Sobre Igrejas, informações para a Fortaleza do Sol, que valem para outros lugares aussi

>> quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Vez por outra alguém me ressuscita uma postagem do arco da velha, uma dica de sapato, uma revista tal, a cor do meu esmalte, etcetera. Mas desta vez foi muito interessante, porque foi algo bem do comecinho do Reverbera, quando ainda era um diário de noiva. Dá pra acreditar que começou assim? Pois é, vejam só como o tempo passa e as coisas mudam.

A postagem é esta aqui, que fala da minha angustura (misto de angustia e gastura) acerca das benditas igrejas dos homens.

A chérie que me escreveu o comentário aqui no blog deixou o epíteto de "Noivinha feliz", mas não creio que ela esteja, em relação as posturas de certas igrejas, muito feliz não, assim como eu não estava cerca de um ano e meio atrás.

Aliás, um comentário pessoal: gente estes diminutivos que se pretendem carinhosos me soam estranhos, sabe? Tipo mãezinha, noivinha, *leitorinha (que usei n'última postagem, porque a moça assim o quis), coisinha, sabe?

*só acho lindo o leitorinha quando é a Ivi que usa. Acho mesmo de coração.

Voltando...

Faz muuuito tempo que escrevi sobre isso e revivi tudo de novo, toda aflição, gastura e raiva que passei naquela época. Mas sabe o que é pior?

Naquela época descobri que fazia tempo era daquele jeito e que existiam igrejas ainda mais "cartel". Se lerem a postagem entenderão.

A igreja que se fala aqui é na verdade o Santuário de Nossa Senhora do Líbano, na cidade de Fortaleza. A Líbano é católica do Oriente, Melquita e é cheia de parangolês, mais que as católicas do Ocidente. Começando da senhoura que atende na secretaria, que é uma pessoa quase intratável, mas ai eu aprendi que é praxe, donc... e termina na doçuuuura do Monsenhor Filipe (ainda é ele?) que tem cara de congestão e parece também com o Jamanta. Dá muito medo. Mas o bão é que se pode levar outro padre, pagando, óbvio, por fora. Em relação a cerimônia religiosa, para a grande maioria infelizmente, tudo se resume a ficar bonito nas fotos e a pagar caríssimo por tal. Não é crítica, é uma constatação a que me incluo, pois não tenho mais nenhuma ligação afetiva com igreja, coisa que lamento.

Adendo: eu queria era ser uma portuguesinha duma cidade picurrucha e casar numa procissão, numa capelinha branca com o padre que me batizou, mas, , o padre morreu e o pior de tudo, eu não sou portuguesinha duma cidade picurrucha que cheira a doces com coco, ovos e amêndoas e que ressoam fados pelas ruas.

E é bão também vossa mercê rezar, rezar para o pároco lembrar do seu nome e de seu noivo, para que ele não atrase mais que você, dileta noiva, que ele não termine tudo em vinte minutos (é, acontece) e faça você, que pagou, aproximadamente R$ 2.000,00 (valores de Fortaleza), não chorar ao altar não de emoção, mas sim de ódio. Já vi acontecer e te garanto que é triste, pra resumir a ópera.

Noivas, temei!

Isso acontece em outro lugar ou só em Fortaleza?

Mas por falar nesses pormenores máximos, aqui no Rio há um fenômeno estranhíssimo, o fenômeno dos diáconos que casam as pessoas.

Falo isso, pois como já mencionei esta semana uma pá de vezes, sou de formação católica, estudei em colégio de freiras e tipo, convivi com um monte de "carolas", "ratinhas de sacristia" e minha vida toda convivi com um padre muito querido da família e tipo que se entranhou em mim o seguinte: igreja + altar = padre.

E acerca das funções dos padres, se não me falha a memória... de guiar seu rebanho, vulgo paróquia, celebrar as missas, ministrar os sacramentos, dentre estes batismos e olha só, celebrar casamentos!

Aqui no Rio o que está em voga são os diáconos. Até agora não vi um padre celebrar um casamento. Ao que me consta os diáconos podem celebrar, sob orientação de um padre, certas cerimônias como batismos, pregações e "abençoar" os casamentos. Por isso minha estranheza, mas deve ser bestagem minha, era só pra sei lá, socializar meu estranhamento.

Mas voltando à Fortaleza, no que concerne à casamentos católicos, existe toda uma postura das igrejas mais procuradas, óbvio das partes mais abastadas da Cidade, com exceção da Pequeno Grande, que fica no comecinho da Santos Dummont, quando ainda é Centro, em frente ao Justiniano de Serpa (dei aula lá). Olha aquilo ali é quase a visão do inferno, é uma das piores partes daquela região, onde ficam os armazéns de atacados com ruas mal frequentadas e fedidas.

Mas a Igreja é sim, linda, mas tem este póbrema que relatei, da vizinhança, fora o singelo fato de que é a mais cara de todas, fora que tem que se ter uma paciência de para lidar com as responsáveis, as irmãs do Convento, que são uma mistura de jiló com quiabo, sabe? Amargas e escorregadias. Nunca se encontra, quando se encontra, te dão patada. Ajudei uma conhecida a marcar o encontro com esta freira e foi uma coisa dantesca e olha lá que esta minha conhecida fora aluna do Imaculada Conceição (é o conjunto, a igreja, o convento e a escola).

Então, o grande problema da Pequeno Grande, além dos valores e da má localização, é esta coisa antipática, sabe? Mas pelo menos, ao que me consta, não possui a tal lista proibitiva.

Já citei por aqui alguma coisa destas listas, mas é tipo assim: existem listas em algumas igrejas, listas de restrições tanto em relação à músicas, a maioria se limita à música Sacra e Erudita, o que acho coeso, mas existem ainda as listas tipo "cartel", em que só podem ser contratados para o SEU casamento o que A IGREJA permite. Não é legal?


No final, as coisas se resolvem, fé, amor e Salmo 23 pra todos!

Bisous.


Imagem: A Pietà de Michelangelo.

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