A história do meu pincel rosa neon

>> quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Já falei pra vocês que maquiagem em minha vida sempre foi uma coisa intuitiva, até porque não convivi com nenhuma mulher vaidosa e maquiadeira, só nos filmes e séries que povoaram a minha adolescência.

E foi nestes filmes que firmei o pensamento num desejo: pincéis para sombra e especialmente pincel de blush, um bem grande e ostentativo rs. E não é por acaso que é justamente um pincel assim que serve para minhas bochechas, bem pronunciadas, altinhas e presentes. Já falei antes e repito, intuição e instinto.

Mas a realidade da vida de uma menina em Fortaleza na década de 1990 não é a dos filmes que a gente assistia. Os únicos pincéis disponíveis à época eram tão somente os que vinham (e vêm até hoje) no estojinho compacto de blush e aquelas benditas esponjinhas inúteis dos estojos de sombras, que eu nunca usei e por quem sempre nutri uma raivinha.

Dai minha gente que meus pincéis de sombra, durante muito tempo, foram os dedinhos indicador e médio e cotonete para dar jeito em algum desastre.

Blush era mais complicado ainda. Acho que por isso passei mais de vinte anos sem usar blush à contento. No meu tempo de adolescente a Avon tinha um produto, algo como um blush em pasta, que vinha em bastão. Hoje em dia a marca tem bases neste formato, mas estou falando de algo como um rouge (eita) em bastão, com brilhinhos coisa e tal. Eu sei que eu tinha, usava horrores e também espalhando com os dedos, uma lambança que precisava de muitos retoques até ficar normal rs. Era sofrido, mas divertido.

Dai um dia, no meu saudoso e querido Shopping Aldeota (o playground de minha vida), numa loja que vendia lingerie, perfumes e maquiagem, dei de cara com um estojinho, dentro dum saco plástico, duma marca alienígena qualquer. Eram pincéis de maquiagem, que na minha cabeça, eram quase que iguais aos dos filmes da minha adolescência e com cabinho rosa neon. Cinco coisinhas que me fizeram enlouquecer lindamente rs. Comprei e fui muito que feliz com este conjuntinho, super vagabundo, durante um bom tempo.

Óbvio que os pinceis de sombra, incluindo uma esponjinha desgraçada, aqui e ali me irritavam e eram substituídos por meus dedinhos. Mas de todos, um era o melhor e foi meu pincel de blush (sofrido) por um bom tempo e o único que sobreviveu à fome de Carol e Mingau (literalmente, eles comeram os pincéis rs) e é este rapazinho que aparece aqui embaixo.



Eu o uso até hoje para aplicar iluminador ou então queimador, um blush mais escuro, pra brincar de sombra  e luz no rosto. E ele atende muito que bem à função que lhe dei, e super acredito que é pela força do uso e pela intimidade xamanística de quase oito anos.

É só para vocês verem que, é muito legal ter todas as ferramentas, pincéis, curvex, etcetera etcetera, mas  a gente querendo, se vira, e como se vira bem com o que dá.

Depois a gente fala mais sobre pincéis, as possibilidades coisa e tal.

Bisous.

Postar um comentário

Salut!

As amigos que sempre vêm por aqui, é muito bom contar com a participação de vocês.

Aos que escrevem pela primeira vez, sejam bem-vindos.

Aos que preferem postar anônimo, saibam que serão liberados se:

usarem o espaço de forma sensata, porque a gente não chega na casa dos outros com libertinagem, esculhambação e nem jogando lixo.

"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

Au revoir.

Related Posts with Thumbnails
Creative Commons License
Reverbera, querida! por Eliza Leopoldo está licenciada sob Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.