Qual é a sua idade mesmo?
>> quarta-feira, 7 de março de 2012
Olá, meu nome é Elizabete e estou com 35 anos. Na verdade na verdade na verdade, estou com quase 35, é que completarei só dia 24 próximo, mas é que tenho por hábito já virar o ano novo me sentindo mais velha e isso é desde os 15.
Nessa idade tinha muita vontade de ser levada a sério, sabe como? É que eu já trabalhava, encarava a vida. Mas todo mundo me achava uma pirralha, o que é natural, porque eu era mesmo uma pirralha. Dai eu torcia com força para os anos passarem rapidinho, que a vida adulta chegasse. E ela chegou que chegou. E foi difícil, mas estou aqui, que nem Clarice "de qualquer luta ou descanso me levantarei forte e bela como um cavalo novo", (trecho do final de Perto do Coração Selvagem).
Coisa que percebi de pronto é que a vida é leve, a gente é que vai colocando os pesos, os obstáculos e fica teimando, teimando. Às vezes a gente teima tanto que, se vir alguém que se faz o favor de deixar a vida leve e doce que nem brisa de primavera, não suporta. Já repararam? Pois é.
Mas, apesar dessa vontade de ser levada a sério, porque afinal a vida havia se contextualizado pra mim em uma coisa muito séria desde muito cedinho, nunca deixei certas coisas me abandonarem, como a alegria simples e pura, uma coisa meio que moleca, hábitos que podem parecer retardamento mental, tipo tomar achocolatado de canudinho (oi, Professor Linhares), me permitir chorar em filmes como Up, Wall-e, colecionar toys, pintar unha de cor bobinha (afinal passei quase 15 anos pintando 'azunha' de preto, desculpa'ê), ler conto de fada, sonhar com carrousel, amar meu vestido de rodar-rosa-gata-garota, acreditar em pirlimpimpim, etcetera coisa e tal. Nada disso impediu a graduação, a pós graduação, a falar francês, a andar de salto alto, a dar aula, a criar filho. Olha, posso até afirmar que todo esse meu contexto de vida bobo fofuresco só ajudou, porque a vida não é difícil, mas as pessoas são.
Mas, apesar dessa vontade de ser levada a sério, porque afinal a vida havia se contextualizado pra mim em uma coisa muito séria desde muito cedinho, nunca deixei certas coisas me abandonarem, como a alegria simples e pura, uma coisa meio que moleca, hábitos que podem parecer retardamento mental, tipo tomar achocolatado de canudinho (oi, Professor Linhares), me permitir chorar em filmes como Up, Wall-e, colecionar toys, pintar unha de cor bobinha (afinal passei quase 15 anos pintando 'azunha' de preto, desculpa'ê), ler conto de fada, sonhar com carrousel, amar meu vestido de rodar-rosa-gata-garota, acreditar em pirlimpimpim, etcetera coisa e tal. Nada disso impediu a graduação, a pós graduação, a falar francês, a andar de salto alto, a dar aula, a criar filho. Olha, posso até afirmar que todo esse meu contexto de vida bobo fofuresco só ajudou, porque a vida não é difícil, mas as pessoas são.
Então né, vamos ser felizes.
Bisous.
Imagem: Somewhere over the rainbow ♫ - uma das coisas mais lindas que vi na vida foi meu antigo coordenador, que já tinha una 40 anos, assistindo todo emocionado a exibição do Mágico de Oz, que coloquei pra minha turma do curso de Leitura, meu último trabalho em Foraleza ♥.