Leituras de outubro ^v^

>> quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Esse ano retomei meu hábito de leitura que era, digamos, voraz, porque eu lia de tudo e muito: leituras acadêmicas (basicamente crítica literatura, história da arte, teoria lingüística), leitura de fruição (contos de fadas, contos celtas, mitologia, esoterismo, livros de gatinhos, nhoinn) até as bestagens destruidoras de neurônios, como o terrível quem mexeu no meu queijo. Quase que não me recupero, mas tudo bem.

Contudo, apesar de todas essas leituras, algumas, confesso, um desserviço ao meu constructo intelectual, li pouco de literatura em si durante a universidade, porque simplesmente não vivia, eu me arrastava até o campus.

Por sorte é que li muitomuitomuito antes da academia. Li os clássicos da nossa literatura, os clássicos universais mais conhecidos, todo um cânone e eu nem sabia quem diabos era Harold Bloom. Mesmo assim, consegui entrar para o curso de Letras sem ler James Joyce. Conhecia nem de nome. Repare que eu conhecia e havia lido algo do beatnik e nada de Joyce. Inclusive fui motivo de chacota por conta disso. Adendo do abuso: curioso era que o povo não possuía metade das minhas leituras de literatura brasileira, mas euzinha não conhecer Joyce era um absurdo. 

Mas tudo bem, eu li Joyce, alguns contos do caolho irlandês e o famoso Ulisses, tido durante o curso. E ao contrário do que pensava, eu me apaixonei. Só que ler algo do porte de Ulisses durante a universidade foi a mais perfeita exceção, porque via de regra é a dona academia que dita as suas leituras. Após dar uma banana concluir minha vida acadêmica, fui retomando meu velho e bom hábito de ler feito doida. Por agora estou numa fase de releituras, compras felizes para leituras vindouras. Tudo lindo. 

Outro hábito de gente perturbada é dividir as leituras por  épocas peculiares. Explico. No verão acho bonito ler Macunaíma, na primavera Cecília Meirelles. Não faz o menor sentido, eu sei.

E essa época do ano, as leituras de outubro, invariavelmente retomo meu apego ao Bram Stoker (imaginando Maicon e Jacintinha pronunciando Stoker com aquela lindo acento britânico ♥).



Minha edição do Drácula é daquela coleção de banca de jornal, Nova Cultural, capa dura, letras douradas, traduções célebres e preço besta. À época foi coisa de R$ 11,00 e por um livro lindo. A coisa mais próxima disso é a coleção Penguin Classics que a gente encontra na Cultura por R$ 70,00 ou a Wordsworth da Saraiva, por volta de R$ 50,00.



Esse livrinho preto de folhas azuis (lindolindolindo) é uma sacanagem com vossas mercês. Achei num sebo (Arte & Ciência em Fortaleza) e me custou 5 moças da república. É da Editorial Estampa de Lisboa e tem 24 anos a minha edição ou seja, mais velho que a maioria d'ocês, né? Pois então.

Os camefeus que aparecem nas fotos são outro vício meu, que coleciono camafeus, por enquanto uma coleção pequena, com cinco exemplares.

O fofinho de caveira de lacinho é de uma loja de bijuterias aqui do Rio, que eu esqueci completamente o nome. Os outros foram comprados num antique do Ebay. O de prata é bem antigo.

Inté.

Imagens: T2i.

Postar um comentário

Salut!

As amigos que sempre vêm por aqui, é muito bom contar com a participação de vocês.

Aos que escrevem pela primeira vez, sejam bem-vindos.

Aos que preferem postar anônimo, saibam que serão liberados se:

usarem o espaço de forma sensata, porque a gente não chega na casa dos outros com libertinagem, esculhambação e nem jogando lixo.

"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

Au revoir.

Related Posts with Thumbnails
Creative Commons License
Reverbera, querida! por Eliza Leopoldo está licenciada sob Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.