Crônicas da mudança - de Paris e do Caruaru

>> quarta-feira, 13 de julho de 2011


Compartilhei com vossas mercês todas as alegrias, venturas  e desventuras (ô) da reta final da casa nova. Os detalhes finais, os pequenos sonhos relatados em prosa alegre, exagerada. Devaneios de uma pseudo fashionista. Agora se desdobram em novos escritos, da mudança.

Este primeiro momento quero lhes contar da mudança em si que, e não poderia ser diferente, foi quase que uma tragicomédia.

Cheguei a pensar mesmo que não nos mudaríamos nunca, haja visto que a obra se estendeu por quase três anos e, de acabamento foram alguns meses, custosos, demorados, sinônimo da bancarrota. Mas eis que o dia chegou e nós estávamos mesmo nos mudando do apartamento de quartzo verde para nosso sobrado de madeira e luz, vizinho ao pinheiro gigante.

De véspera mal dormimos algumas horas. Mudança marcada para as  7:30 da manhã do outro dia. Naquela semana foi uma loucura de idas e vindas levando as miudezas nem tão miúdas, como um guarda-roupa desmontado e montado por mim, de 1m 60 de atrevimento arianístico.

Os dias anteriores à mudança foram de sol num começo de inverno a cara do Rio. Quente. Mas, e sempre há uma conjunção assim, o dia da mudança nasce cinzacinzacinza, se transformando em chuva, fria e forte. Ao menos para minha mitologia particularíssima, é sinal de sorte, mesmo que atrapalhe um pouco, mesmo que atrase um pouco as coisas, um atraso módico de quatro horas para o caminhão da mudança chegar. Porque Murphy é a verdade.

E após o atraso,  todas as coisas aqui, na casa nova, é olhar feliz para o caos de caixas e móveis desordenados e tentar enxergar onde cada coisa há de ficar. É torcer para o cachorro hiperativo se aquietar,  para o gato já tão surtado reconhecer a toca nova, para que as revistas e demais correspondências sejam entregues, para que as plantas da jardineira não murchem, e se encontrem com o sol da área.

O resto? Conto aos poucos nas próximas crônicas da mudança.

Inté.

Imagem: acervo.

Postar um comentário

Salut!

As amigos que sempre vêm por aqui, é muito bom contar com a participação de vocês.

Aos que escrevem pela primeira vez, sejam bem-vindos.

Aos que preferem postar anônimo, saibam que serão liberados se:

usarem o espaço de forma sensata, porque a gente não chega na casa dos outros com libertinagem, esculhambação e nem jogando lixo.

"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

Au revoir.

Related Posts with Thumbnails
Creative Commons License
Reverbera, querida! por Eliza Leopoldo está licenciada sob Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.