Paris Couture S/S 2011- Chanel e os laços

Pela vida algumas pessoas, talvez a maioria, criam laços com as pessoas e as coisas. Acho impressionante como algumas outras conseguem se desprender de memórias tácteis e se desfazer, por exemplo, do óculos que a amiga trouxe de presente de algum lugar.

Guardo com muito carinho:

uma caixinha de moça pra guardar sossega leão que Cida me deu;
a jaqueta preta presente do Maicon;
dvd do Sinatra que ganhei da J.;
a edição rosa de contos da Mansfield que Bel me trouxe de Paris;
um par de brincos e cordão de borboleta.

Não tem como me desfazer de nada disso. Mas respeito e procuro entender quem não cultiva laços. Nem os materiais, nem os pessoais. E eu já vos disse que sim, tenho um laço de matelassê, apertado e perfumado de aldeido floral com a Chanel.

O certo é que invariavelmente achamos o desfile da Chanel, ainda mais quando é Couture, o máximo de lindo e de maravilhoso e tudo o mais que nos ocorrer em termos de exageros, porque com a Chanel é sempre muito amor, até quando não amamos muito.

Contudo, desta vez não foi com muito amor que olhamos para esta coleção da Couture Chanel, mas sim com o respeito que lhe é devido. Apesar de uma certa pasmaceira pastel.

Mas sempre há...