Emma Bovary, c'est nous

>> sexta-feira, 27 de abril de 2012



Quem estudou um pouquinho de literatura na vida sabe algo mais sobre Madame Bovary e sabe que o título que escolhi para estes escritos é uma brincadeira com a declaração do próprio Flaubert, escritor do realismo francês e autor de Madame Bovary, dentre outras quengas fantásticas.

Porque sim, há quem passe pelas literaturas no colégio e nada sobre nada lhe aconteça e dai, infelizmente, cresce sem o seu direito à literatura, às artes como bem espiritual e social. Mas né. Vários fatores são necessários para fazer do pequenino leitor de gibis e de revistas ruins de fofocas televisivas um leitor propriamente dito, para criar o bicho carpinteiro da leitura que erige o caráter. 

Algum exemplo se faz necessário, seja uma tia velha e doida que se acabe nas edições Sabrina ou aquele professor esforçado que saía da obrigação de apenas passar a vista no programa mal elaborado dos livros didáticos. E é ai que entra em minha vida o professor Luís, que lá na minha sétima série (no tempo do ginasial. eita) citou Madame Bovary, falou que era francês e todo o desmantelo se instaurou. Amen. Eu, que era uma existência pernóstica de 14 verões cearenses, e me sentia fina e inteligente, porque conhecia um título e um autor da literatura francesa, que só fui ler anos mais tarde, mas conhecia o nome, o berço francês e que se tratava de uma espécie de curica.

Dai que esta semana a novelinha do Tufão, Avenina Brasil (alguém, fora eu, que seja de Fortaleza só pensa na Avenida Dedé Brasil na hora da novela?), alguém estava lendo e gostando muito de Madame Bovary, acho que era o próprio Tufão. E é claro que achei uma gracinha, porque lá estava o exemplo que as pessoas precisam, em se tratando de uma novela global do horário das 21:00 hs é coisa importante. Queira tudo que é bom e que alumia que as pessoas se informem e queiram muito ler o livro mais célebre e perigoso de Gustave (Flaubert).

Bisous.

Imagens: minha edição de banca de jornal de Madame Bovary.

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