Comme des Garçons e suas duplicatas

>> segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Rei Kawakubo sempre é um caso a se examinar e adorar, super a parte. Óbvio, a gente que procura entender e que por isso mesmo super ama estes japoneses incríveis.

Todas as estruturas, dobraduras, todo a sutileza da couture japonesa se faz presente em cada coleção de cada criador que rompe as barreiras da terra do sol nascente, cada um com sua identidade, é claro.

Fora o preciso trabalho com os materiais, a elegância das construções em couro, a aerodinâmica, a estilização do cap militar.

Ao final, a coleção mostra sua faceta intelectual, mais interessante que o conceito puro e simples. Duplicatas que podem se desdobrar, o que é muito bacana, em várias leituras, desde a questão da personalidade múltipla (ou do duplo, que cada um carrega) até a questão da corpo e alma ou mente e alma, que para algumas correntes filosóficas são a mesma coisa.

Voltando ao 'cap militar' e as cabeças do desfile, reparem ainda que as duplicatas vêm unidas por uma espécie de teia que une uma cabeça a outra, que remete a ligação, ao fio que une corpo e alma, amor e ódio, coisas que vem lá do Budismo.







Bisous.

Imagens: Styel.com e Vogue Magazine.

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