Filmes de terror

>> quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Já contei para vossas mercês que me leem que, quando erê, tive uma espécie de clubinho de terror, uma ONG infantil (brincadeira), que se reunia uma vez por semana para trocar figurinhas do Jason (hoje em dia é álbum dos Rebeldes. né), emprestar Neil Gaiman e contar como despistou a mãe para assistir Amityville. Todo um acontecimento.

 Uma das coisas mais legais que me lembro dessa época do ano, a enxurrada de filmes de terror que invadia os cinemas e as canais da tv. E para fedelhos aloprados que acreditavam na caixa do Hellraiser, era o evento do ano. Coisa que mudou completamente nos últimos tempos, porque só tem porcaria. Faz tanto tanto, mas tanto tempo que assisti a um filme de terror que prestasse, que nem lembro direito, acho que foi algum terror oriental, tipo, da Tailândia.

Tudo bem, estou exagerando, porque teve Cisne Negro, o Antichrist do Von Tier, Labirinto do Fauno, REC que é mais tosco, mas é bom mesmo assim. Ao menos o REC I é. Mas esses nem contam, salvo REC, porque estou me referindo à tosqueirinha boa de assistir, tipo O Grito. Lembro do outdoor d'O Grito II, que ficava quase em frente ao Iguatemi (Fortaleza), um convite para assistir os gritos de gato demoníaco de Thoshio Saek.

Você, querido leitor, que está me lendo e pensando que filme de 'terror nenhum presta', eu respeito a sua opinião, de verdade, especialmente se formos avaliar por hoje em dia, né? Pois é.

Pensei em escrever esta postagem para dar dicas novas de filmes de terror, algo em cartaz coisa e tal, mas né, nadica de nada.

Então vou deixar com vocês dicas velhas em imagens e links, que é o jeito.


O Antichrist do Von Trier é um filme de terror assim, "artístico", mais ou menos como Cidade dos Sonhos do Lynch. É aterrorizante no sentido mais amplo, não é filme para dar sustinhos, é coisa para bagunçar a sua psiquê e bulinar no seu estômago. Óbvio que nem todo mundo vai gostar, porque nem todo mundo gosta da estética do filme alternativo, do filme de arte, daí acaba achando chato, porque no fundo não entendeu. E não acho que isso é desmérito, é apenas uma orientação diferente.

Como Cidade dos Sonhos, Antichrist fala da mulher ensadecida, mas não é só isso, tem a coisa da desconstrução da natureza, dos símbolos cristãos e da própria família.


Cisne Negro já falamos sobre aqui. Mais um filme que na minha opinião fala da fragmentada psiquê feminina ou da mulher que pira, melhor dizendo. e com figurina Rodarte ♥.



Ringu, da Sadako né gente, que na versão americana que eu gosto, (aliás, é das poucas versões americanas para filmes alternativos de terror de outros países que eu realmente gosto. especialmente pela fotografia) virou Samara. Foi o primeiro filme de terror oriental com que tive contato, isso no começo dos anos 2000 e me impressionou, deixou uma sensação boa de novidade, mesmo com todos os problemas de produção, normais para baixo orçamento. O que vale é a estória do fantasma desse garotinha perturbada e, acho que mais, a maneira como a estória é contada.


Apesar de já ter citado algumas dezenas de filmes de terror oriental, nunca falei especificamente desse (já) clássico do gênero, Ju-On, a versão original, japonesa. Tudo o que se aplica a Ringu, se aplica a Ju-On.


Assisti O Labirinto do Fauno sem ter lido nada sobre o filme, nem diretor, às cegas, partindo do pressuposto que se tratava de alguma espécie de conto de fadas. Bem, até pode-se entender assim, que é uma espécie de contos de fadas, só que as fadas do Perrault, contos de fadas assustadores e perturbadores, para afastar criancinha das florestas. O que acho mais intrigante no filme do Del Toro é que a fantasia deixa tudo mais lindo e mesmo assim, assustador. E a fantasia não é mote para final feliz.

E mais dicas nos links abaixo.

Salem ensina o que fazer numa sexta-feira 13 (vale para o Halloween aussi);

Inté.

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