Iguatemi Fashion Mix, a memória afetiva e a moda

>> domingo, 26 de setembro de 2010


Este texto nasceu um, mas de tão amojado (prenhe) pensei logo em lhe dividir a vida, e esta é sua primeira parte.

Praticamente me sentindo em Fortaleza, de tão inteirada que estou de seus assuntos rs. Quase sentindo o sabor do frapê do Santa Clara Café Orgânico, lá no Dragão do Mar ou daquela cria do capeta, que atende pelo nome de chopp de vinho do Bixiga rs.

O certo é que, muitas informações estão me chegando, dai a gente procura por mais, porque a gente tem que alimentar o bloguinho de alguma coisa, assim como alimentar nossa curiosidade. Inté porque o jardim do vizinho sempre nos parece mais florido, né? Apesar de que luto muito contra a minha inerente natureza humana.


Pois então, do FFW, já citado aqui e aqui, fui apresentada ao Iguatemi Fashion Mix, que teve lugar esta semana que passou.

Sobre o evento, vocês podem saber de tudo através da Márcia Travessoni, que é, à nossa maneira de absorver, apesar de que detesto comparações, nossa Glória Kalil. É só para que entendam o posicionamento.

Na verdade, o laço é mais forte, do que com Glória Kalil, que muitas pessoas associam apenas a: aquela senhora de preto que apresenta um quadro de etiqueta num certo programa duma certa emissora.


A maioria esmagadora das pessoas nem sabe e nem quer saber de seus livros, do site Chic, etcetera.


Já com Márcia Travessoni a relação é de alguma forma mais estreita. Talvez porque apresente o M de Moda toda a semana numa emissora local e por isso mesmo está muito próxima de todos, e não apenas dos estudantes de moda e dos emergentes nomes modísticos da Maria Tomásia (apesar de que considero a Monsenhor Tabosa a ebulição criativa de tudo, mas deixa).


Na verdade, talvez seja até mais próxima a relação que o cearense, especialmente os que moram em Fortaleza, têm com moda.

Há toda uma intimidade no trato com o tema através de algo que faz parte da nossa cultura, o artesanato, que é inegável, faz parte da nossa identidade, desde o mais rústico ao mais sofisticado, como as crafters americanas, japonesas, inglesas, etcetera.

A necessidade que a gente tem de entender moda, tentar abarcá-la, como num abraço, vem de muito tempo. Os cursos mais antigos começaram a pipocar cedo-cedo no SENAC Ceará. Já ouvia a costureira da família, a Terezinha, falando do curso de corte e costura do SENAC, nos idos de 1980.


Não posso afirmar ao certo, mas acredito que o curso de Estilismo e Moda da Universidade Federal do Ceará é dos poucos cursos de moda em universidade pública, o que já aponta uma necessidade de que aquela conhecimento possa chegar ao público e não apenas a quem possa pagar.

Esta história é tão antiga, tem muitas nuanças, remete a um passado de crise têxtil europeia, nosso flerte com os Estados Unidos, o nosso setor têxtil, emergente, de vento em polpa, abastecendo a tudo e a todos, não sem as devidas consequências, mas esta é outra história.

Bisous.

Imagem: adoro esta foto, toda desfocada, da BeiraMar em Fortaleza.

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