Para encerrar o caminhando
>> terça-feira, 9 de agosto de 2011
Deixo de cara o meu abraço carinhoso a todos que ajudaram a gente a caminhar durante esse último ano, enviando imagens e histórias de sapatos queridos, porque a base das coisas é de muita importância.
E para esse último caminhando deixo cá a imagem e a história de uma pessoa queridíssima, que aqui e acolá cito, minha professora de tudo na vida, Professora Odalice. Professora dos fundamentos de literatura comparada, de teoria da literatura disso e daquilo, da voz compassada, tranquila, suave, da elegância das camisas de alfaiataria, das pérolas, do cheiro de Flower by Kenso, do amor às agendas de papel convencionais encapadas com tecido floral.
Professora Odalice era assim, a vontade de ser de todos nós, ao menos os que levavam aquilo ali a sério, aquilo de estudar literatura, sem esquecer que ela é arte.
Uma vez ela nos contou, não lembro bem o contexto, mas sei que falou de sua filha quando pequena , alguma coisa em relação à mímesis. Sua pequena pegava seus sapatos para calçar e dizia para a mãe prestar a atenção que ela agora era ela. Isso é muito clariciano. Dai que uma amiga, Isabel e eu nos entreolhamos e falamos baixinho, que a gente também queria calçar os seus sapatos.
E eis que quando tive a ideia de pedir aos queridos que mostrassem seus sapatinhos favoritos e contar suas histórias bonitas pra gente, era com esse sentimento.
Agora já está bom, agradecida e sigam pela vida caminhando.
Inté.