Andy Walsh e os blogs de estilo

>> quinta-feira, 10 de maio de 2012


Vocês que me leem sabem que não tenho lá muita paciência com blogs de lookbook, porque para mim a maioria é uma coisa chata e, desculpa, imbecil. E nem é uma coisa nas entrelinhas, pelo contrário é bem patente o discurso: olha só como eu sou mais legal que você sua anta e me visto super bem com grifes que vocês nem sonham. Pois é, tem a versão digamos bazar desse tipo de blog. Confesso que tenho mais paciência com as versões bazares, geralmente mais simpáticas, justamente pela (quase) falta de ostentação, afetação e o mais legal, mais criativos e mais divertidos. 

Porque olha, eu não sei como vocês aguentam ser fãs e compactuarem com essa pataquada chata e sem conteúdo. Parece um pesadelo, daquele tipo, voltando aos tempos da escola. Aquela menina deslumbrada e de caráter assim-assim, no tempo do pátio da escola, na hora do intervalo, que fica se exibindo para a inveja coletiva, porque comprou a caneta rosa de pompom em sua última viagem a Disney. Às vezes parece isso, que a bloguelândia virou  uma extensão do mal do maldito pátio da escola na hora do intervalo. Imagina eu que sempre fui gauche nessa vida. Não dá.

Mas, mesmo no meio da ostentação desenfreada até que tem algo de valor em termos de conteúdo, como é o caso The Man Rapeller, Sea Of Shoes e Cherry Blossom Girl, na minha opinião, o último infinitamente mais que os outros, apesar dessa fase calcinha da Alix. Pois é. A ideia da moça por trás do blog The Man Rapeller, de que as roupas fashionistas despacham os bofes para longe, é boa e divertida. A escrita do blog é boa e divertida, que é uma coisa que a gente (ao menos eu) espera que a internê proporcione: texto bom de ler. Mas é fato, a moça é de uma esnobice que é difícil. É basicamente o mote do Sea Of Shoes, só que  a fofinha Jane Aldridge é um pouco mais interessante. Um pouco. Mas o certo é que de longe o mais legal mesmo e ainda é a dona Cherry Blossom Girl, porque, apesar da ostentação, as coisas não ficam pautadas apenas no consumo de artigos de luxo e do malfazejo das últimas tendências. Fala-se de cinema, de arte, de fotografia e de viagens pela coisa cultural e não só para comprarcomprarcomprar.

Mas, ainda prefiro ver a coisa do estilo se manifestar em blogs de fotógrafos, como Sartorialist, Face Hunter e a chata Garance Doré. Não me entendam mal, Garance tem que ser chata, ela é francesa e a chatice é uma instituição do povo do hexágono. 

O que acho mais interessante é que todo mundo que é clicado, via de regra por estes fotógrafos que blogam, geralmente me remete a uma certa moça, de um certo filme da década de 1980, Pretty in Pink ou Andy Walsh. Roupa tipo ímpar, composições impensadas, mesclas de estampas, de estilos, ousadia ou seja, estilo, né? É tanta loucurinha, é tanta personalidade, que parece uma assinatura, roupa em forma de rubrica. Aí sim, adouro.


Golinha de renda guipure. tem outra cena que ela está com uma gola com apliques de pedrarias e bordaddos, lindolindolindo.


 ♥
O carro mais lindo da vida.

 ♥
Broche incrível e os óculos não dá pra ver, mas são os famosos wayfarer.

Uma das cenas mais legais, Duckie (que aliás, amo) dançando na loja e, o detalhe, o poster dos Smiths!

O filme todo tem um fugurino incrível, né? O amor ♥.

Bisous.

Imagens: pois é, são fotos da minha tv em um momento que estava passando Pretty in Pink no Comedy Central. Tosco, eu sei. Thiago ficou reclamando, aconselhou print screen do filme, coisa e tal. Mas achei legal fazer assim rs.

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