Kate Moss e o pensamento médio burguês
>> quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Todos por aí falando da NY Magazine com a Kate quase sem photoshop, com umas fofuras a recheando. Uns elogiam, outros, como sempre, descem a malha.
Eu gostei, mas me deu vontade de deixar aqui este registro aí de cima: ela, puro glamour num Alexander Macqueen em holograma. Ano foi 2006, um inverno..
Sabe o que é engraçado? Como existem pessoas que gostam de desdenhar do onírico, do apolíneo, sabem? Só pode ser "póbrema" com o reconhecimento de sua auto-imagem, de suas (não)possibilidades, fracasso em não aceitar seus limites, etcetera ou seja, ver-se diminuto, pequenininho, porque a gente é isso, um nada peranteo todo..
Sabe? aquela máxima ótema, quem desdenha quer comprar...
Reclamam do photoshop nas revistas, das maquiagens, todas estas ferramentas que segundo afirmam, desumanizam modelos, atrizes, glamour people em geral, e não vêem que tudo faz parte da fantasia, do inefável, do te tirar do lugar comum. Elevar, sabem?
E como olhar pra Venus do Botticeli e só ver uma mulher gorda, feia, deformada e mal feita, como certa vez ouvi dum poço de ignorância em relação a este célebre quadro de uma das grandes mentes da Humanidade.
Graças, amen que existem as Artes, a Moda, o pôr do Sol. Mediocridade é u-ó, quase tão ruim quanto pensamento médio burguês. Ah desculpa, é a mesmíssima coisa.
Bisous.