The Crow (O Corvo)

Poucas coisas são tão a cara do Halloween, ao menos do meu Halloween, quanto este filme (e sua sequência, falamos sobre daqui a pouco).

Eu era então uma super jovenzinha dona de sua vida, mini-midi-empresária (19 anos) do ramo das festas infantis e que tinha como principal passa tempo, quando tinha tempo, alugar filmes, desde os arte aos classe b, c, d na gigantesca locadora da área comercial de Sobradinho (Brasília).

O caminho era muito agradável, morávamos de frente para a área verde, que era um túnel de trepadeiras e de vista o que para mim eram serras (na verdade Sobradinho fica numa depressão no Planalto, dai que  as serras que eu via, não eram serras). Esta época do ano é justamente quando passa o período de umidade quase zero e estiagem e começam as assustadoras chuvas do cerrado. O céu fica que parece o fim do mundo, é muito lindo. E as brumas pela manhã?

Entao, lembro que foi numa tarde assim que sai com meu primogênito para ver o que tinha de bom e estava lá, The Crow, baseado no quadrinho homólogo (que eu colecionava junto com Sandman - eu tenho um gosto por coisas desta feita; Tarantino me entende rs). Óbvio que levei pra casa para conferir e deu em amor até hoje.

A fissura era tanta que assistimos na aparelhagem do atelier branco, cercado por enfeites e tules e o mundo mágico de criança (que muito me lembrou a minha infância e o clubinho do terror). O clima gótico-punk do filme era o mais puro disparate, mas e dai, né?

Com música tema do lindo do Bob Smith e seu The Cure, como é que eu poderia resistir, né?

Não resistam também!

Bisous.