O Sebo, Nova Iguaçu
>> quinta-feira, 4 de julho de 2013
Depois de tanto escrever e pensar sobre sebos, recordar dos sebos a que já fui, ai que me atacou um bicho carpinteiro e inventei porque inventei que tinha que ir a um sebo. E cadê os sebos de Nova Iguaçu (u-hu)? Para ser bem franca, nem livraria direito tem por aqui. No único Shopping da cidade tem uma Nobel, que é uma livraria que sinto um certo abuso antigo, do tempo em que a Nobel aterrissou em terras cearenses, cheia de empáfia e antipatia. Que logo foi embora e deu lugar a Siciliano, tão simpática e perfumada de café.
Confesso que a birra com a Nobel até que passou, e hoje em dia até consigo entrar na livraria. Tem uma sede muito querida no Shopping Downtown, uma fofura cheia de artigos de papelaria caríssimos, mega inflacionados, mas tudo bem.
Mas voltando aos sebos.
Comecei a pesquisar e descobri O Sebo. Anotei o endereço, fica na Rua Quintino Bocaiuva 98, e segunda-feira agora fui dar uma conferida. Para quem conhece, indo pelo calçadão, é uma rua cuja entrada fica quase em frente as Americanas. É a rua de trás da Marisa, mais especificamente, entre o Extra e uma quitanda. Parece que já é bem antigo. E bem caótico, bem empoeirado, carregado nos ácaros coisa e tal. Como sou experiente na coisa de vasculhar em sebos, não me desanimei com a entrada cheia de revistas e edições tipo sabrina de banca de jornal, que a tia costureira costumava ler no fim da tarde, cozendo o bolso do sobrinho. Fucei todas as prateleiras, perguntei e de repente as coisas interessantes começaram a aparecer e se revelar. Parece mágica. Várias edições preciosas e antigas em capa dura, desprezadas por ali. Uma edição antiiiiga e judiada de Macunaíma, abandonada numa pilha.
Notei que atrás do balcão havia umas edições de capa dura, mais jovens, robustas e coloridas. A moça me indicou onde ficavam os clássicos e mais edições irmãs daquelas coloridas, que nada mais eram do que aquelas edições especiais de capa dura, com cara retrô, que a Editora Abril vez por outra lança, (a última com propaganda de tv com Fernanda Montenegro).
De volta ao balcão com duas edições da tal coleção onírica, encontrei uma pilha de As Meninas, de Lygia Fagundes Telles, praticamente de todos os anos. Escolhi uma para mim. E uma outra edição de uma coleção de livros do Machado, velha conhecida minha (já tinha umas três edições dessa coleção, mas compradas em Fortaleza no sebo do Seu Geraldo). E num corredor no fundo da loja, várias edições, de editoras diferentes, de vários livros de Marion Zimmer Bradley, inclusive das Brumas de Avalon, e consegui , finalmente, (re)completar minha coleção das Brumas, que estava desfalcada, desde que um "amigo" pegou emprestado e nunca mais devolveu. Uma das estórias da minha vida.
Ainda trouxe para casa duas edições de Sandman, uma antiga, do tempo que Sandman era da editora Globo, uma edição que eu tive quando erê.
Fotinha que entrou no meu IG ontem, eu com minha edição lindalindalinda d'As Meninas de Lygia. Outro livro que já havia lido e não tinha.
Amanhã deve voltar os posts com fotografias com a T2i.
Amanhã deve voltar os posts com fotografias com a T2i.
Bisous.