. Mas foi difícil. E também em consideração ao meu amigo Maicon que tipo, ama Titanic.

Ghost não entrou, porque gosto da cena do "Elefante incomoda muito a gente".

Inté.

Imagem: Rock Horror Show, porque tem como ser trash e legal ao mesmo tempo.

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Inspiração do dia

>> segunda-feira, 27 de agosto de 2012


Inspiração para projetos vindouros La Coloriste. Aguardem ;) .

Bisous.

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Domingo em movimento: Alice

>> domingo, 26 de agosto de 2012

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Audrey do dia

>> sábado, 25 de agosto de 2012

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A menina que riscava

>> sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Já contei para vossas mercês que há muito tempo atrás participei de um programa de incentivo à jovens artistas, a Oficina de Arte do MAUC (museu de arte da UFC), quando eu era um pouco mais velha que uma erê. Já desenhava tirinhas no jornal da escola, que foram parar em um jornal de grande circulação da cidade, por conta de um concurso. Quando ganhei e fui lá receber "o prêmio", uma pessoa da redação sugeriu que procurasse a Oficina de Arte e não deu outra.

Isso foi muito importante para minha vida, para a minha formação humana e sim, profissional, porque ao final do curso, ensaiei umas aulinhas como professora de técnica de desenho e me senti muito cheia de mim, porque de falsa modéstia eu não morro. Antes que me odeiem, de soberba também não. Apenas valorizo o que sei fazer, reconheço meus dons (todos temos) e não invento talentos e importâncias que não me cabem, porque conheço o meu lugar. Seria muito bom se todos conhecessem.

Mas fora esse período feliz da minha vida (foram uns três anos) desenhei croquis numa loja de tecidinhos em Fortaleza ou como diziam as clientes, costureiras do Montese, eu "riscava uns vestido". Olha. Mas foi bom também, porque como modista (era como chamavam a gente na loja) ganhava um salário que pagava meu material escolar, umas frescurinhas de adolescente, fora o cinema do fim de semana. Tempos difíceis. E bons. Já na Oficina o ganho era puramente imaterial. Porque até os materiais que usávamos na Oficina, ficavam nas Oficina. Mas foi na Oficina de Arte que requintei os meus conhecimentos de desenho e pintura, que eram puro empirismo antes. 

Um senhorzinho que morava perto de casa, que sempre via lavando a calçada com jatos dáegua da mangueira (consciência ecológica em Fortaleza dos anos 1990?), um dia me viu passar com a pasta e o canudo da Oficina, daí perguntou se eu era artista. Foi uma lindeza, porque né, raros eram os momentos em que alguém chamava de desenhista, artista. Era sempre "aquela menina que risca bem", que "gosta de desenhar". Não é só uma questão de gostar de desenhar (ou riscar - ódio), eu sabia desenhar. Mas era pedir demais né, porque a verdade é que a grande maioria das pessoas  não sabe a diferença de giz de cera e pastel, compram "arte" pra enfeitar parede, acham na verdade que as artes são um disperdício de tempo e que Museus deveriam ser substituídos por estádios de futebol. Ou algo assim. A mesma mentalidade de quem pragueja contra quem compra livros. Não me perguntem.

Bem, aquele senhorzinho era pintor, cheio de boas intenções. Acho que gostou de mim, porque eu conhecia Degas. Sempre parava uns cinco minutinhos pra conversar com ele sobre a Oficina, sobre a escola. Ele tentava me convencer a tirar ao menos dois pares de brincos das orelhas (eu tinha/tenho cinco), claro que sem sucesso. Não, ele não era um pervertido. Um dia me deu uns três livros de técnicas avançadas de desenho, que foram como livros sagrados pra mim, até perdê-los em uma mudança. Pouco tempo depois disso Sr Bentes (o nome do meu benfeitor) ficou muito doente, foi internado e morreu. A casa dele virou um jardim de infância. Achei adequado.

Lembrei disso tudo em digressões sobre a minha formação que é, basicamente, não acadêmica, já que não tenho diploma de Belas Artes, apesar de um portfólio consistente. Fora que alguém me perguntou como é que se faz para aprender a desenhar. Essa pergunta maldita me persegue.

De um jeito ou de outro todos sabemos desenhar sim. É como a nossa escrita, uma vez exercitada, vai melhorando, adquirindo personalidade. Só que, como existem letras e letras, existem desenhos e desenhos. Alguns nascem sabendo "riscar" e, conforme praticam, ou seja desenham, vão melhorando, melhorando, chagando à perfeição, como o filho de quenga do Rembrandt (inveja). Outros podem cursar Belas Artes em Florença (tu juras?) que sempre estarão na média, medíocres. Talento precisa de técnica, mas só a técnica não funciona.

Inté.

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Retrados (e pensares) Antigos

>> quinta-feira, 23 de agosto de 2012


Semana passada recebi e-mail da minha querida Romina Ferreira, por quem nutro um carinho do tamanho de Minas, apesar de que nunca nos vimos pessoalmente. Estou inté devendo mimo. Pois bem, era pra mode avisar de evento da professora Nádia Gotlib aqui no Rio. Para quem não sabe, das biógrafas e estudiosas mais importantes de Clarice Lispector. 

O evento é uma palestra que tem lugar hoje, 19 h, Midrash Centro Cultural no Leblon, sobre o livro Retratos Antigos, lançado recentemente pela BH ed. UFMG, que traz texto de Elisa Lispector, pouco conhecida irmã mais velha de Clarice, fotos inéditas da família Lispector. O livro é organizado pela Professora Nádia.

A 'interessância' da cousa está na curiosidade, quase mórbida, que percorre o corpo de todo acadêmico biográfico, como eu, apesar de afastada, teoricamente, da coisa acadêmico. Teoricamente, vejam bem.

A piori, o que deve interessar ao pesquisador de Clarice, é Clarice e seu texto. Como texto clariciano é bicho híbrido, vivo em memórias, ficionalização da vida ou vivência da ficção, a biografia da criatura humana Clarice Lispector se faz necessária. Podem estrebuchar todos os puristas da teoria da literatura, fiquem com o fetichismo particular da crítica marxista. Contudo, não é necessário devassar a família Lispector e lembranças que a própria Clarice não tinha (já que o texto pinta cenários que Clarice não lembrava, porque era muito pequena, um bebê ainda) para entender a obra de Clarice.

Para quem se interessa por Elisa Lispector, seja ou não seja por conta de No Exílio, que virou fonte para alguns pesquisadores de Clarice, ou que o bicho carpinteiro do biografismo desenfreado, é prato cheio. Todo o resto é meio fetichesco e, um tanto esvaziador da obra de Clarice.

Bisous.

 Imagem: foto das páginas do sumário do livro Minhas Queridas (compêndio de cartas de Clarice Lispector aos seus queridos. e queridas). Se repararam bem, a carta é justamente para a irmã Elisa Lispector. Engraçado que não abria esse livro desde Fortaleza e nele encontrei uma receita médica da minha filha Evelyne (2008, ano difícil), um folheto do seminário 118 anos com Fernando pessoa (2006, ano terrível) e o rascunho do trabalho que Isabel e eu fizemos na Literatura Brasileira IV (acho que foi 2005, ano nervoso), com a professora Vera Queiroz, o único 10 da sala. A gente metei até Cabala no meio.

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Perto do Coração Selvagem

>> quarta-feira, 22 de agosto de 2012




Como faz tempo que não deixo por aqui uma recomendação de leitura, como amanhã entrará no ar escritos que têm  a ver com Clarice, decidi deixar por agora a ousadia singela de indicar, de corpo e d'alma abertos, Perto do Coração Selvagem. 

Perto do Coração Selvagem é o romance que inicia a carreira de Clarice, publicado em dezembro de 1943. Apesar da boa recepção da crítica, premiado e tudo, houve um certo levante de vozes, ao começar pelo o "epíteto" da autora, Clarice Lispector: "essa autora de nome desagradável". Mal sabia o crítico em questão que era o nome da Clarice mesmo. Isto é citado naquela entrevista, famosa, a última entrevista de Clarice.

O livro é sobre Joana, que narra sua história em dois planos, a infância e o início de sua vida adulta, através de uma fusão temporal entre o presente e o passado. O interessante e extraordinário é a geografia interior de Joana. Aquela coisa da revelação que permeia todos os escritos da Clarice, porque viver é revelar-se, ainda que seja para si mesmo. Deixar-se ser.

Há quem diga que o título é uma referência à epígrafe de James Joyce ("Ele estava só. Estava abandonado, feliz, perto do selvagem coração da vida"), que ela, obviamente negava.

A capa linda que abre a postagem foi criada por Matisse para a tradução francesa.



Já esta acima, capa e contracapa, da minha edição. Uma terceira edição saída da Editora Sabiá. Dos meus livros favoritos de Clarice, que para mim, tem o final mais incrível de toda a literatura:

"de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo."

Inté.

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Um bule muito fofo

>> terça-feira, 21 de agosto de 2012


Vez por outra me encanto por algumas coisinhas um tanto quanto difíceis que vejo em poder de algumas dessas moças lindas, que escrevem blogs lindos e tiram fotos mais lindaslindaslindas ainda, como Eleonore Bridge, Le blog de la machante, que super tem um bule de coelho. Isso mesmo que vossas mercês leram, um bule de coelho. 

Eu fiquei desconcertada, né? U.m b.u.l.e d.e c.o.e.l.h.o.

Como bem sabem, coleciono porcelana, antiga e fofa. Tenho mini coleção de bules (que deu um pulo após algumas aquisições recentes. depois conto;) ) ou seja, um bule de coelhinho é a convergência dos desejos para minha persona, não é mesmo? Pois é. Olha ele aqui ♥.

Poderia perguntar onde ela encontrou a fofura, decerto ela me responderia, porque é simpática, sem estrelismos, fora o singelo fato de que je sais bien écrire le français. Meia dúzia de invejosinhos estrebuchando, que lindo. Mas voltando. Muito provavelmente foi em algum lugar encantado da China Town francesa, sem site de vendas, muito provavelmente. 

Dai recorri a São Google, que nunca deixa na mão e, eis que achei um similar aparentado do bulinho fofo aqui na terra brasilis, quase perto, em São Paulo, numa loja bacaninha na Vila Madalena, a Japonique. Bacaninha, porém sem site de venda online. Murphy filho de quenga.

Depois de algumas tentativas frustradas confiando na boa vontade alheia (tolinha), enviei e-mail para a Japonique e, em alguns dias o bonitinho chegou aqui em casa, lindo e fofo de doer o coração.



Bisous.

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Zooey Dechanel te manda um oi

>> segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Bom dia com Zooey Dechanel mandando um oi, capa da Dazed&Confused, para começar bem a semana ♥.

Bisous.

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Joyeux aniversaire à vous, Chanel!

>> domingo, 19 de agosto de 2012


Hoje é aniversário de Coco Chanel, que para uns é magera, para outros é musa e para tantostantostantos é um nome, um substantivo próprio, que nomeia a poderosa marca de produtos de luxo francesa, incluindo roupas e acessórios caríssimos (prêt-à-porter) e impossíveis para a avassaladora maioria dos viventes (haute couture).

Já deixei por aqui a minha estorinha com Chanel, já contei causos e estes últimos dias com sol em leão, deixei Chanel tomar conta dessa espacinho virtual até hoje, que já foi dito, é seu dia.

A foto escolhida, que por sinal está para sempre (enquanto durar) no layout fixo do blog é tão incrível e significativa que deixei para a homenagem final, porque está tudo nela, todo o significado, toda a semiótica Chanel: a bolsa, o tailleur de jersey, as pérolas, a pose de abusada e é claro o chapéu, que foi como tudo começou.

Bisous.

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Chanel e as fitas

>> sábado, 18 de agosto de 2012


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Chanel e o vestido de noiva

>> sexta-feira, 17 de agosto de 2012


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Chanel das plumas

>> quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Imagem: Chanel PFW.

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Chanel das texturas

>> quarta-feira, 15 de agosto de 2012



Imagem: Chanel 2009 fall.

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Camélias

>> terça-feira, 14 de agosto de 2012


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Pérolas Chanel

>> segunda-feira, 13 de agosto de 2012



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Domingo em movimento: um vestido Chanel

>> domingo, 12 de agosto de 2012

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Chanel Nº 5

>> sábado, 11 de agosto de 2012


Chanel Nº 5 é simplesmente o perfume mais importante e conhecido, líder de vendas em todo o mundo desde o seu lançamento, há décadas atrás.

 Foi o primeiro perfume da Maison Chanel, lançado em 1921. Coco Chanel pretendia criar um perfume inigualável, "com cheiro de mulher". O nome, Nº 5, tem todo um causo, o bouquet final escolhido para ser o perfume era o quinto, número de sorte de Mademoiselle, que o apresentou aos seus amigos no dia 5 de maio. Foi o primeiro perfume a incorporar o aldeído, nota sintética capaz de realçar o aroma dos ingredientes naturais presentes na fórmula e que também atrubui "aquele cheiro de talco" que algumas pessoas sem olfato tanto reclamam. 

A lindalindalinda Marilyn Monroe eternizou o seu uso ao declarar que dormia vestida com apenas algumas gotas de Chanel Nº5. 

Notas de Saída: ylang-ylang, neroli, aldeídos e lírio-do-vale; Heart: rosa de maio e jasmim; Fundo: vetiver, baunilha e sândalo.

Bisous.

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Yes Wedding Warm-Up Bride ♥

>> sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Uma das coisas que mais me comove, que me deixa feliz em relação ao RQ é sua história e gênesis como blog-diário de noiva, que depois, por um tempo, talvez até possa dizer ainda, serviu de referência e inspiração, um lugar (virtual) bonito que outras noivas (como eu fui) e pessoas do meio 'casamentício' procuram e lembram com carinho.

Então, sempre que recebo um e-mail querido do Yes Wedding preciso divulgar, como agradecimento pessoal pela estima e né, porque deixa o blog lindolindolindo ♥. 

***

 Com uma frequência ao menos anual, Fernanda Suplicy promove o YES WEDDING Warm-up Bride. Um encontro exclusivo e gostoso de profissionais que amam o que fazem e que buscam exprimir toda a emoção e sensibilidade do momento "ficar linda para casar" em imagens e formas com noivas escolhidas a dedo e convidadas por Fernanda, para terem um dia de princesa antes dos seus próprios casamentos. 

 A equipe presente foi composta pela 4GP para os registros do canal YWTV, Irit Chernizon que fez fotos incríveis, Rodrigo Salles, responsável por cabelo e make-up, uma descoberta de peças de cabeça que revelaremos em breve, vestidos da tradicional Marie Toscano, sapatos da coleção bridal da Zeferino e Fernanda Suplicy que cuidou de todos os detalhes em nome do YES WEDDING. 

 Para completar, o programa foi regado a champanhe Moët & Chandon, docinhos e bem-casados da Mariza Doces, presente especial da Cecilia Dale, dentre outros mimos. Após agradáveis horas de produção numa super suíte do Hyatt, exploramos o hotel todo com uma seção de fotos pra lá de especial. Dá para não amar participar desse dia de princesa? 

 “Eu quero agradecer pelo dia divertido e incrível que vocês me proporcionaram. Muito bom poder ter um pouco da sensação do dia de noiva... Principalmente quando penso que agora ta chegando e meu dia vai passar muito rápido... Além de tudo, foi muito bom ter dicas pra sair nas fotos, conhecer uma equipe muito bacana, tomar um belo champanhe e curtir mais um pouquinho essa fase de noiva que não volta nunca mais... Admiro muito o trabalho de vcs, acho que o YES WEDDING é um site super in, super moderno, cheio de dicas e de informações...vou sentir saudade de procurar essas coisas pro meu casamento, mas vou continuar presente, nem que seja só pra ajudar as amigas que forem casando. Amei tudo super obrigada a todos vcs!!!”, Daniela Cianciarullo – noiva que participou do YW Warm-up Bride e nos enviou um email de agradecimento. Ela se casará ainda esse ano com Guilherme Martins e decór de arrasar by Lais Aguiar.

YW









Bisous.

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Chanel dos alfinetes II


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Chanel dos alfinetes I

>> quinta-feira, 9 de agosto de 2012


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Chanel nem te liga

>> quarta-feira, 8 de agosto de 2012


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Chanel e o laço

>> terça-feira, 7 de agosto de 2012


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Carroussel Chanel

>> segunda-feira, 6 de agosto de 2012



Imagem inspiradora, icônica, lindalindalinda de doer no coração, direto do outono&inverno de 2008 da Chanel Couture. 

Boa semana.

Bisous.

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Ícone da Moda: Scarpin bicolor Chanel

>> domingo, 5 de agosto de 2012


Hoje é aniversário de outro ícone da moda, o scarpin bicolor, criação de Modemoiselle Chanel, que completa 55 anos.

Corre a boca pequena que Chanel teve a ideia para os sapatos bicolores tentando criar uma ilusão de óptica, pra diminuir o tamanho dos pés - parece que ela não gostava muito dos seus pés, dizem que feios e grandes. Como tudo no mundo modístico é meio que mito, vai saber, né? 

Mas a gente super sabe que uma das marcas de vida e caráter de Gabrielle Chanel era encarar a adversidade como um incentivo, para dai criar algo original. Tomando ela mesma como exemplo disso, que saiu das condições mais improváveis para se tornar Chanel, o mais importante nome da moda. Incontestável.

Contudo, como humilde estudiosa de maman, digo Chanel, acredito mais na inspiração pura e simples no vestuário masculino para a criação do primeiro par bicolor feminino, de couro bege com bico preto. É só trazer à baila peças do guarda-roupa masculino que ela se apropriou e transformou em peças femininas, como as calças compridas, o cardigã, a capa de chuva e o blazer. E a gente sabe que ela gostava de calçados marculinos também, especialmente os esportivos com biqueira escura. Que tal relembrarmos sua icônica foto usando um par desta feita, foto famosa de 1937, sentada no ombro do bailarino russo Serge Lifar? Sapato masculino, um modelo preto e branco de sola grossa.


Um sapato leonino, lindolindolindo.

Bisous.

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Chanel, à la vôtre!

>> sábado, 4 de agosto de 2012

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Chanel, sua faceira

>> sexta-feira, 3 de agosto de 2012

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O riso de Chanel

>> quinta-feira, 2 de agosto de 2012

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Todo dia é dia de Chanel

>> quarta-feira, 1 de agosto de 2012





Uma vez alguém me disse que é bobagem a necessidade que as pessoas têm de ídolos, de heróis e de quem nos inspire. Recebi os dizeres à seco. Calada. O que devo confessar, não é do meu feitio. Eis que me perguntei se realmente era isso mesmo, se o correto como postura de vida seria viver essa vida sem estimar as ações de ninguém, talvez só as nossas (?). E isso me pareceu muito idiota.

Ao menos para mim enquanto criatura humana besta, sonhadeira e cultivadora de lindezas, as pessoas estão sim por aqui e por ai para nos inspirar em suas grandezas e baixezas. Para mim a vida seria infinitamente mais parca e vazia sem a possibilidade de me encantar com o outro e, decerto, me desencantar. Aquela coisa de aprender com os erros. Pois é.

Então parei para pensar mais um pouco e cheguei à conclusão de que Coco Chanel é das vivências, que já passou por este mundo, que mais encantamento e desencantamento causaram nas pessoas. Que de qualquer maneira, até as moçoilas descontentes de Chanel usam calças, cardigans, componentes da imagem da mulher moderna que Chanel ajudou a construir. Quando até quem jura não gostar de você literalmente se veste em sua defesa, a coisa do ídolo e da inspiração fica incontestável.

Portanto, em homenagem è energia do mês, aniversário de mademoiselle, todos os dias serão de Chanel por aqui: imagens, textos, informações daquela persona que é dos nomes e figuras mais relevantes do século XX, desdobrando-se nesse nosso século XXI tão enfadonho.

Todo dia é dia de Chanel.

Bisous.

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