Bolhas de sabão, a estrutura, Lygia, a beleza

>> quinta-feira, 25 de abril de 2013


Ontem saí para fazer algumas coisas no Centro de Ni City, aquele lugar super legal e agradável, só que não. Mil desculpas aos iguaçuanos educados que me leem, mas é osso. Gente com raiva da vida trombando em você, te culpando pelas contas atrasadas ou sei lá que mazela que lhes acometem. Fora as ruas sujas, tudo esculhambado, moças berrando em chicletês (uma variação, a mais irritante possivelmente, do sotaque fluminense) 'chip da tim da claro da vivo e da oi. e cartão de mêmória. tacabando hein." Socorro. As vezes desejo um cantinho para me esconder disso tudo, tipo a capa do Harry Potter. Ou uma bazuca, pra mode fazer a limpa e espalhar o caos. 

Adendo: Já assistiram Carnage do Polanski? Muitas são as vezes em que me deixo possuir por Nancy, a versão sóbria e a versão Nancy bêbada. Confesso que me sinto mais feliz quando possuída pela bêbada.

Bem, esta ida ao Centro sempre tem uma finalidade. Bem diferente das minhas idas ao Mercado Central em Fortaleza, que às vezes era só para sentir o cheio de algodão cru misturado à maresia. Fui comprar tranqueirinhas de festa, e tranqueirinhas super felizes, que mega compensam o stress que exemplifiquei nos outros parágrafos: bolhas de sabão. Caixas de tubos de bolhas de sabão. 

Acho bolha de sabão uma coisa tão linda, tão singela. Tão Lygia Fagundes Telles. Óbvio que por culpa de seu livro e conto a Estrutura da Bolha de Sabão.

Deixo vocês com fotinhas e trechos de Lygia.

"Era o que ele estudava. "A estrutura, quer dizer, a estrutura", ele repetia e abria a mão branquíssima ao esboçar o gesto redondo. Eu ficava olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida, nem realidade nem sonho. Película e oco. "A estrutura da bolha de sabão, compreende?" 









 
 Bisous.

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"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

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