Ainda sobre blogs/vlogs de livros e chega

>> sexta-feira, 2 de agosto de 2013



Ontem eu desabafei as minhas mágoas literárias (que nada, era só sobre blogs/vlogs de livrinhos) e o povo não entendeu. 

Minha gente, não, eu não quero que todo mundo pense como eu, senão eu escreveria um blog sobre literatura e tão somente literatura. E fechado. Convidaria só os meus amiguinhos de letras coisa e tal. E não, eu não procuro um blog de crítica literária, até porque já existem vários, que se dão ao trabalho de trazer a cada postagem uma resenha, quase aos moldes acadêmicos, crítica, sobre determinado livro coisa e tal. Nem tanto o céu, nem tanto a terra.

Eu apenas queria não encontrar tanto despautério, como por exemplo, gente comparando Meg Cabot a Jane Austen. 

A coisa dos clássicos, o que é um clássico, quem diz o que é clássico, etcetera coisa e tal. Não adianta eu vir aqui e explicar o que é o estudo de literatura ou da ciência sem nome, como chamavam os gregos milênios a/C na Poética Clássica. Não adianta, porque, Vitor Manuel à parte, a academia faz questão de manter o seu conhecimento hermético, gerando essa desassociação com o público em geral, por pura picuinha acadêmica. 

Se o conhecimento que aprendemos na universidade fosse transmitido, sem essas doses homeopáticos, para a escola, eu sinceramente acredito que tudo seria muito diferente. É por isso, também, que via de regra, o intelectual é tão rechaçado e até, ridicularizado, quando na verdade, quem deveria levar uns cascudos é o pseudo intelectual contemporâneo (porque todas as épocas têm sua safra de pseudo-intelectuais, inclusive com títulos), que quer ser legal, descolado e que arrota Backtin e demais russos escrotos. Sim, Backtin é um nome importante, mas de uma visão filosófica do estudo de literatura, e uma leitura filosófica marxista, que muitas vezes, parece fruto de uma experiência extra-corpórea, por mais antagônico que isso pareça. O que eu quero dizer é que, a maioria desse povo de blog/vlog que, quando quer respaldar a sua opinião, cospe o nome do Backtin, é por pura balela. Backtin não é assim não, minha gente. E como afirmei, por mais profundos que sejam os estudos dos filósofos russos como Backtin, é apenas uma maneira de sorver literatura. E existem tantas outras. 

No dia em que mais alguém puxar um papo com o Insgarden, quem sabe aí eu volto a ter esperanças. Até lá, sigo só, escrevendo desse meu jeito dissonante.

Inté.

Imagem: Foucault é outro ótimo exemplo, como Backtin, do respaldo teórico dos incautos. Se todos que citam Foucault e Backtin realmente entendessem dos seus estudos, das duas uma: ou estaríamos vivendo uma primavera intelectual (medo disso) ou a perda total da tampa da chinela (ou chinelo, ambos são dicionarizados e aceitos, conforme a norma. Vão se lascar).

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