Divagando bestamente sobre esmaltes

>> segunda-feira, 7 de junho de 2010


Quem lê o RQ de longa data (tá, são só dois anos e meio) sabe que os marcadores Loucas por esmalte e Cores super me valeram postagens felizes, divertidas e leves. É um besteirol sem fim, que não leva a lugar algum, mas e dai, né? O sério, o denso e o profundo, o tempo todo, é pura pretensão, falácia até, porque ninguém consegue ser assim para sempre e ninguém merece azedume. Pensar pira e desopilar é preciso.

Sou mais adepta ao lema do 'não levar as coisas tão à sério', até porque a vida é bela, que nem o filme do Benigni, a gente é que sacaneia tudo. Fora que não tenho vocação para supositório de limão, realmente, não é comigo.

Então, vamos aos esmaltinhos?

Esta semana começa SPFW e meio que já virou tradição, danada de besta como tudo relacionado, a espera de uma nova e fetichesca coleção de esmaltes.

Acho que a tal tradição começou com o Havana, lembram? Mas não tenho certeza. Apenas dá pra observar que fazem uns dois anos que o mercado de esmaltes nacional se reinventou, acompanhando as cores da modinha vigente, de olho no que está fazendo a manicure da gringolândia, o que aqueceu nosso mercado e nos deixou loucas, mas felizes, né?

Dei uma olhadinha numa revista dessas sobre economia, pra variar a Vogue, e dei de cara com um certa informação que me deixou boquiaberta. Cerca de alguns muitos trilhões de dólares que nós, mulheres, despejamos na economia mundial em 2009, foi comprando em sua maioria smartphones, laptops, maquiagem e cosméticos em geral, fora roupas e bolsas grifadas. E foi o que ajudou a segurar o babado da economia. Coisa de louco.

Nem sei se vai rolar mesmo uma nova coleção. Aqui no Rio rolou um esmaltinho acho, querendo se filiar ao nouvelle vague da Chanel. Mas como falei via @RVBRquerida, o marina da Impala faz seu papel direitinho e tem o Audrey da OPIs. La même chose (a mesma coisa), aquele azulzinho fofo das caixinhas da Tiffany.

Mas então, parei, refletindo profundamente, e me peguei saudosa de algumas cores, difíceis cores, de uns anos atrás, numa era distante em que o nosso mercado de esmaltes era pífio e que mal se achava um esmalte azul decente.

{O azul perfeito da Risqué! A imagem não condiz com a beleza da cor. Sim, são pulseirinhas de borracha coloridas, mas vejam a data. Eu mesma as fazia numa época que ninguém usava, nada a ver com a baixaria atual das tais pulseiras de silicone}

Hoje temos quase todos os azuis e todos os vermelhos, rosas, amarelos, corais, beges recém batizados de nudes, etcetera, etcetera. Uma beleza. Só que né, não consigo eleger aquela cor que é a mais querida e é a minha cara, como conseguia nos meus tempos de adô.

Naquela escassez toda, eu era feliz e não sabia.

Talvez esta nostalgia toda se deva ao fato de que procurar estes esmaltinhos me remetem a uma época boa, do primeiro salário e das primeiras coisas que comprei com ele. Ou então a companhia das minhas amigas à procura de um esmalte bacana, para Elizabete (iô) variar o preto, o dara, o ameixa strass, o brilho noite e o azul perfeito da Risqué (que não é este o nome, mas eu esqueci...). Ou ainda, porque estas cores queridas, com exceção do dara, não existem mais.


{Ameixa strass da Colorama, o rosa mais lindo de todos! Sim, eu fumo. Na verdade parei de fumar fazem três anos, mas como sinto vontade de fumar todos os dias, ainda me considero fumante. Ao fundo o Correio feminino da Clarice ♥}


Só sei que o mundo dos esmaltes está bem mais colorido, mas sempre sentirei saudade daquelas cores tão únicas.

Bisous.

Imagens: acervo pessoal.

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