Eliza Fotografa (e conta) - mais lembranças do carnaval
>> domingo, 26 de fevereiro de 2012
Dias atrás, antes do recesso, postei uma fotinha que tirei do meu carnaval hipster. Fotinha com filtro dos sem iPhone (picplz), antes de me ausentar do convício virtual. É bom que saibam que meio que me ausento aussi do convívio social, porque sou meio misantropa (já fui pior).
Gosto de me esconder em casa com cervejas belgas, filmes, sopa pop art e caixas fofas de mistura pra bolo e pudim que tipo, eu faria melhor, mas não resisti e comprei porque era muito bonitinho. Thiago morreu de desgoto, mas é o jeito.
Poucas vezes viajei no carnaval. Viajei quando era adolescente, com um grupo da escola, dois professores e o resto, todo mundo adolescente. Foi pra Canoa Quebrada. Lugar lindolindolindo, mas foi o horror. Ainda bem que ao menos dois amigos foram, porque podemos dividir toda a náusea do feriado ouvindo forró e testemunhando o retardamento da figura humana que vomita e rola no próprio vômito - uma vez testemunhei um homem adulto e pai de família fazer o mesmo. Sim, a gente bebia, mas tinha um código de ética de não beber pra passar vexame, ou seja, na frente de familiares e professores. Senso de ridículo é coisa que nasce com a gente.
Poucas vezes viajei no carnaval. Viajei quando era adolescente, com um grupo da escola, dois professores e o resto, todo mundo adolescente. Foi pra Canoa Quebrada. Lugar lindolindolindo, mas foi o horror. Ainda bem que ao menos dois amigos foram, porque podemos dividir toda a náusea do feriado ouvindo forró e testemunhando o retardamento da figura humana que vomita e rola no próprio vômito - uma vez testemunhei um homem adulto e pai de família fazer o mesmo. Sim, a gente bebia, mas tinha um código de ética de não beber pra passar vexame, ou seja, na frente de familiares e professores. Senso de ridículo é coisa que nasce com a gente.
Depois, rolou outra viagem, pra outra praia paradisíaca do Ceará, Jericoacoara. O axé já havia dominado o mundo e imagine meu drama, porque eu odeio tudo isso. Não foi legal.
Uma única outra vez fui de carro com amigos pra conferir o então Festival da Neblina, festibal de Jazz & Blues que rolava numa serra mais ou menos perto de Fortaleza, Serra de Guaramiranga. Música boa, de graça, teatro Raquel de Queiroz bem ali, friozinho, e breguices tipo fundue com vinho. Hoje em dia o festival mudou de nome e ficou maisntream, pop, super lotado e com mais fundue ainda. O horror aussi.
Dai meus carnavais se tornaram uma espécie de ritual do recolhimento. Passar na Distrivideo (ô saudade), alugar pencas de filmes pra assistir escondidinha em casa. A diferença é que hoje em dia tenho uma coleção de dvd bem interessante e muitas canais da tv via satélite. Amen.
Imagens: Feitas por mim com uma Sony Cyber-Shot DSC-W53, com filtro do picplz que é tipo, o Instagram dos sem iPhone.
