Mélanie Lupin
>> quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Ontem a gente falou de Amélie, aquela fofa, aliás durante toda a semana muito sobre Amélie há de se mostrar aqui no bloguito, mas hoje o dia é duma mocinha que é quase uma anti-Amélie ou uma resposta a Amélie: Mélanie Lupin.
Pra quem não conhece - e não é muito difícil não conhecer a Mélanie, porque o filme mal e parcamente foi divulgado no Brasil (dá para assistir vez por outra na rede HBO) - Vilaine (Mélanie, a Feia - em português) é um filme francês de 2008, uma comédia bem ao estilinho do povo das baguetes ou seja, bem terrível.
Por que a gente entende a Mélanie como alguma espécie de resposta a Amélie?
De partida, Mélanie dá todos os sintomas da bondade e ingenuidade da heroína de Montmartre, Amélie Poulain: ela é compreensiva, meiga, mora num apartamento bonitinho (só que no interior da França), é garçonete, tem o mesmo cabelinho a la Chanel (só que uma é - teoricamente - feia e gorda, que é a Mélanie e a outra é magra e lindinha, apenas desarrumada, que é a Amélie) - eu acho Mélanie gata - , faz tudo para ajudar as pessoas, especialmente as que não merecem, como o trio de amigas falsas como fogo de monturo (pra caramba em cearencês). Tudo bem, Amélie só ajuda quem merece, mas né, deixa pra fins de comparação.
Dai que um dia Mélanie se irrita, se rebela e cada um que se cuide. Uma cousa meio Ela É o Diabo, sabe como rs? Pois então.
A partir dessa segunda parte do filme, que é a parte catártica, da Vilaine propriamente dito, a gente se depara com cenas e situações politicamente incorretas, pequenas e grandes maldades, merecidas, portanto hilariantes. O final do filme proporciona, para quem tem humor negro, algumas das melhores risadas da vida.
A trilha é um passeio delícia pelo kitsch da década de 80, a fotografia é fofa, meio vintage pastel, creio que pra ornar com o clima bucólico de interior francês.
Mélanie, sua diaba!
Bisous.