Ingmar Bergman
>> quinta-feira, 14 de julho de 2011
Hoje Ingmar Bergman completaria noventa e três anos de genialidade. Mas ele se foi em 2008, vale lembrar, no mesmo dia em que se foi Michelangelo Antonioni.
Bergman é dos meus diretores favoritos pela profundidade da obra, cheia de perguntas e mais perguntas, daquelas basilares, de cada um de nós, que teima em se perguntar e querer saber os porquês da vida, da morte, da condição de tudo isso, que é a solidão.
A imagem e o vídeo destes escritos é de Persona, filme de Bergman que nunca foi indicado a nada, o que não quer dizer grande coisa, porque Persona é um marco, dos filmes que destrincham a psique feminina (seja lá o que diabos isso for) como algo estranho, confuso e lindo. O poema inicial, feito em imagens, é a premissa de tudo. A cena que escolhi é, contudo, uma das mais lindas que já vi no cinema e na vida.
Obrigada Bergman.
"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico". (Jean-Luc Godard, "Bergmanorama", Cahiers du cinéma, Julho – 1958).
Bisou.