My vintage wedding dress

>> terça-feira, 28 de julho de 2009

A gente adquire o hábito de chamar qualquer peça datada de nosso armário de vintage, né? Pena que as pessoas as vezes não entendam que a gente está brincando, que sabemos que aquela malhinha gostosa que já tem uns oito anos, ou ainda aquela calça de 10 anos atrás, da Zoomp (ou seja que marca for), que estão ali firmes e fortes, te acompanhando ano após ano, não são vintage ipsi literis, apesar de que em nossos corações, são sim rs.

A expressão vintage virou um jargão querido, até o que é estilizado à maneira dos cortes e ajustes antigos, chamamos de vintage (retrô), não valendo só para vestimenta e afins, mas para quase tudo. Não podemos limitar as coisas assim e, este disse-me-disse de que pode-e-não-pode é tão chato.

Contudo, mesmo com tanta rebeldia, o que podemos afinal chamar de vintage?

Vintage significa a melhor safra, a mais excepcional ou ainda, em sentido figurado, um clássico. (vide Oxford, Cambridge). Na Grã-Bretanha o termo é muito usado para falar de carro antigo, como os Black Cabs.

Tem um texto muito bom do CaJon Desastre que a Oficina de Estilo mostrou aqui, é bem esclarecedor e tipo assim, quase verbete.

Segundo a definição do link acima eu tenho um legítimo wedding vintage dress.

Tem mais de 20 anos, na verdade é quase octogenário, é da década de 1930, não sei o ano ao certo. É sim testemunha de um estilo próprio, aliás o top estilo, o que estava em voga naquele período, portanto representa um instante de moda. Não sofreu nenhuma transformação, alteração, está intacto, não perdeu nenhum botão, não há nenhum rasgo, o que atesta a qualidade deste cetim (de verdade, não sintético; na verdade nem existiam sintéticos na época) e o carinho com que foi guardado.

Exemplos de wedding vintage gown 1930.



A maioria dos modelos em cetim, sem forro, acinturados, que super marca o corpo. Saias sem volume, geralmente com uma calda que possuía na ponta um prendedor de dedo em forma de anel, para que se pudesse andar direitinho sem tropeçar na calda do vestido. Bem a cara dessa época. Alguns modelos com recortes princesa, golas drapeadas, a maravilhosa carreira de botões cobertos no mesmo tecido do vestido, umas gracinhas!

A história do meu é uma fofura. A mãe da vendedora do vestido, comprou sua primeira casa (em Washington) que veio com este vestido no armário do quarto principal. Estava dentro de uma capa muito antiga. Resolveu guardar o vestido que deveria pertencer a primeira moradora. Guardou durante anos, nunca emprestou, nunca tentou vender. O vestido enfrentou até um incêndio, segundo me contou Coren, a vendedora e herdeira do vestido (adivinha qual o primeira coisa a ser resgatada? ♥).

Mas como iria se mudar para uma casa muito menor e não teria como cuidar direitinho do vestido, e estava precisando do dinheiro, quis vendê-lo para alguém que o fizesse e ele agora está comigo.

E já conversamos bastante, né? Agora vamos mostrar!

(meu vesitdo dobradinho na caixa, tem um cheirinho bom de cetim, sabe?)

( este é o lado de trás, a carreira de botões gorgeous!)


Esta bem amassadinho, porque o guardo dentro de uma caixa enrolado em papel de seda (é assim que se conserva direitinho o vestido, mas claro, limpinho e de preferência com papel de seda azul) para não ficar ainda mais off white com a ação do tempo.

(de corpo inteiro)


Bisous.


Imagens: as primeiras são do Ebay e as ultimas imagens são todas acervo pessoal.

Postar um comentário

Salut!

As amigos que sempre vêm por aqui, é muito bom contar com a participação de vocês.

Aos que escrevem pela primeira vez, sejam bem-vindos.

Aos que preferem postar anônimo, saibam que serão liberados se:

usarem o espaço de forma sensata, porque a gente não chega na casa dos outros com libertinagem, esculhambação e nem jogando lixo.

"O Centro por toda a parte, o epicentro por parte alguma." Pascal.

Au revoir.

Related Posts with Thumbnails
Creative Commons License
Reverbera, querida! por Eliza Leopoldo está licenciada sob Licença Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil.