Recepção de casamento: onde em Fortaleza?
>> sábado, 22 de março de 2008
Desde que comecei a escrever este blog, muitas cousitas se passaram, mudaram, desde os eventos para nosso momento casadoiro, até doenças, arrebates e... mudanças de planos.
Mas vamos falar da recepção, pois assim socializamos o conhecimento acerca, o que falta e muito por este hiperespaço casamentício, em que ninguém dá dicas de nada.
Já não temos mais certeza do local para a cerimônia religiosa e a consequente recepção, isso em vários sentidos, geográficos no que abrange Fortaleza, geográficos no que abrange o Brasil.
Em termos de Fortaleza e a recepção, algumas cousas nos desapontaram em nossa primeira opção para receber nossos queridos. Achamos o local meio caído e sem graça, apesar dos atrativos visuais, como a luz e o cenário de fundo, mas o lugar em si é meio complicado. Estou falando do Marinas.
Confesso que não conhecia o local, só por fotos e de ouvir falar. Um certo hotel com ares de marina, que recebe eventos de música rs.
Bien, esperava outra coisa, dada a badalação; ledo engano. As fotos de fato o melhoram. Além da ‘sem-gracice’ do salão para o evento no dito cujo do hotel e de que o outro lugar, no mesmo hotel, para recepções como a nossa, ser por demais escondidinho e picorruncho (pirrototinho), a vizinhança (principalmente) é uma desgraça! Tem uma espécie de favela bem em frente. Certo, eu sei que o hotel tem segurança, diferentemente não seria tão procurado, mas é feio e eu sou chata.
Aliás, este problema da vizinhança é o mesmo pelo qual padece a Capela Pequeno Grande aqui em Fortaleza. Ela é linda, uma das igrejas (capela, eu sei) mais bonitas da cidade, por dentro e por fora, com aquele teto de ardósia (coberto por poeira e sujo que não dá para perceber que é ciano, mas deixa pra lá) que praticamente fica no meio de um pardieiro e tenho plena autoridade para afirmar isso, pois trabalhei ali em frente, como professora no Justiniano de Serpa.
Os arredores do Imaculada Conceição, colégio ao qual a Capela do Pequeno Grande faz parte, são péssimos, especialmente a rua lateral.
Aí eu fico pensando na fortuna em manobristas e seguranças para se casar de forma segura ali, fora o preço da Capela em si, R$ 1.400,00 para este ano (2008), sem padre nem decoração, que é algo muito assustador, quando lembramos que o Santuário de Nossa Senhora do Líbano fica em uma rua calmíssima, nas entranhas do Meireles (bairro nobre de Fortaleza) e sai, aos finais de semana, que é mais caro, por R$ 1.600,00 com uma linda e básica decoração com flores do campo.
Adendo: eu me sinto super mal em ficar cotando valores coisa e tal de igrejas; pensamento médio burguês latino, católico e cheio de culpa.
Aí podem pensar que isto não tem importância, afinal o casamento não será no meio da rua para se preocupar com vizinhança. Me disseram isso.
Sim e não. Já que as ruas nos dão acesso aos lugares, diferentemente seríamos algo Hermes ou Ícaro, mais para Ícaro. E tem o fator segurança e sim, beleza, da qual não abro mão. Quero que as pessoas achem tudo lindo, começando ao sair do carro.
Tem outro hotel, também com salões para recepção, e com toda uma estrutura para casamentos; um antigo Caesar, lindo, sofisticado, muito bem localizado e caríssimo. Quase três vezes mais caro no serviço de buffet do que o outro, fora que o primeiro não cobra aluguel de salão e o outro cobra, variando de preço conforme a configuração de sua festa, pequena, média ou grande, em termos de preços, sendo algo como - socorro, enfartei, morri. Estou falando do Gran Marquise.
Casamento ou outras recepções em hoteis é algo que te dá ‘n’ vantagens perante buffets: a estrutura em si, a falta de incopetência – grosso modo – os dois hotéis possuem serviços exemplares, não poderia ser diferente.
O que está pesando contra os buffets em nossa decisão, pois nenhum têm (talvez o Lulla’s e o complexo La Maiosn sejam exceções, mas com preços desencorajadores): cozinha internacional, cardápios sofisticados.
Cardápio de buffet é uma coisa que, invariavelmente, em deixa triste.
Por exemplo, no hotel mais simples, quando vem descrito no cardápio “filet” é filet mesmo, ou seja, do corte mais fino da carne, filet mignon, e não um patinho.
A outra opção que te dão para “sofisticar” uma carne é trocar uma opção de “carne de 1ª” por outra não necessariamente melhor, e sim mais cara.
Voltando aos cardápios... a opção mais simples do hotel mais simples em questão, tem camarão graúdo, aquele bonito e perfumado e um Strogonoff de verdade, com a base de molho alemão e não estas tirinhas de carne enfiadas num caldo ralo sem vergonha que se serve por aí com nome de Strogonoff.
Devo comentar o cardápio do outro hotel, o caro?
Mesmo? Bem, para começar, tem caviar no serviço de canapés frios, carpaccio, tem uma sugestão de coquetel & american servico, que conta com uma mesa de queijos que vai do brie (francês) à mussarela de búfala, vol-au-vent diversos e uma última sugestão de banquete com a opção de contar com os serviços de três cardápios completos de três países. Morri.
Ficou claro que não dá para comparar os cardápios dos hotéis com os de buffets, pelo menos não o de senso comum da cidade, né?
E ainda, em hotéis, não se cobra taxa de quebra de material, taxa de consumo de energia, você tem todos os garçons, garçonetes, copeiras de que precisa, não tem que pagar por fora e conta com todo o conforto, segurança e infra-estrutura que um hotel oferece.
Desvantagens dos hotéis: não contam com decorador próprio, não dão nem indicação; têm a taxa de rolha, taxa que se cobra por cada bebida aberta e servida durante todo o evento (vinhos e espumantes 10,00, whisky 18,00); não devolvem a comida paga, só as bebidas e 24 horas depois; repasse de valores de um ano para o outro meio estranho... mas os hotéis não são os únicos a fazer isso... cf. Salões de beleza da cidade, dias de noiva...
Os buffets da Aldeota e Água fria, aqui em Fortaleza, são opções bem localizadas, arrumadas que te dão um ar de certo requinte. Mas como falei, o ar de requinte das casas de Buffet não condizem com o cardápio fraco, com certa incompetência de alguns (muitos) funcionários. E ainda por cima, uma certa falta de noção que as vezes me deixa com medo, como no pormenor super importante da decoração. A maioria dos decoradores de buffet gostam mesmo é duma decoração selva, tipo Tarzan, que não entendo.
Aqueles arranjos medonhos, com lírios altos e enfiados em vasos com flores campestres ou então uma mesa de bolo com pétalas jogadas, ou pior, muitas folhagens e flores, ramos jogados de qualquer maneira e que eu não consigo entender qual é a intenção..
Curiosidades acerca...
Sabiam que é super fácil (em termos de ofertas diversas) para todos os bolsos (padrão Sudeste) casar em São Paulo? Sério, desde o casamento bucólico ao requintado, tradicional, tudo elegante e chegando ao deslumbrante, padrão internacional. Os melhores hotéis, buffets, boleiras, fotógrafos, doces, chocolates, lembranças, decoradores, estão todos lá.Fora que, alguns profissionais de agora, que daqui há alguns anos serão caríssimos, surgem em SP; agora mesmo deve ter uma nova Pati Piva começando, com muito bom gosto e preços acessíveis. Não é detestável rs?
Outra cousa, sabia que o Rio é a terra dos casamentos tradicionais? É, mas também... a cidade imperial, com igrejas tombadas, repletas de obras de arte, órgãos de verdade como o da Capela do Mosteiro São Bento ou igrejas construídas para casamentos, como a Capela de Nossa Senhora das Graças no Botafogo, que tem uma escadaria linda. Amo escadarias de igrejas rs. Sabe quanto custa pra se casar nessa igreja? R$1.200,00, no Rio de Janeiro, mais barato que a Capela Pequeno Grande, aqui, em nossa provinciana Fortaleza.
Fortaleza, não é um absurdo?
Bisous.
Imagem: Um certo Buffet de Fortaleza que eu muito simpatizava, Teka's.