Maysa

>> sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Conversando com uma amiga apaixonada por Bossa, por Maysa, acerca da minissérie, ela me fez a fatídica pergunta: está gostando?

Ela está amando.

Eu?

Nestas horas que eu queria que me baixasse a diplomacia vriginiana da minha tia Francisca e acertar no tom da indeterminação da terceira pessoa do singular.

Sinceramente, está me dando nos nervos em muitos, muitos momentos. Em outros eu vejo lá certo encanto, porque afinal é sobre Maysa.

Talvez, certamente, por culpa do tom meloso do Jayme Monjardim diretor e filho de Maysa. Não creio que resida única e exclusivamente no fato de ser filho da cantora, mas é porque ele erra a mão feio numa apelação/melação de resgatar "a mãe Maysa".

Não acho que mereça desconto por ser filho e ter toda uma história de berço, carência e amor.

A arte tem que estar acima.

Não basta apresentar uma Maysa que vivia pra cantar.

E todo o seu trabalho de interprete? como ela dava vida as canções que interpretava? sua visceralidade não era só por causa da boemia, como a minissérie deixa ressaltar, era uma coisa de índole.

Cadê a Maysa afinal?

Maysa não é só poder de olhar (a atriz é ótima, especialmente o trabalho com o olhar), mas Maysa acima de tudo era voz e atriz deixa sim muuuuito a desejar na hora de interpretar Maysa cantando.

Outro problemão absurdo é o trabalho com o tempo e a influência do Filme Piaf. Não sei se num intento de homenagear uma das cantoras preferidas de Maysa, mas é um atrapalhamento mal conjuntado as idas e vindas temporais, deixou a trama frouxa e ainda reforçada pelos diálogos falsos, tão falsos.

No mais, estou gostando mesmo é do figurino e da maquiagem.

Querem ver imagens do casamento da Maysa?




Bisous.

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