Red Carpet Met Gala 2013, vulgo O Gongo
>> terça-feira, 7 de maio de 2013
Apesar de que estou meio desligadinha da cousa modística por assim dizer, ainda confiro aqui e ali, porque né, é tipo chocolate, mexe com a serotonina da gente. Apesar ainda de que só confiro mesmomesmomesmo as semanas de moda européias, porque até a nova iorquina está me dando sono. Muito sono.
E sempre que tem um red carpet eu fico feliz, porque é bom ver gente montada com roupa de sonho coisa e tal. Apesar que de uns anos para cá (tipo, nos últimos 50 anos. tudo bem, estou exagerando) tudo tem sido como um sonho ruim, um pesadelo da peste. Gente com roupa nada a ver, feia, 'malamanhada' (desarrumada, que não orna). Gente que se faz indevida. É osso.
Aí eu fico chateada, porque olha, não é fácil. Eu viajo nas modas das cousas para aliviar a mente e a alma, porque a realidade que me cerca é dura: gente que sai de meia branca escolar com chinelo de dedo pra comprar pão; gente que compra roupa três números menor e sai por aí, feito pamonha mal amarrada; gente que mistura estampas mais que os hipsters de Chicago; gente que pratica oncismo de alma, é um periguetismo entranhado que me assusta. Ou tudo isso ao mesmo tempo agora. O mal encarnado.
Né?
Daí que vou bem ali, no Fashionologie nosso de cada dia, pra mode conferir o Met deste ano e putaquepariu minha nossa senhora da bainha, o que diabos foi aquilo? Tudo bem que era temático "Punk: caos to couture". Mas era Punk. Não circo de horrores. Aliás, muito me incomoda a visão deturpada da coisa punk. Nem falo da música/não-ideologia punk, mas da própria indumentaria. A essência da coisa. E que saudade do McQueen.
Eu me incomodo muito com gente sem noção, que não sabe citar três músicas dos Ramones e usa camiseta da banda, que aliás, é encontrada em tudo que é marquinha que faz camiseta, assim, sem critério algum. Tudo bem, a vida é arbitrária, mas me ajude. E gente que confunde heavy metal com punk? É tudo barulho, né? Meu povo, melhore. Por favor, continuem fingindo que são folk, fica melhor. Por isso que Bob Dylan mandou tudo às favas, cabra macho.
Juro que já pensei em criar um blog chamado O Gongo, em homenagem a tudo isso. Como a coisa foi 'fuerte', me vi obrigada a criar, ao menos, o marcador O Gongo.
O que não foi O Gongo.
Acho super legal a pessoa não seguir a regra, como fizeram Gwineth Paltraw (que todo mundo odeia e eu amo, mas tudo bem) e Cameron Dias. E daí que era baile temático, sabe como? Pensando bem, isso é punk
Cameron Dias de Stella McCartney. Chic.
Gwineth e seu Valentino clássico, rosa lindolindolindo, com muita atitutude, contudo, sem ser ridícula.
E gente que trouxe alguma informação do que é a coisa punk, porém, sem caricaturas, ou seja, sem ser idiota.
Alexa Chung, fia, não espera menos de você. Linda de Erdem.
Anne Hathaway (ou o stylist. ambos) que pegou a ideia da contra cultura: manicure diferente, cabelo diferente. Daí transformou um Valentino Vintage quase num ícone chic do que é ser punk. Vivienne Westwood ama.
Florence Welch de Givenchy = punk
Rooney Mara de Givenchy. Um Givenchy Branco. Com batom preto = muito punk.
E, morram, Taylor Swift, a fofinha Taylor Swift, arrasou. Deu o recado de J. Mendel. Aliás, essa menina é uma aula do bom vestir.
E, houve quem chutasse o pau da barraca, avacalhace com força e, sem precisar recorrer à caricatura ou ao ridículo. É por isso que eu amo essas duas figuras.
Sofia Coppola de pijamas Marc Jacobs em companhia do próprio Marc Jacobs de termo de poas (Comme des Garçons?) e tênis converse. Mais deliciosamente inesperado, chocante, escândalo, divertido ( ou seja, punk) impossível.
Aprendam e melhorem.
I wanna be sedated ♫ ♪.
Hey Ho.