As lembranças, o aniversário e o pato

>> sexta-feira, 15 de julho de 2011


Todo mundo que me acompanha e  me conhece minimamente sabe que adouro cozinhar. Quem me conhece mais um pouco sabe que aprendi a cozinhar já velha, lá para os 18 anos e que minha professora foi a Ofélia, pois é, a da cozinha maravilhosa.

Ofélia foi para mim o que Julia Child foi para a América, que nem no filme Julie and Julia, que por sinal achei fofo, apesar de que corre à boca pequena que Julie é uma megerinha e que o livro, fruto de um blog que deu origem ao filme, é um porre cheio de lamurias. Bem, eu não li, li apenas o livro da Julia Child, que é o máximo mesmo. 

Desde que a conheci, a Julia, via livros e lendas culinarísticas, que me faziam sentir uma super identificação, como foi com Ofélia, não tiro algumas cousas da cabeça, como patos, por exemplo rs. E me senti desafiada com a aventura de rechear um pato. O pato é muito a cara da culinária francesa. Porque é teoricameete fácil, mas tão fácil que fica difícil, sabe como? Cheio de segredos e pormenores, fora o fato de ser gorduroso e ter aquele aroma particular que empesta tudo. Haja limão - no caso laranja.

Com Ofélia não aprendi a fazer pato e eu queria fazer pato para nosso aniversário de casamento. As receitas de Julia, especialmente as de pato, pedem ao menos uma primeira experiência com o qüenco (pato) então, recorri a minha Ofélia atual, Claude Troisgros e sua receita de Pato com laranja, que é um clássico francês.
Eu queria ter comprado um pato fresco num bom aviário, mas o que tenho aqui, por trás dos montes, é um criadouro de patos, e outras aves, que abatem o bichinho pra você, mas que né, não me animou muito rs. Apesar de que o peru de natal mais delícia que comi foi criado no quintal. Deixe estar, quem sabe crio coragem, né? Dessa vez foi pato congelado mesmo.

A receita está no site da GNT aqui. Adaptei algumas medidas, tipo ao invés de 1,5 kg de açúcar usei apenas 1 kg, usei mais Cointreau; eu sou uma pessoa indiciplinada. O certo é que a gente sempre deve dar uma adaptada em receitas, porque o segredo pra dar certo é ter instinto e não seguir as coisas ao pé da letra ;) .

Posso dizer que dá trabalho fazer pato, mas é uma delícia! O caldo de especiarias da receita deixa a casa com um aroma maravilhoso e o suco de laranja mais Cointreau  anulam o odor familiar do pato, deixando apenas o sabor. Da próxima farei o pato recheado e devidamente desossado da Julia Child para aproveitar mais a carne.

Vocês minhas leitoras que têm intimidade com a cozinha façamfaçamfaçam!

Leia Ofélia; leia Claude, leia Julia!

Bon appétit!

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