Os esmaltes e os 15 minutos da saturação

E eis que mais uma marca nacional, como era de se esperar, traz à baila uma coleção primaveril pastel.

Tudo muito bonitinho, mas...

Segundo minhas contas, as quatro marcas, as que falei antes mais a de hoje (posts aqui e aqui) estarão jogando no mercado, nada mais nada menos, do que 50 vidrinhos de esmalte teoricamente novos, lançamento, coisa e tal. Né rs?

E prestem atenção, não são 50 novidades (na verdade as tais benditas cores pastel já se inspiram em coleções de fora, como mostrei aqui).

Esta conexão com as novidades vindas da Europa e US é bem bacana, contudo acho um tanto exagerado que todas as marcas mais conhecidas (desde as que nos acompanham desde sempre, como a Risquè e a Colorama) até as recentes façam coleções muito próximas.

Salvo engano, acredito que é a primeira vez que marcas lançam quase simultaneamente coleções com cores muito parecidas, com as mesmas inspirações, etcetera.

Óbvio que a gente sabe que existem 'n' cores que se repetem e não só da mesma marca (como o Havana e o Toque de Ira), mas desta vez a coisa está mais substancial no quesito 'bebemos todos da mesma fonte'.

Este post será lido e detestado por um monte de chéries (eu sei que vocês me leem ;)) que pouco ou nada se importam em comprar a mesma cor de esmalte, apenas variando marca e nominho criativo. Irão comprá-los mesmo assim ou ganhá-los das benditas marcas e fazer seus testes, super científicos e relevantes para o bom raciocínio e abrir de horizontes via bloguelândia (nada contra, adouro uma besteria, apesar de que tudo atinge um ponto de saturação), para ver como ficam em suas diletas mãozinhas.

O bom é que terão pauta (a mesma) para muitos e muitos posts com muitos e muitos comentários desesperados, todos ávidos para se mostrar e galgar o seus muito longos 15 minutos de fama virtual.

Andy Warhol, era assim mesmo? Procede, meu bem?