Minha mini coleção de xicaras

>> quinta-feira, 19 de julho de 2012


Olá, depois de vinte dias com Paolo Roversi volto pra conversar sobre xícaras de chá. Na verdade pra falar da minha modesta e pirrototíssima (picurrucha ou pequerucha, como queiram) coleção de xícaras, até agora com sete variedades entre filhas únicas e conjuntos inteiros. Contando conjuntos inteiros a quantidade dá um pulo, de sete para vinte, o que ainda é quase nada, mas eu me contento com pouco. Ao menos por enquanto.

Sempre amei xícaras, especialmente as de chá. Em minha infância lembro de um jogo de porcelana que foi moda um tempo (entre década de 1970 e 1980). Porcelana branca, fininha fininha, decorada com florzinhas  (ou floquinhos) azuis. Não sobrou nada além da lembrança desse jogo, que era tão bonitinho. A foto que aparece aqui abaixo é recente. É que a avó do Thiago tem um conjunto irmão do jogo da minha infância. Dessas coincidências da vida, é justamente das xícaras de chá.



Já crescida sempre comprava conjuntos, jogos de louça pra casa e sempre vinham com as tristes quatro xícaras de chá daquele formato meio cano de pvc cortado, que, desculpa, não gosto muito. Sempre sonhei com xícaras num formato que na minha cabeça, total desinformada e cheia dos achismos, seria inglês. Hoje (não tenho total certeza, que fique claro) pelo o que li (apesar das informações desencontradas) acredito que seja chinês: arredondado com boca larga e pé. O que faz sentido, porque  todas as fontes apontam a origem da porcelana como chinesa. Aliás, lendo coisinhas descobri que o português tomava chá antes do inglês, que na verdade foi educado a tomar chá por Catarina de Bragança. Os portugueses também levaram para a Inglaterra a geléia de laranja, vale ressaltar. Mas voltando à xícara pvc, dessas coitadinhas tenho essa lembrança aqui.



Essa xícara não ficou comigo, deixei de herança pra quem ficou em Fortaleza. E foi por lá que comecei minha coleção com a Revista Caras pós-Pinacoteca, linha inspirada nas pinturas do Klimt. Comprei só a xícara e o pires e guardei durante muito tempo junto com meus livros. Escapou da morte algumas vezes essa minha xícara. Acho que comecei muito que bem, porque foi muito baratinha e é super linda.



Dai passeando pelos mercados encontrei um jogo de chá Schmidt (porcelana brasileira), branca, arredondada, boca larga, pé, lindalindalinda. Mas para minha tristeza o conjunto era um tanto caro, ao menos para minhas posses da época: pobre. E passei alguns anos cobiçando o tal do conjunto. Um dia fazendo compras no Bom Preço (rede de hiper mercado do Norte & Nordeste) dou de cara com as tais xícaras (lindas), sendo vendidas em unidade por R$ 8,95 ou seja, eu quase morro, porque era algo como 1/3 do valor. Conferi pra ver se não estavam trincadas, pra ver se não era um truque tipo, o valor só do pires, mas não, era o preço total do conjunto xícara e pires. Óbvio que trouxe tudo pra casa, quase chorando de emoção. 


Um dia encontrei numa loja de presentes um outro jogo de xícaras brancas, mas diferentes dos oníricos da Schmit, mas também bem graciosos, ornados com floral branco, ton sur ton, e com um preço muito fofo, módico. Comprei.



Nesse mesmo ano ganhei dos meus erês uma xícara Schmidt irmã da meu jogo branco, só que esse era floral com frisos dourados. Sei que foi meio caro, porque não compraram no Bom Preço.


Essas fofuras todas viajaram de Fortaleza para o Rio, via transportadora. Foram vinte e um dias de muito nervosismo, mas chegaram intactos.

Por aqui comprei essa belezinha no Pão de Açúcar, algo em torno de R$ 15,00.


Esse lindeza de bolinhas rosas comprei o jogo com oito peças por R$ 24,90. Vale ressaltar que tenho o jogo de café, com bolinhas azuis aussi. Eu sou fuefa ♥.



Minha última aquisição foi este escândalo, porcelana chinesa branca com frisos dourados. Foi meio caro, mas me deixou feliz: não sou mais tão pobrinha.



O baile da Catarina de Bragança todo.



Só porque não me aguentei e tive que mostrar também minhas xícaras fofas de café que tem de tudo, desde porcelana Mauá, até chinesa e chegando na Hello Kitty da banca de jornal.


Minhas ambições futuras incluem a leitura de algum livro muito bom sobre porcelana, chá, xícaras e parar de achismos. Fora comprar uma outra cristaleira só para a coleção de xícaras e, é claro, comprar mais peças: Limoges, Meissen, quem sabe Sevrès. Ou alguma coisa muito linda e incrível, fine bone, de algum antique.

Num oferecimento a minha total frivolidade de mulherzinha.

Bisous.

Imagens: T2i, com exceção da foto com a xícara pvc que é antiga, do tempo da minha finada Vivatar.


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