Branco

>> quinta-feira, 14 de outubro de 2010


É tão bom descobrir coisas que a gente sequer suspeitava, né? As vezes por implicância.

Eu fui uma criança branca, no sentido de usarem em mim, porque eu não decidia nada que usava (e isso para um ariano é um inferno) um mundo de roupinhas brancas. Vestidos, jardineiras, meias, sapatos, lacinhos, etcetera, etcetera. E como eu era uma moreninha sem Sol, pálida, a minha auto-imagem era uma coisa esvaecida.

Já falei da minha rusga com sapato branco. No mesmo 'rusgamento' rs, falei que sim, apesar dos pesares, meu primeiro sapato de mocinha era justamente um saltinho branco.

Mas peguei uma raiva da cor branca, durante muito tempo parecia uma coisa latina, ad infinitum.

Dai a maturidade chegou e eu morei numa casinha toda branca e tive um atelier de festas, todo branco. E quando compro flores, é sempre gypsophila, branca, e copo de leite, branco. E adoro camistesas, brancas. E poucas coisas são tão chiques quanto uma calça branca, bem cortada. E poucas coisas são tão delícia quanto uma camisola branca, limpa e fresca. E comecei a reparar o tanto que amo imaginar desenho nas nuvens, que são brancas. E como simplesmente amo olhar pra cor do leite, que é branco. E que minha próxima casa é branca e que, simplesmente, uma das coisas que me deixam mais feliz na vida, é vestido de noiva, que é o quê? Branco.

Como é bom cair em si, né rs?

Bisous.


Postar um comentário

Salut!

As amigos que sempre vêm por aqui, é muito bom contar com a participação de vocês.

Aos que escrevem pela primeira vez, sejam bem-vindos.

Aos que preferem postar anônimo, saibam que serão liberados se:

usarem o espaço de forma sensata, porque a gente não chega na casa dos outros com libertinagem, esculhambação e nem jogando lixo.

"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

Au revoir.

Related Posts with Thumbnails
Creative Commons License
Reverbera, querida! por Eliza Leopoldo está licenciada sob Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.