Xoxos da meia noite: a essência das Maisons

>> quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ontem veio à baila que Chistophe Denarnin saiu da Balmain e logo veio o côro dos que super simpatizam com a marca (que foi sim digamos, reformulada por Decarnin) lamentando sua saída, ainda sem explicação.

Depressivo, com problemas mil, sabe-se lá quais, lamentável coisa e tal, mas o que me ocorreu no imediato instante em que soube da nova, é que a Balmain perdeu a essência. Não, não falo da saída de Denarnin, na verdade seu trabalho na Maison, por mais instigante, fresco, moderno, rocker (que eu gosto) tenha sido, o certo é que a Balmain de Monsieur Pierre morreu ali, naquela retomada reformulesca de cinco anos atrás.

A Givenchy também passou por isso, muito fortemente nas mãos do genial Alexander McQueen que, por mais genial que eu considere, não deixa de ser, ao meu ver, uma violência, tamanha descaracterização. Nas mãos de Tisci também não foi diferente, talvez um pouco mais leve.

A mesma coisa a gente viu em 2002 com a nome Yves Saint Laurent às voltas com o indefectível Tom Ford, que por sinal em 2009 afirmou que Monsieur Saint Laurent era uma pessoa má, vocês lembram? Bien, não sei se eu quereria ser uma pessoa boazinha e compreensiva com alguém que descaraterizasse toda a obra de uma vida, mas...


Certo ou errado, não vem ao caso, ao menos não é o intento aqui, quero é salientar como deve ser árduo o trabalho de manter as caraterísticas essenciais de um compêndio criativo e talvez por isso (ego) a gente nunca consegue a essência das Maisons conservada, salvo Chanel, não é mesmo?

Dai que eu acho graça de quem teta menosprezar Lagerfeld, que se impõe, sem nunca destruir a essência Chanel.



Inté.

Imagem: Chanel 2011.

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