Cabelo colorido (vermelho): toda uma saga

 Pra começar eu quero deixar bem claro que eu faço distinção entre o que é uma ruiva e o que é alguém de cabelo vermelho ou seja, colorido.

Ruiva, pra mim, tem que ter pele clara, sardas e ter um tom de cabelo entre o louro escuro e o laranja, como a Julianne Moore ou a Dolores O'Riordan (que nunca quis a ruivice, só um cabelinho avermelhado rs).

Pessoas com características físicas como as que descrevi, quer dizer, com um pezinho na Escócia ou a Irlanda, tanto as ruivas naturais como as que se tornam ruivas porque tem todo o estereótipo e fenótipo para tal, são as coisinhas mais lindas do mundo, tipo a Nicole Kidman.

O resto todo, mesmo as de pele clara que pintam o cabelo de vermelho, pra mim, não são ruivas, mas são adoráveis cabeças de fogo rs, just like me.

Até gente linda que nem a Shirley Manson. Até porque a natureza não produz uma cor de cabelo que nem uma rosa vermelha (como as moças do Perfume) ou o Ruby Woo da MAC, né?

Estes tons fortes de vermelho pertencem a mesma vibração de se pintar o cabelo de rosa, de azul, de verde, coisa que a gente agora meio que identifica com os emos (fofos) e que antigamente era coisa de clubber (chatos).

Hoje é super comum e você vê muita chérie com os cabelinhos coloridos, chéries estas que, se tivessem nascido uns anos atrás, não teriam a mesma coragem e nem a mesma facilidade de conseguir mudar a cor do cabelo.

Se tem uma coisa muito mais fácil hoje em dia do que em outras épocas, é encontrar especialista em coloração. Em praticamente todos os salões, mesmo os de bairro que não usam Kérestase rs, incluindo ai as colorações mais ousadas, como fucsia e anil, é super fácil encontrar uma pessoa só para colorir os cabelos.

Mas prestem atenção, não estou afirmando categoricamente que os serviços que encontramos tão facilmente são o máximo. Só afirmo que é fácil de encontrar.

Adendo: por exemplo, ano passado fui a um salão super caro para retocar minhas melenas e a coloração se esvaiu em quinze dias. Tive que ajeitar em casa com uma tintura destas que a gente encontra em super mercado e mais um power tonalizante. Ficou bacana, mas né? Porque a descoloração já havia sido feita, dai o vermelho pega melhor, mas se a gente paga o serviço, a gente quer ver o resultado. Eu não voltei, porque fiquei traumatizada e também porque sou Jeca rs. Estou curtindo um trauma básico em relação a salões de beleza.

Mas voltando...

Pra manter a cor vermelha (e acredito que qualquer outra cor assim, "colorida" demais rs) é um trabalho quase que diário, cheio de cuidados e que custa um pouquinho, em todos os sentidos. A máxima de que "dá trabalho ser bonita" não é tolice. Em se tratando de cabelo descolorido e colorido o "dar trabalho" é uma verdade diária rs, do contrário o cabelo vai perdendo o brilho e a cor, até ficar uma palhinha que nem o cabelinho da Tavi (a cor está linda, mas a qualidade do fio...).

Se você é fã do visual da Clementine (eu amo a personagem, mas né rs?) é só descolorir e pouco se preocupar com seu cabelo, que ele fica Clementine feelings.

Agora se você quer um cabelo saudável, você deve se preocupar com a alimentação (porque abóbora e cenouras não servem só para pele, super fortalecem o cabelo) e entender que vai gastar e é bom pensar nos produtos para tal, tipo shampoos, condicionadores e afins específicos. Por exemplo, posso indicar que a linha Reflection da Kérestase é muito boa, que o anti-resíduos (que é super necessário pra deixar o cabelo respirar) da Neutrogena é um dos melhores e que você tem que ir a um salão com um ótimo colorista com uma certa frequência (que vai depender do tipo de coloração que se escolheu, cabelo todo, mechas, etcetera).

E viva ao vermelho.


Bisous.



Imagens: 1. Quadro de Rothko red on maroon; 2. Julianne Moore para Vanity Fair; 3. Dolores e The Cranberries; 4. Nicole Kidman (e Sandrinha Bullock) em cena do Practical Magic; 5.Shirley Manson do Garbage; 6. Clementine ♥.