Sobre as semanas de moda brasileiras
>> terça-feira, 11 de janeiro de 2011
O certo é que, por estas passarelas, da terra da bossa e da terra da garoa, desfilam o que a gente consegue identificar como autoral, moda que o seja, às vezes, em bons tempos, víamos conceito (como o maravilhoso desfile final -? - de Jum Nakao), mas minha gente, por vezes é só nome mesmo e está ai o detalhe que mais reforça esta autorização do Rio e de São Paulo enquanto os pólos modísticos do Brasil, os grandes nomes, as grandes marcas, em termos de alcance, venda, preço, desfilando ao menos duas vezes por ano no Pier Mauá e na Bienal.
Acho que mais do que ficar preocupado se a nossa moda já está madura, se não está, se passou direto do estágio de verde para o podre (tenho pensando muito sobre) o mais oportuno é a gente ter em mente que nossas semanas de moda, talvez não por culpa da organização e das estrelas (os criadores), funcionam como um espetáculo quase pão e circo e que este quase, reside unicamente no pormenor de não ser de graça.
Inté.
Imagem: um dos mantos do Bispo do Rosário, "que nem beija-flor, a dois metros do chão".