Ian Curtis e o Controle

>> sexta-feira, 27 de abril de 2012


Aviso logo que tem spoiler, então se não quer saber, não leia.

Já enjoaram de me ouvir afirmar e afirmar e afirmar de novo que cresci ouvindo Joy Division? Ah pois então, pode clicar no 'x' do canto da sua tela porque eu cresci mesmo ouvindo Joy Division e detalhe, em uma terra em que, digamos, ouvir rock n' roll era praticamente crime. Mas né, e o oco?

Mais ou menos em 2007 li algo sobre Control, o filme biográfico de Ian Curtis (adaptado a partir da biografia escrita por Debbie Curtis, viuva de Ian Curtis), para quem não sabe, o vocalista do meu querido, cáustico e perturbador Joy Division. E óbvio que o desejo era patente e verdadeiro de assistir. Só que 2007 foi um ano louco em minha vida, sabe como? Do tipo que se desdobrou quase que até 'inda agora. Todas as consequências positivas e, mas é claro, negativas estão por ai. Aquele tal ano sabático que todo mundo tem ou deve passar. Ao menos é o que dizem.

Então os anos passaram, cinco anos para ser mais exata. E nada de Control na minha vida. O filme. Dai que né, como sempre, zapeando minha querida a caríssima orda de canais da tv por assinatura, com canais da cochinchina (mentira, só tem do Japão)com um dos filmes que tanto queria assistir, justamente o tema desta postagem, Control.

A fotografia do filme (preto e branco) é incrível. Quem ouve bandas pós-punk sabe que as nuanças são por ai mesmo. Já havia lido um pouco sobre o filme, sabia de sua ótima recepção da crítica, de Cannes, o que não quer dizer nada. Também que os outros membros do Joy Divison, especialmente Stephen Morris (hoje New Order), acharam o filme "ficcional e romantizado", mas entendiam que teria que ser assim mesmo. Ainda bem, né? Porque uma das coisas que mais me deixam assim, sem paciência, é gente que não entende que cinema é outra linguagem que não a real. Até documentário. Porque realidade não é vivida em fragmentados, salvo se vossa mercê for esquizofrênico não medicado. 

Mas e o filme? Como fã (antes disso, mulher, pessoa) fiquei assim-assim, em uma espécie de mistura 'braba' de sentimentos contraditórios, porque né, Ian Curtis além de ser um artista incrível (e sombrio), era um escroto, mesmo que fosse um escroto adorável. Ok, ele era epilético tadinho, e, como toda alma perturbada, vivia no limite entre amor e ódio à vida, etcetera coisa e tal. Mas coitada da Debbie Curtis, porque além de tudo (ênfase no tudo), do divórcio, ele ainda foi se matar na cozinha de casa. Osso.

Olha, assista e me conta depois.

Bisous.

p.s.: Control é referência a uma das músicas mais famosas da banda Joy Division, She's Lost Control.Tem um monte de lendas sobre a música. Só sei que é a música é incrível.

Postar um comentário

Salut!

As amigos que sempre vêm por aqui, é muito bom contar com a participação de vocês.

Aos que escrevem pela primeira vez, sejam bem-vindos.

Aos que preferem postar anônimo, saibam que serão liberados se:

usarem o espaço de forma sensata, porque a gente não chega na casa dos outros com libertinagem, esculhambação e nem jogando lixo.

"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

Au revoir.

Related Posts with Thumbnails
Creative Commons License
Reverbera, querida! por Eliza Leopoldo está licenciada sob Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.