Fora da casinha

>> quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


As vezes acredito que o estado de 'fora da casinha', ou seja, fora de si ou de um padrão considerado normal, é quase que um estado de espírito, muito além de tomar todas na festinha ou surtar com alguma notícia inesperada. E acontece que está muito difícil definir se é a pessoa que não está normal ou se é o mundo que se encontra desequilibrado das ideias e da alma. 

De repente parece que ter princípios, brio, que cultivar um caráter positivo, o que os clássicos chamavam de persona virtuosa (o contrário do vicioso) é errado, é o fora da casinha. A maldade e perversidade da ignorância é cultuada e reverenciada em cadeia mundial. Ser bandido e bem sucedido é lindo, ser mulher capacho é bacana, humilhar e depreciar os outros virou mote de vida.

Os vilões são interessantes, muito até. Contudo, ao menos para mim, a interessância se reverva às páginas de livros, tramas ficcionais ou aos vilões da Disney, para ser bem pueril. Apesar de que ainda prefiro a Cinderella à madrasta. E pode ter certeza que nos Miseráveis sou Jean Valjean até o fim, chorando por Fantine.

Decerto me divirto com as estórias terríveis de Edgar Allan Poe, vivencio de forma ébria a perversão de Baudelaire, mas o que realmente me remexe por dentro são poesias como as de Walt Whitman. As vezes sinto um cansaso de viver, como aquele que percorre todos os escritos de Virginia Woolf que também, era tão 'fora da casinha'. 

Sócrates, Beuavoir, Sylvia Plath, Greta Garbo. É, acho que estou muito que bem acompanhada, fora da casinha.

Bisous.

Imagem: algum leitor fofo me enviou.

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