Eu ♥ Avon

>> segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Vamos falar sobre marcas, mas não, não sobre Top Therm, e sim sobre marcas de maquiagem e o desmantelo.

Se você que me lê tem mais do que 25 anos, é certo, que nem um dia após o outro, que suas primeiras maquiagens foram da Avon, não adianta negar. Ok Avon, Payot e muito depois, Boticário e Natura. E digo mais, o famigerado rímel incolor da Avon, que não servia pra nada além de melar os cílios. Da mesma geração que achava bacana encharcar o cabelo de Neutrox, fora a enchente na pia do banheiro da escola ou da matinê, porque pra baixar o volume do cabelo, todo mundo achava certo era molhar o pobrezinho. Tosco, porém divertido.

Hoje em dia, com o advento do cartão de crédito internacional, internet e blogs de beleza, todo mundo parece que sofre de amnésia seletiva, não lembra que usou Avon, que molhou cabelo na pia, que usou calça bag. Esse povo todo nasceu usando Dior, calça skinny e óleo de argan. Daí eu fico pensando, se a criatura humana mente sobre um rímel que usou na adolescência, imagine o desmantelo.

É como negar que um dia brincou de esconde-esconde ou algo assim, que desejou muito um brinquedo da Estrela, que se sujou comendo manga, que derramou café na camisa do uniforme da escola, que colecionou papel de carta, que chorou assistindo Bambi. Negar o que te fez crescer e ser quem é, é negar o que você é agora, porque todas as nossas experiências formam quem nós somos.

Minhas primeiras maquiagens comprei com 13 anos, com o dinheirinho das aulas particulares. Foi com a moça da Avon, que não era tão bacana quanto a do filme do Tim Burton, mas que eu esperava ansiosamente. Lembro muito bem que comprei um rímel (não o incolor, o preto), um kajal (preto, que super derretia e que me causou muitos embaraços), um blush em bastão com muitos brilhos (e eu achava super chic) e um batom cereja, que era transparente, mas achava super cheiroso e gostoso (eu devia ter algum verme que me fazia comer batom). Fora isso, tinha uns brilhos tipo roll on que a minha madrinha me dava de natal. Linda de açúcar.

Apesar da experiência infeliz com kajal, eu amo Avon e todas as marquinhas boas e com preços bacanas que a gente encontra por aí. Acho que negar o que nos formou, ou seja, o que a gente é em essência, é um atrapalho de vida. Todo mundo envelhece, mas amadurecer e evoluir parece trabalho acre.

Bisous.

Imagem: meu blush mais lindo do mundo, da Avon, coleção Marimekko ♥.

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