Impressionismo, Paris e a modernidade

>> quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


essa foto é de um espaço para interação, acho que para crianças, quase choro quando vi o tamanho do painel das bailarinas de Degas

Semana passada finalmente consegui conferir a exposição dos Impressionistas (Impressionismo: Paris e a modernidade, direto do Musée d'Orsay) no CCBB, um sonho para alguém que ama as artes, a França e o Impressionismo, como euzinha. E veja bem, se você ainda não foi, acredite, ainda dá tempo. Aliás a exposição está com horários alternativos, terça e sábado das 9 h às 0h e parece que terá algum dia com estacionamento de graça, acho que sábado e domingo agora, dias 12 e 13, quando acaba a exposição, o que é muuuito legal, porque ninguém merece o Cortes Menezes e seus valores insanos, tampouco deixar o carro nas ruas no Centro do Rio. Como?

Mas vamos lá à narrativa dos fatos que, quando se referem a minha persona, sempre são algo de insólito. Uma fila dando volta no prédio lindo do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que não é necessariamente insólito, porque sim, brasileiro gosta de conferir exposição de arte, especialmente quando é  de graça e algo meio manjado (lindo, eu amo, mas o Impressionismo é manjado, é quase a cara do intelectualóide que aprecia 'azarte'. quero ver nêgo passar quatro horas em fila para conferir instalação de cesto de papel picado no Brésil). O quê mais? Chuviscando, cercados por toda a fauna do Centro do Rio, como vendedores de biscoito Globo, a pipoca mais inflacionada do Hemisfério, travestis surtados (a melhor parte) e gente u-ó na fila. Como Thiago é um santo, ficou guardando lugar e eu fui conferir as exposições do Centro Cultural Correios, vaziovazio, outro prédio lindo, com escadaria de madeira e elevador antiguinho, daqueles abertos e, com coisas lindas se passando por lá, como a exposição da vida de Mário de Andrade e uma exposição de fotos de moda, que até me fez rolar uma lágriminha, nhoinn.

Quando a fila andou metade do quarteirão, voltei, só que mesmo com toda a horinha que fiz, ainda assim foi uma eternidade na bendita da fila. Coitado do Thiago que ficou o tempo todo. No total foram três horas - isso mesmo, minha gente - três horas com toda a fauna descrita e mais outros exemplares, como a criança pirada e mal educada se jogando nas pessoas com nintendo na mão. Adendo: o mesmo fedelho passou a mão em algumas telas - pois é, eu tive ímpetos assassinos, mas como sempre, me controlei, porque né.

Vieram muitas telas, um monte de Renoir (chéri Renoir) e Monet que vocês todos conhecem, para se apreciar e brincar de perto e longe, para conferir o efeito impressionista das telas, procurar o foco de luz (onde tem mais tinta clara), para encontrar o tema do quadro (funciona muito com a tela do Degas - a única que veio, infelizmente). Mas prestem a atenção para a tela Le Bain de Stevens, repare no que está na saboneteira na parede.

Apesar das três horas de fila (leva esse mesmo tempo no d'Orsay?), as criaturas estranhas, dos mal educados, e do roubo dos estacionamentos do Centro do Rio, fora a impossibilidade de se tomar com café na Colombo que estava abarrotada de turistas e locais surtadinhos no ladrilho hidráulico, vale muito a pena.

 o livreto da exposição, que consegui com muito esforço, porque vamos dizer que a distribuição estava uma cousa assim, maçônica.

 Kelly achou esta Tour Eiffel na rua


  eu e minha obsessão por Renoir. a tela escura, minha favorita, não veio, porque está no museu Pushkin em Moscou, daí né


o folhetão da exposição, este é fácilfácil de conseguir

Bisous.

Imagens: T2i

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