ABC do RQ: M (McQueen)
>> quinta-feira, 7 de abril de 2011
McQueen
Das existências criativas mais geniais que já passaram por esta vida, sem me sentir nem por um segundo sequer em exagero, pois Alexander McQueen é daquele tipo que extrapola seu âmbito criativo para abraçar outras instâncias. Da moda, para a arte.
Sem entrar em discussões de filosofia e sociologia das artes, comparações entre o que quer que seja, apenas observem que, acima de tudo, arte expressa o humano em suas baixezas e grandezas (amen Prof. Linhares Filho).
Sim, a roupa é fugaz, tanto quanto a vida.
Contruindo imagens, tecendo devaneios na trama de coisas incríveis que ora vestiam, ora despiam para revelar a alma humana. Pássaros, o crânio nu, a sisudez pesada do alfaiate perfeito que era Lee, que se entregava ao desespero criativo de dobrar, redobrar, franzir, abrir, rasgar, pintar, queimar e chocar a si, para acordar do sonho ruim que é o silêncio dos incompreendidos e dos solitários.
Confiram ainda:
Sobre Plato's Atlantis aqui;
A última coleção aqui;
A angústia da criação aqui.
Imagem: McQueen 2001.