E o barquinho vai... Carlos Miele NYFW

>> terça-feira, 15 de setembro de 2009



Engraçado que todo mundo esgarça com a tal "moda carioca" que não tem polpa, sumo, diz-se que não existe até.

Tá meu povo, só existe São Paulo. São Paulo é o norte metafórico.

No famigerado Rio Summer, que este blog viu sim com muito bons olhos, o "Sr. Sartorialist" palavreou por ai que as moçoilas brasileiras (mas o povo insistia nas cariocas, sabem?) não têm estilo (?). Tá, ok.

E que estilo este povo quer ver? O mesmo de NY? London? Paris? Alguém já ouviu falar de diferenças culturais, climáticas até? Mesmo com o perverso e poderosíssimo processo de aculturação que sofremos, existe uma coisa que podemos entender como "brasilidade", que ninguém sabe bem ao certo defini-la, traçar-lhe um perfil objetivo, o que é ótimo aliás. Porque no final das contas, não existe uma "londrinice", uma "francesidade", uma "novaiorquice". Existe é o que a gente quer ver e interpretar a partir do nosso conhecimento de mundo.

Muito do que o "Sr. Sartorialist" posta, que é incrível e "super" referencia, as vezes também é "super referencia" demais, sabe? Super valorização em detrimento de todo um mundo de inspirações e imagética que existe sim em NY, mas que também existe em Fortaleza, em Belém e olha lá, no Rio de Janeiro do micro short, havaianas e tons de louro das moçoilas de Ipanema. Podemos nos vestir de mar como Miele fez, mas também do cinza e da seda dos lenços Hermès das senhoras da Zona Sul, do pink fora de estação em meio ao full black chato do inverno das meninas de shopping, da graciosa influencia oriental nos uniformes das escolas publicas do Rio, das rendas cearenses do Villaventura.

E o barquinho vai, mais doce com Nara Leão, mais grave com Maysa.

Te orienta, Brasil!


Bisous.


Imagens: Coutorture.

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