A pele, todo um enredo
>> quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Desde que cheguei ao Rio e constatei que sim, existem lugares mais quentes do que Fortaleza ou Brasília, no périodo seco e com muito Sol, tenho observado certas mudanças na pele do meu rosto.
Toda a minha vida provinciana na Cidade do Sol e da luz, Fortaleza (o ano inteiro na média dos 30º e umidade truando), minha pele não passou por tantas metamorfoses como aqui, no Rio.
Tenho Lupus. Apesar de que meu tipo, graças a tudo que é bom e que alumia, é dos mais brandos, não é muito bom para minha persona a exposição ao Sol.
Em Fortaleza, não levava isso muito à serio, apesar de que nos últimos anos por lá, depois de uma série de pormenores que envolvem a saúde, comecei a me preocupar mais e fugir do Sol, ouvir o médico, na medida do possível. Sombrinhas e filtro solar passaram a ser constantes em minha vida.
Dai que, quando cheguei ao Rio, pensei que minha vida seria mais fácil, porque né, Sudeste, clima mais amênuo; ledo engano.
De começo, confesso que não acreditei neste tal de Rio 40º, até que fui apresentada aos 45º rs. Desespero pânico e terror se abateram sobre mim.
Nunca gostei de Sol e isto é um fato. Sou morena, cravo e canela, pego cor fácil fácil, coisa que sempre tive muito ódio, porque detesto bronzeado. Não me entendam mal, detesto em mim. Não combina com a minha essência, com os arquétipos que criei. Depois que descobri que tenho Lupus, o que antes era só a vaidade de querer uma pele natural e de cor uniforme (morena amarela rançosa rs) passou a ser um cuidado com a saúde. Fora o fato de que todo mundo deve realmente evitar a exposição direta ao Sol violento dos Trópicos, né? Câncer de pele está quase no patamar da epidemia abaixo da Linha do Equador.
Então, como trabalho em casa, basicamente não tenho me exposto ao Sol diretamente e constantemente há mais de um ano. Na verdade já estou neste processo de combate aos raios do Sol fazem cinco anos, mas este último ano, mais drasticamente. E eis que a pele está uniformizando, eeee!
Contudo tenho reparado numa cousa bem esdrúxula, que é a cor da pele do meu rosto, a cor por baixo do bronzeado de muito tempo.
Minha vida toda minha pele do rosto, a mais exposta aos raios do Sol, foi morena com fundo amarelo e com poderosas olheiras gigantescas roxas. Já, já volto a isto.
Adendo: eu até que gosto das olheiras bagaça, uma cousa meio nouvelle vague, film noir, bêbada e desgraçada, mas né, mãe de família tem que ser mais fofa. Ou não.
Minha vaidade foi desabrochar completamente aos 22. Antes, para mim só existiam meus cabelos e minhas unhas. Maquiagem sempre foi coisa que adorei, mas que se limitava ao trio lápis para fazer o risquinho '50, que uso desde que me entendo por gente, rímel para alongar e dar volume aos cílios e batom que sempre amei. Vez por outra gloss, que não gosto muito, porque acho melecoso e minha boca já é grande.
Blush foi coisa que me ganhou aos poucos, uns oito anos mais ou menos, quando também comecei a pirar por sombras de cores fortes. Corretivo, base e pó ou seja, a preparação da pele, faz pouquíssimo tempo, mais ou menos seis anos.
A primeira base e pó que comprei foi numa perfumaria do Shopping Aldeota (Fortaleza) da Payot. Teoricamente oil free (tenho pele mista), bem próxima á cor do meu rosto e colo. Porém melequenta, mal cheirosa. Ódio. Depois descobri num super mercado a linha Nivea Beaté (tenho até hoje e que não ficou ruim, um batom da linha rs) uma base oil free, de novo óbvio, no tom mais próximo da minha pele, médio alguma coisa, não vou me lembrar. Sei que era muito boa, leve, acabamento ótimo, cheirinho de rica e bem acessível. Deveria voltar a linha Nivea Beauté no Brasil. Mas então, esta base eu usava diariamente, de dia sem pó (na época usava um pó compacto da Avon, que super me agradava) e era super discreto e me deixava contente.
Dai a Nivea Beauté sumiu do Brasil e eu fiquei orfã de base. Passei um tempinho sem, até que a Lidi, uma fofa prima do meu amigão Maicon, consultora Natura, me apresentou à maquiagem da marca, que eu já conhecia, mas nunca havia consumido. E comprei uma base que me agradou muito tempo, até o advento da MAC em minha vida rs.
Com a duplinha feliz Body &Face que sempre foi c4 ou c5 e corretivo Studio finish que sempre foi nc30 ou nc35, estava mais que feliz.
Dai a gente descobriu, também os primers né, o santo Smashbox (tem o da Avon que estou super curiosa para experimentar) mais recentemente o minimizador de poros da bendita Clinique, milagre em forma de tubinho verde. Então, estava muito mais do que feliz, neste últimos anos, com todas estas coisinhas fofas.
Mas, os produtos acabam, né? E estou, faz um tempo, só com corretivos (MAC, Tracta e Marcelo beauty) que quebram um galho, mas meio que mal e porcamente no meu ponto de vista, para minha pele.
Pensando em comprar a base, e sabendo que o tom de pele está mais claro, fui me auto avaliar. Uma boa olhada na pele do rosto, como falei, que está devidamente desbotada de seu antigo bronzeado, e eis que reparo que, tudo bem, as olheiras, amigas de uma vida toda, estão mais pronunciadas (é uma coisa de louco, sobem para minhas pálpebras, parece que estou sempre com esfumado marrom) e o canto dos olhos, lugar interessante para colocar pontos de luz no make, estão cinzas, as vezes até meio azulados e, o centro do rosto, a região T, está (ou sempre esteve, vai saber) com fundo rosa, enquanto o resto do rosto tem o fundo amarelo rsrs, quer dizer...
Bem, quando a gente conversa com o dermatologista as coisas ficam mais calmas em nossos corações. Porque a gente descobre que é mais comum do que parece e até normal, em certa perspectiva, a pele do rosto apresentar mais de um subtom e tons até. Coisa de idade (véia), de hormônios, a bendita exposição ao Sol e o agravante do pormenor do Lupus, no meu caso.
Quanto à base, experimentando, ou como sempre fiz, intuindo, analisando, porque analisar cores é algo que faço desde sempre, a gente chega num resultado bom. Talvez MAC, talvez outra marca, porque hoje temos várias marcas e não precisa ser caro pra ser bom, na verdade, nunca precisou ;)
O que está ficando cada vez mais evidente é que precisarei de mais de um tom de base, uma mistura para chegar a minha cor. Basicamente a mesma coisa em relação aos corretivos, no caso o investimento numa paleta seria o ideal e faz tempo que ambiciono a paleta da Kriolan, apesar do precinho. Tem outras marcas, como a Coastal Scents, Graftobian e até a Catherine Hill. As duas primeiras são mais do que bem recomendadas (a paleta de sombras neutras da Coastal Scents é perfeita) já a última marca só sei que existe e nada mais.
No mais, só queria desabafar com vossas mercês rs ;)
Bisous.
Imagem: achei num blog de imagens vintage faz tempo, não lembro qual.