Crônicas de décor: Keep Calm, Toile de Jouy

>> quarta-feira, 6 de junho de 2012


Este final de semana consegui colocar em prática o projeto-o-sonho-a-esperança quarto renovado, contei algo sobre ici (aqui). Então precisei sair pra ver as coisas, o que me levou a um (interminável) passeio de carro, como sempre: via Dutra, Linha Vermelha, cuja vista é um misto de holocausto e a Índia do filme do Gandhi, dai Linha Amarela, com uma vista um pouco mais agradável, quando chegam os morros verdejantes e os tunéis de pedra, porque antes é o Complexo do Alemão e desculpa, não consigo apreciar favela, consigo me sentir mal, culpada e envergonhada pelo fracasso que é a nossa sociedade. Mas deixando a quenga da minha consciência social de lado, voltemos às besteiras.

Então, depois de outra quase trombose de tanto tempo sentada naquela posição ótima para a circulação sangüínea que é o banco do carona, chegamos a minha Tok&Stok favorita, a da Barra da Tijuca. Grande, a cara da classe média emergente, ao lado do templo de consumo decorístico dos novos ricos cariocas (e fluminenses), o Casa Shopping.

O povo gosta de aloprar com a Tok&Stok. Falam dos preços, falam do público, comparam a Ikea (minha gente), mas todo mundo compra lá. Manuel Carlos compra lá. Cássia Kiss gosta da Etna. Eu detesto, mas tudo bem. Tok&Stok tem estampinhas de Ronaldo Fraga, está com uma linha (lindalindalinda) da paçoca amor, que nunca vi e sempre amei. Ô gente chata.

Sim, eu vi de pertinhopertinho a linha paçoca e desejei (e terei) ao menos um item, quase certo que seja a mesa lateral, apesar de que queria mesmo era a mesa de centro. Chegaram bules coloridos, tons pastel. Tinha rosa e azul. Chorei baixinho num canto, porque não pude levar. No momento não tenho canto pra eles. Mas deixa. O certo é que estava lá pra comprar estantes que servissem de repouso para os meus livros. Certo, confesso que quase não quis comprar as estantes pra comprar a linha paçoca, os bules, mas né. Quando estávamos indo para o caixa, dei de cara com uma mesinha roxa, fofa e elá só custava R$ 50,00. E foi no embalo.

Dai consegui que Thiago me levasse a Leroy Merlin, que ele odeia e eu amo. Amo porque sempre encontro algo bom, como tulipas em flor (que morrem duas semanas depois), umas mudinhas de tomilho, papéis de parede com preço humanamente possíveis, que era o meu intuito. Nem precisei procurar muito e encontrei com alguns rolos de estampa toile de jouy (roupa de jouy, juro que conto a estorinha dessa estampa francesa num post sobre). E de quebra ainda encontrei o capacho mais lindo da vida, a minha cara (pode pensar que tenho cara de capacho), a cara do meu cafofo: keep calm and come in.

Terminamos indo comer algo pouco saudável e delícia no Downtown, de frente pra um carrossel fofo.





As estante mostro depois.


Essa última foto é do Miu no sofá encosto que fica no meu quarto. A capa mostarda foi uma cortesia que eu dispensava. Já não bastava ser uma capa de sofá, a cor é mostarda pavor. A manta é de tricot e fui eu que fiz, num ponto que eu não lembro mais, numa época que nunca esqueço.

Bisous.

Imagens: 1, 2, 3 e 4 Instagram; 5. T2i.


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